Eu odeio live services. Você provavelmente também. Mas eu sinceramente adoraria que Mortal Kombat 1 existisse quando eu era mais jovem e tinha mais tempo. Sabe, quando ficava repetindo várias vezes ao dia o modo arcade do primeiro Mortal Kombat. Um exemplo é este novo DLC que traz uma nova história: Reina o Caos.

ANIMALITIES DE VOLTA

Ontem falamos sobre a expansão do Street Fighter 6. Hoje falaremos da de Mortal Kombat 1. Ambas ainda vão ganhar mais conteúdo, e eu amei a do Streetão. Mas é inegável que a de Mortal Kombat 1 tem muito mais carne.

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Animalities estão de volta.

Para começar, independente de você ter ou não comprado a expansão Reina O Caos, após atualizar o seu jogo baunilha, todos os personagens ganham um animality. São novos fatalities que envolvem se transformar em um animal antes de cometer o assassinato. Alguns animais são óbvios. O Scorpion vira um escorpião. O Sub Zero um mamute. Mas outros são mais criativos. Cyrax, por exemplo, vira uma abelha. O Homelander vira uma águia com a bandeira dos EUA pintada nas asas.

CYRAX? REINA O CAOS, BABY

Quem comprou o DLC libera imediatamente três personagens. São eles versões humanas e femininas dos previamente robôs Cyrax Sektor, e uma nova interpretação muito bacana do Noob Saibot.

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O da direita é o Pacificador, que faz parte do DLC anterior.

Destes três novos personagens, eu gostei muito, muito mesmo, do Noob Saibot. Ele tem um clone de sombra que duplica vários de seus ataques. A rasteira, por exemplo, envolve passar a perna no desafeto, daí a sombra aparece e soca o maninho caído. O cara parece ignorantemente forte.

Cyrax, apesar de ser uma humana, continua bem parecida com antes. Em relação ao personagem clássico, a redinha virou uma espuma. Sinceramente, não sei se isso já apareceu antes ou se é exclusivo desta nova versão. A Sektor também é parecida, mas ela não me apeteceu. Dos três personagens novos disponíveis neste momento, é a que menos gostei.

O QUE VEM POR AÍ

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A tela de seleção de personagens atual.

Além destes personagens inseridos na lore, o DLC inclui três personagens “de brincadeira” que serão colocados no futuro. São eles Ghostface, de PânicoT-1000, de O Exterminador do Futuro 2Conan, de Conan. Pois é, o Ghostface, que é apenas uma pessoa sem superpoderes e um tanto pateta, não parece fazer parte deste grupo. Claro, é um jogo de luta que será balanceado e é bem provável que o personagem seja bom de usar, mas você consegue imaginar uma história em que ele sai na porrada com o Omni Man?

O motivo para os três personagens de Mortal Kombat terem sido entregues de cara, no entanto, é o mais importante: Reina o Caos traz uma nova história, que continua a do jogo principal.

REINA O CAOS: A HISTÓRIA

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A história você sabe como funciona. São cutscenes caríssimas e extremamente produzidas, que são intercaladas com lutas pré-definidas. Cada um dos personagens da DLC tem um capítulo para chamar de seu, e outros capítulos colocam destaque em personagens padrão que não apareceram tanto antes. Eu gostei muito do Imperador Rain, que ficou ainda mais legal do que o personagem do jogo original.

A narrativa começa imediatamente depois da cena pós-créditos. Havik e o reino do Caos invadem o reino dos personagens conhecidos com um plano maligno. Cabe aos novos heróis proteger a Terra e o Outworld dos temíveis e nojentos vilões. Nojentos? Pois é, essa turma do caos, que traz várias reinterpretações dos personagens conhecidos, luta em carne viva e cheia de buracos na pele.

Uma coisa que decepcionou um pouco é que toda luta tem um kameo, como antes. Aí, se em uma luta você encara a Mileena com a Kitana como Kameo, a luta seguinte quase sempre é a Kitana com a Mileena como Kameo. Isso deixou as fases um tanto previsíveis. Dito isso, as cutscenes são lindamente produzidas. É impressionante para mim que o jogo hoje tenha um filme melhor produzido do que aquele filme de 1995. E isso inclui não só o visual, mas também as atuações, o roteiro e as coreografias. A produção aqui é simplesmente impressionante.

MORTAL KOMBAT 1 E OS LIVE SERVICES

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Assim falei de tudo que veio de novo até o momento na expansão Reina o Caos. Mas Mortal Kombat 1 é um live service que traz bastante conteúdo, mesmo para os ratos de single player, como eu. O modo Invasões, por exemplo, traz praticamente um novo jogo a cada nova temporada. Eu joguei a primeira para review, em que o vilão era o Scorpion. Agora o malvadão da vez é o Liu Kang e eu fiquei impressionado com como mudou.

Eu queria que o primeiro Mortal Kombat, que eu jogava no Mega Drive, tivesse esse tipo de atualização na época, quando eu ficava jogando o modo arcade repetidas vezes. Claro, isso não era possível, mas eu consigo me imaginar investindo muito tempo em Mortal Kombat 1 se tivesse o tempo para investir. Para casuais ou hardcore, no entanto, a expansão Reina o Caos é uma ótima pedida.