Jornadas Épicas de um Cafajeste

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Bem, amigos da rede Globo… Estamos aqui, para mais um jogaço de futebol deste Brasileirão 2007. De um lado… Ops… Peraí! Esse é o Galvão Bueno! Desculpe pelo lapso de dupla personalidade! Estou de volta, delfonautas cuecas e Delfonautas (com D maiúsculo) calcinhas, para mais uma viagem rumo ao desconhecido e pouco explorado mundo dos cafajestes (Humpf… Pouco explorado… Até parece…). Desta vez, caros delfonautas, eu falarei de “viagens rumo ao desconhecido”!

Calma aí, delfonauta viciado em Star Trek! Não é dessas viagens rumo ao desconhecido que estamos falando. Não se anime muito! O papo aqui, infelizmente para vocês, é um pouquiiiiinho mais feminino. Eu estou falando das Jornadas Épicas (Não, pô! Já falei… Nada de Jornada nas Estrelas! Pára com isso e vai arrumar uma mulher! ¬¬) de um carajeste.

Aposto que você (com exceção dos fãs de Star Trek, que estão pensando como o Spock é tremendão e como queriam ter uma orelha igual à dele) deve estar se perguntando que raio de “Jornada Épica” é esta, certo? Jornada Épica é o nome dado humildemente por mim às gloriosas epopéias que nossos heróis cafajestes (sim! Vai me dizer que, depois de ler todos esses textos, eles não viraram seus heróis?) têm de passar para conseguir atingir seu único e real propósito na Terra: fazer as mulheres felizes. Claro que eu não preciso nem dizer que isso não é dado científico, né? São todas denominações dadas por mim e por nosso Mestre Supremo (Aleluia! Aleluia! Aleluia!) Corrales, em nossos intermináveis bate-papos (sem fins cafajésticos, eu devo mencionar, pois ele não faz meu tipo) no MSN.

Antes que vocês possam achar um exagero essa denominação, devo lembrá-los que a tarefa dos cafajestes não é nada fácil. Dessa forma, não há expressão que se encaixe melhor em proporção do que este. Vale lembrar também que o fato do cafajeste tirar todas essas complicações de letra, não desmerece o trabalho, afinal, talento é talento e o cafajeste não tem culpa de ter nascido com este.

Claro que nem toda Jornada Épica é um martírio. Algumas delas são bem simples e nem possuem um desafio tão grande. Aliás, algumas delas sequer oferecem a menor dificuldade. Mas, poxa… Estamos falando dos cafajestes! Ser supremo de toda a raça humana, mais até do que os arianos (neste momento, Hitler se vira brutalmente em seu caixão, seja lá onde ele estiver)! Seria um pecado dar às suas investidas um nome mequetrefe como “aventura” ou qualquer outra coisinha de menor expressão.

Mas o que caracteriza uma Jornada Épica? O cafajeste precisa estar embarcando nela com a intenção de cumprir sua profecia? Claro que não! A Jornada Épica pode estar presente na situação mais inusitada possível! Como dizia minha querida vovó, que me incentivou nos caminhos cafajésticos, “a situação faz o ladrão”. Com isso, eu quero dizer que qualquer circunstância pode virar uma Jornada Épica. Até mesmo quando o cafajeste sequer está pensando em “atuar”.

Vamos exemplificar para esclarecer as coisas. O cafajeste vai viajar com outros amigos (prováveis cafajestes, mas não obrigatoriamente) para alguma cidade “badalada”, cheia de mulher (tem as clássicas Maresias, Ribeirão Preto, Campos do Jordão etc). Você tem dúvidas de que a profecia será cumprida? Não, né? Nem eu. Isso é o que a gente pode chamar de uma Jornada Épica planejada. O cafajeste já anteviu (eles são visionários) a possibilidade de glória e vai viajar já com este pensamento. Logicamente, a viagem já é, em seu nascimento, uma Jornada Épica. Claro que existem milhares de outros exemplos como baladas, churrascos, festinhas, casamentos (quem já viu Penetras Bons de Bico aqui?) e até uma mera conectadinha no MSN (vide texto anterior), onde se pode planejar a Jornada Épica, mas estou apenas exemplificando e não sendo taxativo.

Exemplificando agora o que eu quis dizer sobre “a situação faz o ladrão”, vou contar uma historinha de um grande amigo do Corrales e meu: Guillermo Gutierrez. Ele foi uma vez até a padaria comprar um pãozinho, um leite, entre outras coisas e, na hora de pedir o pão, ele notou que a minazinha que os pegava era uma gracinha… Loirinha, roupinhas curtíssimas, aparelho nos dentes. E estava dando mó boi para o cara. Pô! Pronto! O que era para ser uma mera compra com fins de alimentação se transformou em uma Jornada Épica num piscar de olhos. Viu como é fácil?

Outro exemplo: O mesmo Guillermo, pai divorciado (sim, os cafajestes podem se casar, sossegar e, depois de separados, voltar à ativa), teve que ir até a escolinha buscar o “brinde” fornecido pelo casamento: seu filhinho Enrico. Como o garoto era o melhor aluno da classe, a professora resolveu convidar o cara para que visse os desenhos que seu pimpolho fizera e parabenizá-lo (o Guillermo, é claro). Ela era jovem, usava um terninho justinho, bem sensual, cabelos presos, óculos estilosos. De repente, no meio da amostra, ela resolveu dizer que não entendia como ele, um homem tão bonito (apesar do bigodinho ridículo de amante latino), podia não ser casado e, ainda assim, criar seu filho com tanto carinho e dedicação. Entre flertes e sorrisos marotos, ela passou o telefone dela pro cara para que eles pudessem jantar e falar mais sobre o rebento. Pronto! Mais uma vez, o que era para ser algo corriqueiro na vida de uma pessoa, tornou-se uma outra Jornada Épica. Logo, Guillermo acabou juntando na mesma cama a loirinha da padaria com a professora, mas isso é uma outra história e já é algo além de épico, pode ser chamado de uma Jornada Delfiana.

Espero ter conseguido passar a vocês o que é uma Jornada Épica, concluindo assim, mais um capítulo de nosso aprendizado. Fico por aqui, mais uma vez, agradecendo a atenção, deixando um abraço e um “pou” aos manos delfonautas e uma mordidinha na orelha e um “pá” às minas delfonautas (uma especialmente para a Rafa-ela, nossa freqüentadora assídua), ao mesmo tempo em que entrego um papelzinho com meu telefone.

PS: justificando a foto utilizada na matéria: por que o Aragorn? Pô! Ele saiu em uma viagenzinha com o objetivo de destruir um anel para salvar a humanidade! E com aquele bigodinho de amante latino, barba por fazer e fazendo tipinho de perturbado (uma das mais frutíferas táticas cafajestes), quase se envolveu em uma Jornada Épica de verdade com duas minas que se sensibilizaram com seu teatrinho e com milhões de espectadoras no mundo inteiro! Quer maior exemplo de cafajestagem do que esse? O.o

PS2: Obviamente, Guillermo Gutierrez permitiu que sua história fosse contada nesse texto e suas Jornadas Épicas devem aparecer com considerável freqüência nessa coluna.

PS3: Clique aqui e conheça o futuro desta coluna.