Tristão e Isolda

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Acredito que o delfonauta já tenha ouvido falar da trágica história de amor de Tristão e Isolda e no livro que a conta. Agora devo admitir que sempre achei que esse livro era um spin off da história do Rei Arthur e que o Tristão era um dos cavaleiros da Távola Redonda (aliás, já leu nosso Especial Excalibur?). Bom, se este filme estiver correto, a única semelhança entre o Tristão da Isolda e o Tristão do Rei Arthur é o nome, pois o rei que une os bretões aqui se chama Marke e usa uma espada aparentemente sem nome.

A história aqui é o seguinte: a Inglaterra está dividida e os Irlandeses se aproveitam dessa fraqueza para dominá-los. Depois de uma batalha voraz, o cavaleiro Tristão (James Franco, o Harry Osborn), que realmente parece ser um cara deveras triste, vai parar nas mãos de Isolda (Sophia Myles, que parece uma postergirl ariana). Ela cuida dele, os dois se apaixonam e se entrelaçam nos doces prazeres do amor. Só que a guria é filha do rei irlandês, então o amor dos dois é proibido.

Lembrou de Romeu e Julieta? Pois é, só que a partir daí, a história segue outro caminho. Por ironias do destino, Isolda acaba casando com Lorde Macke, o rei da Inglaterra, que é tio de Tristão. Esse casamento une os reinos e traz paz que era desconhecida desde o império romano. Mas será que Tristão e Isolda conseguirão sobrepujar seus instintos e a chama que arde em seus corações em nome de um bem maior?

Pois então, agora você já sabe que não se trata de um amor proibido na linha shakespeareana, mas de um triângulo amoroso bem parecido ao de Arthur/Guinevere/Lancelot que vemos na história da espada famosa. Na verdade, o drama e o charme da história pode ser resumido em uma única frase que Isolda fala para Tristão: “Ele é um homem bom. Eu não consigo odiá-lo”. Pois é, assim como Lancelot e Arthur, Tristão e o rei Macke nutrem um profundo respeito um pelo outro. A principal diferença entre as duas histórias é que aqui o romance assume o primeiro plano fazendo com que a ação e os problemas do reino pareçam sem importância. Mas o mais legal é mesmo que, embora você torça para Tristão (que, afinal, é o protagonista), acaba gostando também de Macke.

O filme alterna momentos ótimos com outros entendiantes. Em especial os primeiros dias que Tristão passa com Isolda são assaz chatos. Um grande problema é também a presença de James Franco. Ou vai dizer que, quando você assistiu ao filme do Homem-Aranha, você pensou com seus botões: “Sabe, esse Harry Osborn daria um bom cavaleiro medieval tremendão”? Claro que não, o cara simplesmente não tem porte para isso. Ah, e por algum motivo bizarro, sempre que olhava para ele, ficava imaginando o Orlando “eu também já fiz épicos” Bloom no papel. Provavelmente é porque os dois têm a mesma cara de… bem… de traseiro. 🙂

O veredicto final, então, acaba sendo médio. Provavelmente é um bom filme para assistir com a namorada, mas na falta de uma, vale mais a pena ficar com algo mais Testosterona Total. Se bem que mesmo para assistir com a namorada, acho um romance na linha de Procura-se Amy mais legal e bem mais romântico.

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Nota
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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
tristao-e-isoldaPaís: EUA/Inglaterra/Alemanha<br> Ano: 2006<br> Gênero: Ação/Drama/Romance<br> Duração: 125 minutos<br> Roteiro: Dean Georgaris<br> Diretor: Kevin Reynolds<br> Distribuidor: Europa Filmes<br>