The Last of Us

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O quê?! O Pixáiti escrevendo a análise de um jogo de Playstation 3?! É o fim do mundo?!” Sim, meu caro, é o fim do mundo! O belo, dramático, imersivo e extraordinário fim do mundo de The Last of Us!

Se você é um gamer que não passou os últimos anos vivendo debaixo de uma pedra ou dentro de um abacaxi (sacou a referência?), deve saber do que se trata The Last of Us: um game pós-apocalíptico – com pseudo-zumbis com cabeça de cogumelo – produzido pela queridinha dos Sonystas, a Naughty Dog.

Justamente por isso, o hype ao redor do game foi imenso. Mas não se preocupe, pois este NÃO é um daqueles casos em que o produto final não corresponde ao hype: The Last of Us não é apenas um dos melhores jogos do Playstation 3, ele é um dos melhores jogos já produzidos desde que o mundo é mundo.

Se você tem um Playstation 3, ter The Last of Us é praticamente uma obrigação. Sério, você precisa ter esse jogo! Se precisar, eu até te empresto uma grana para comprar, mas por favor, não deixe de tê-lo. Brinks, nem empresto!

Se você não tem um negão da Sony ou (pior!) tem, mas ainda não tem certeza se o game vale o investimento, convido-o para um passeio pelo fim do mundo mais caprichado que você já viu no mundo dos games.

O MUNDO ACABOU

Ao contrário de muitas obras pós-apocalípticas que nos mostram somente o pós-apocalipse (dã), The Last of Us nos dá um gostinho da treta começando. É um gostinho bem de leve, que dura só uns 20 minutos, mas já deixa claro que não estamos diante de um jogo qualquer, mas de uma obra que, antes de mais nada, mexe com nossas emoções.

Já de início somos apresentados a Joel, um pai de família trabalhador que viu sua vida virar de pernas para o ar quando algo muito ruim aconteceu com o mundo: uma variação do fungo parasita Cordyceps – uma família de fungos que existe de verdade, e é capaz de “zumbificar” formigas e outros insetos – evoluiu ao ponto de afetar seres humanos.

Se aspirados por um ser humano, os esporos parasitários deste cogumelo do mal tomam posse do cérebro e das funções motoras, transformando o hospedeiro em uma terrível aberração de corpo retorcido, temperamento agressivo e sede de sangue. A grosso modo, um zumbi. Com cabeça de cogumelo, mas ainda assim, um zumbi.

Estas mutações possuem diferentes estágios, como os runners, que são humanos recém infectados, ainda são capazes enxergar, correr e balbuciar lamentações horríveis, o que é bem perturbador. Pois é, ao contrário do zumbi “comum”, os infectados de The Last of Us mantêm uma parte de sua humanidade até certo ponto do “processo evolutivo” da infecção, e estão tecnicamente conscientes de sua situação deplorável.

Já os clickers são os humanos infectados há mais tempo. O fungo em seu cérebro já evoluiu a tal ponto que vazou pelas órbitas e praticamente explodiu a cabeça do hospedeiro, transformando-o em um horrível misto de carne, fungo e dentes. Sem os olhos, os clickers não podem enxergar, mas emitem medonhos cliques (daí o apelido) para mapear os ambientes pela audição, mas ou menos como os morcegos (e o Demolidor) fazem.

Obviamente, os infectados correspondem a apenas uma parte do problema: a situação precária do mundo transformou cidadãos de bem em verdadeiros guerrilheiros ávidos por recursos. Sobreviventes lutam por água, comida e munição com unhas e dentes (e paus, pedras, facas, armas de fogo…), tanto em pequenos grupos esfarrapados quanto em verdadeiras milícias militarizadas.

Após a dramática introdução, 20 anos se passam. Encontramos o mesmo Joel ainda sobrevivendo, mas bastante abatido e maltratado pela vida. Seu grupo precisa de armas, e, para consegui-las, Joel e sua parceira Tess aceitam a missão de fazer uma entrega para os Vaga-lumes, uma milícia bem radical que ainda busca uma cura contra os Cordyceps.

Porém, esta não é uma entrega qualquer: Joel e Tess devem levar a jovem Ellie para os Vaga-lumes. Ellie é uma adolescente de 14 anos espirituosa, rebelde e bem boca-suja. E, sem entregarmos spoilers malvados, esta é sua missão em The Last of Us: escoltar a adolescente rebelde pelos EUA pós-apocalíptico e entregá-la à milícia.

Felizmente, esta missão aparentemente simples se desdobra em uma campanha extremamente imersiva, que vai lhe render no mínimo 14 horas de jogatina. O grosso da trama de The Last of Us pode até ser bem clichê, mas a forma envolvente e cinematográfica como a história é contada faz toda a diferença.

Boa parte desta diferença se deve ao…

CAPRICHO DA NAUGHTY DOG

Desde o primeiro Uncharted, ficou claro que a Naughty Dog é uma empresa talentosa e caprichosa como poucas. Em The Last of Us, temos o ápice destes predicados: este é um game genuinamente lindo em todos os aspectos. E não estamos falando só de seu visual arrebatador, ou de seu departamento sonoro perfeito. The Last of Us é lindo nos pequenos detalhes.

E isso já começa pela tela inicial: não temos o nome do jogo em letras garrafais na tela, nem uma trilha impactante rolando. Só o que temos é isso:

Fala sério, não é uma das telas de abertura mais lindas e serenas que você já viu? E este é só o começo da pintudice de The Last of Us: o mundo pós-apocalíptico criado pela Naughty Dog é riquíssimo, cheio de detalhes que o tornam muito imersivo.

Este não é um jogo de mundo aberto, muito pelo contrário: The Last of Us é relativamente linear, mas oferece muita profundidade em cada cenário e muita liberdade ao jogador. Você pode vasculhar cada cantinho, abrir diversas gavetas, armários e portas em todo canto, onde vai encontrar dezenas de cartas, recados, bilhetes e até mesmo desenhos de criança, que concedem personalidade ao mundo desolado do game.

E este mundo não seria nem de longe tão interessante sem bons personagens para povoá-lo. Felizmente, a Naughty Dog pensou nisso também, e nos entrega uma dupla de protagonistas memorável, amparada por coadjuvantes igualmente notáveis. Se Joel passa a impressão de ser sisudo e mal humorado, a tagarelice desbocada da Ellie lhe faz um contrapeso notável, tornando a garota a personagem mais carismática do game.

Por Odin, além de (tentar) assobiar, cantarolar e contar piadas, a Ellie até boceja, meu caro! Quantos personagens de videogame você lembra de ter visto bocejando ultimamente? =D

Essa personalidade toda fica ainda mais interessante graças às primorosas animações e dublagens do game. Em um inspirado trabalho de captura de movimentos, vemos emoções reais no rosto, na voz e na linguagem corporal dos personagens. Praticamente tudo é autêntico e realista.

Para valorizar este primor todo, devemos ressaltar que estamos diante de um dos jogos mais bonitos desta geração. Tudo é realisticamente impressionante, da iluminação trêmula das lanternas à chuva, passando pela desordem meticulosamente calculada do fim do mundo e pelos sinistros e mal iluminados ambientes onde a concentração de esporos é grande. O visual pós-apocalíptico de The Last of Us é meio depressivo, mas ainda assim, extremamente belo.

A variedade de ambientes também impressiona. Como estamos falando de uma longa jornada, nossos protagonistas vão passar por uma infinidade de ambientes distintos: regiões urbanas destruídas e parcialmente tomadas pela mata, grandes universidades abandonadas, prédios semi-destruídos que desafiam a lei da gravidade, obscuras estações e túneis de metrô submersos, esgotos claustrofóbicos e muito mais.

E o que seria de um jogo bonito sem um bom departamento sonoro? Felizmente, aqui temos mais uma bola dentro da empresa que criou o Crash Bandicoot: o áudio de The Last of Us é espetacular, tanto suas dublagens (até a dublagem em português é boa, com suas vozes famosas “de Sessão da Tarde”!) quanto em sua trilha sonora, composta basicamente por sutis melodias de violão assinadas pelo premiado oscarizado compositor argentino Gustavo Santaollala.

Curta uma das belas e melancólicas canções do game abaixo:

Incrível, não é? Mas é nos sons ambientes que The Last of Us realmente brilha, especialmente quando se trata de uma área cheia de clickers. Isto porque, pasme, este jogo conta com ótimos momentos…

ESTILO SURVIVAL HORROR

Ok, The Last of Us não é genuinamente um survival horror. Porém, em diversos momentos, você terá que escoltar nossa jovem e tagarela Ellie por áreas repletas de infectados. Nessas horas, o game alcança um nível de tensão digno dos melhores jogos de terror.

Como já disse lá em cima, temos predominantemente dois tipos de infectados. Embora ambos sejam bem aterrorizantes, são os clickers que irão instaurar o medo em seu coração. Os cliques e estalidos que eles emitem para mapear o ambiente são sinistros, e o fato de uma mordida (isso mesmo, UMA) deles ser fatal é o bastante para te deixar pra lá de apreensivo. Jogando com um bom fone de ouvido, é praticamente impossível não sujar umas fraldas nessas horas!

Ao chegar a uma área dominada por infectados, você deve andar da maneira mais silenciosa possível, esgueirando-se por estas criaturas da maneira que puder. Para piorar, geralmente os ambientes não têm apenas clickers (que são cegos), eles estão devidamente acompanhados dos runners (que enxergam muito bem).

Assim, você precisa dar um jeito de matar silenciosamente os runners antes que eles te vejam, senão a gritaria deles atrai os clickers, e aí as suas chances de sobrevivência caem drasticamente. Tiros também não são uma boa ideia, pois o barulho atrairá todos os inimigos das redondezas.

Estes trechos aterrorizantes certamente estão entre os pontos altos do jogo. The Last of Us é muito mais voltado para exploração e coleta de recursos (falaremos disso na sequência), com pitadas de ação e até mesmo tiroteios. Mas, quando decide ser um jogo de terror, ele faz isso de maneira muito mais competente que muito survival horror de verdade (cof, cof, Resident Evil 6 cof,cof).

Duvida? Então confira abaixo um trecho de gameplay deveras sinistro, onde Joel e Ellie devem se aventurar por uma estação de metrô repleta de infectados:

Tenso, hein?

Acho que o único ponto negativo que consigo apontar aqui é a inteligência seletiva dos inimigos: Ellie geralmente pode correr, gritar e plantar bananeira no meio de um bando de clickers, que eles nem darão bola. Porém, basta você pisar em uma folha seca, e todos virão correndo na sua direção.

Entendo o foco no jogador utilizado aqui e a dificuldade que deve ser criar uma inteligência artificial “mais inteligente”, mas em muitos momentos isso quebra um pouco o clima, pois parece que estamos lutando para proteger alguém que nunca está realmente em perigo. =P

JOGABILIDADE

Aqui temos outra bola dentro da Naughty Dog. A jogabilidade de The Last of Us é extremamente fluida e precisa. Muito do que já vimos em Uncharted está aqui, mas agora temos menos escaladas, mais pancadaria e muito mais stealth.

Ao simples pressionar de um botão, Joel se agacha e anda de maneira sorrateira. Porém no meio dos clickers isso não é o bastante, você deve mover o analógico esquerdo com extrema delicadeza para se mover da maneira mais silenciosa possível.

Os tiroteios foram criticados por muita gente por conta da imprecisão de Joel. Novamente, acho isso um ponto positivo: estamos falando de um ser humano, não de um ciborgue. A mira de Joel é tão imprecisa quanto a mira de uma pessoa comum deve ser. Ela oscila realisticamente conforme ele respira, e isso varia conforme o peso e empunhadura da arma utilizada. Vale lembrar que, tomando algumas pílulas, você pode melhorar significativamente as habilidades de Joel e minimizar este “problema”.

Na hora dos combates, o game é brutal: Joel dá socos em gargantas, estrangula, explode crânios em paredes (e quinas de móveis), quebra tijolos, canos e pedaços de pau em cabeças, dá tiros de escopeta à queima roupa, esmaga crânios com uma botinada, enfia facas em pescoços… enfim, a pancadaria de The Last of Us é brutalmente linda, sangrenta, e muito fluida!

Outra coisa bacana é que o jogo não te obriga a jogar deste jeito ou daquele. Sua abordagem stealth falhou? Sem problemas, você ainda pode trocar uns tiros ou sair na porrada! Ou que tal plantar umas bombas de pregos pelo cenário e atrair propositalmente os inimigos até suas armadilhas? Com um pouco de criatividade, você escolhe como superar a maioria dos desafios do game, e isso é muito legal!

No geral, você passará muito tempo perambulando pelos belos cenários, coletando itens, se esgueirando de infectados e trocando tiros com inimigos. Olhando assim pode não haver muita variedade, mas, como eu já disse, há muita liberdade, e a maneira como estas situações são apresentadas sempre variam, o que deixa tudo mais interessante.

Não espere as grandes perseguições (embora elas existam), os momentos de heroísmo, as piadas marotas ou os vilões megalomaníacos de Uncharted. No final das contas, não estamos vivendo uma grande aventura, estamos vivenciando uma legítima experiência de…

EXPLORAÇÃO E SOBREVIVÊNCIA

The Last of Us é um jogo de sobrevivência em sua essência. O mundo está praticamente arruinado, então você não irá encontrar suprimentos debaixo de cada arbusto. A exploração dos cenários é fundamental para encontrar itens, e mesmo encontrando tudo o que tiver para ser encontrado, você ainda estará com seus recursos contados. Ah, e a energia não se regenera sozinha, coisa rara de se ver hoje em dia!

Pessoalmente, achei tudo isso incrível. Estamos falando de um mundo pós-apocalíptico, não de um passeio no parque! Esse é um jogo que precisa ser difícil para nos fazer entender quão difícil é a vida em uma situação dessas.

Conheço pessoas que não gostaram muito desta dificuldade “exagerada”, mas acho que todas elas deveriam dar uma chance ao game. A dificuldade aqui está inserida dentro de um contexto de realismo e sobrevivência, não é algo gratuito ou frustrante. O mundo acabou, oras, não faria sentido haver comida e munição em qualquer canto!

Existe um “poder” que até facilita um pouco a vida dos n00bs: Joel possui uma espécie de “superaudição” que permite que ele mapeie precariamente um ambiente e enxergue os inimigos (até mesmo através de paredes) de acordo com os sons que eles emitem. Uma versão rudimentar do Detective Mode do Batman, digamos assim.

Já falei um pouco sobre este tipo de “regalia” na minha análise de Tomb Raider: pessoalmente, ODEIO este tipo de recurso facilitador que as produtoras insistem em colocar em seus games. Vinte anos atrás, os jogos eram difíceis e ponto: ou você vivia com isso, ou não jogava. Hoje, sempre há “um jeitinho” para tornar as coisas mais fáceis e acessíveis. =P

Felizmente, em The Last of Us este recurso pode ser desligado diretamente pelo menu. Eu joguei minha campanha inteira sem este super poder, e não me arrependo. Joel é um dos personagens mais humanos que já vi em um jogo de videogame, e um super poder desses não combina em nada com sua humanidade. Minha recomendação é que você faça o mesmo, mas fica a critério de cada um ser homem utilizar este super poder ou não.

Independente da sua escolha, o jogo manterá um nível satisfatório de desafio graças à já mencionada escassez de recursos: você não encontrará praticamente nada “pronto”, deverá criar praticamente todos os seus itens.

Por exemplo: uma tesoura quebrada misturada com um pouco de fita isolante vira uma faca rústica. Um pedaço de pano com um pouco de álcool vira um kit médico… mas também pode virar um coquetel molotov. O gerenciamento de seus recursos fica por sua conta e risco, então pense muito bem antes de desperdiçar seus itens!

O mais legal é que esta criação de itens deve ser feita em tempo real: não há um menu separado, nem nada do tipo, você deve tirar a mochila das costas e ficar vulnerável enquanto mexe no seu inventário. E isso cria um senso de urgência absurdo, pois os clickers não irão ficar esperando pacientemente enquanto você cria um molotov para atirar na cara deles!

Bom, se o jogo tivesse apenas sua campanha solo, esta análise acabaria por aqui, com um veredicto que iria praticamente lhe obrigar a comprá-lo. Porém, ainda temos mais, pois, seguindo a lógica de mercado atual, temos ainda…

MULTIPLAYER

Embora sem grande variedade, temos aqui uma desculpa para os jogadores continuarem jogando e se matando em mapas pós-apocalípticos. Pessoalmente, acho que, assim como Tomb Raider, The Last of Us simplesmente não carecia de multiplayer. Como no jogo da Srta. Croft, a estrela aqui é a excelente campanha solo, e o multiplayer (mais uma vez) passa aquela impressão de “temos que ter multiplayer porque o mercado nos obriga”.

Porém, devo ser justo, o multiplayer aqui é muito melhor executado que o de Tomb Raider. Ele bebe um pouco na fonte de Uncharted 3, mas a matança aqui se mantém fiel ao conceito de sobrevivência, que é o cerne do game.

Neste caso, oito jogadores se dividem em dois grupos, os Vaga-lumes e os Caçadores. Cada jogador passa a coordenar um mini-acampamento, que deve ser abastecido por suprimentos. Estes suprimentos devem ser conquistados “na raça”, ou seja, coletados do corpo sem vida dos seus inimigos!

Este acampamento serve basicamente como pano de fundo, e se limita ao lobby antes das partidas. Um fato bacana é que você pode linkar seu acampamento à sua conta do Facebook, deste modo, seus amigos é que se tornam os habitantes, então, ao invés de ver um nome genérico qualquer, você verá, por exemplo, “Joanna Lis comeu o suficiente esta manhã”, ou “Carlos Cyrino está aprendendo a pescar”. É só um detalhe, mas ajuda a criar empatia pelos pontinhos coloridos que representam os sobreviventes. =)

Vale lembrar que todos chegam saudáveis ao seu camping, mas, se seu desempenho for ruim, a galerinha começa a adoecer, passar fome e até morrer. Isso praticamente te obriga a jogar bem… o que te ferra ainda mais, pois quanto mais recursos você coleta, mais pessoas entram para desfrutar das mordomias do seu acampamento, e assim sucessivamente.

Temos apenas dois modos de jogo que são essencialmente iguais, com apenas uma diferença: no modo Coleta de Suprimentos, os jogadores podem “renascer” (um número limitado de vezes) após a morte, enquanto no modo Sobreviventes, morreu, já era, só volta na próxima rodada.

No trailer abaixo, você saca um pouco melhor qual é a do multiplayer:

Sacou? Seu objetivo é basicamente sobreviver por 12 semanas (até a chegada de uma equipe de resgate), e cada partida corresponde a um dia. Enquanto luta para sobreviver e eliminar seus alvos, você deve coletar itens para criar seus equipamentos (kits médicos, coquetéis molotov, bombas de pregos ou fumaça) em tempo real, exatamente como na campanha solo, o que adiciona uma dose extra de tensão. Ao final da partida, seus itens coletados são convertidos em suprimentos para seu acampamento.

Tenho alguns amigos que ficaram simplesmente viciados pelo multiplayer de The Last of Us, mas eu não fui cativado. É bacana, e tal, mas a escassez de modos de jogo e a duração exagerada das partidas (12 semanas, lembra?) não me agrada muito.

Acho que a Naughty Dog podia ter nos dado mais opções. Como um Capture the Flag onde a bandeira é uma caixa de suprimentos, ou um modo de resgate onde um de seus amigos do Facebook é mantido refém pelo grupo inimigo. Até um modo cooperativo estilo Horda cairia muito bem aqui, ou quem sabe um modo no qual alguns jogadores podem controlar infectados e devem caçar os jogadores humanos! Há muito espaço para criatividade aqui, e eu não duvido que novos modos de jogo pintem via DLC em breve.

VEREDICTO

Oi? Eu já dei meu veredicto lá no início do texto, antes mesmo de começar a resenha, lembra? The Last of Us é um jogo que você precisa ter no seu Playstation 3. O jogo é praticamente perfeito em todos os aspectos, uma joia rara e ricamente lapidada, daquelas que só aparecem uma vez por geração, e olhe lá!

Esta é mais uma daquelas obras de arte interativas, que mexem com nossos sentimentos e emoções. E se você não se emocionar com a envolvente e conturbada história de Joel e Ellie, meu caro, você deve ter um fungo daqueles bem escrotos e tóxicos no lugar do coração!

P.S. Yay, minha primeira análise delfiana de um jogo exclusivo de PS3 e já temos um Selo Delfiano Supremo! Começamos bem! ^^

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