Rob Liefeld ataca Alan Moore e a Marvel

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O desenhista preferido dos nerds (por preferido entenda “o que eles mais gostam de atacar”) decidiu mexer num vespeiro e falar mal da ponta anarquista da santíssima trindade dos quadrinhos. Sem mais delongas, vamos à polêmica declaração:

Se você fez negócios com Alan, tem uma opinião diferente sobre o cara. Ele se vende como um poeta, mas é só um negociador sem escrúpulos, como todo mundo. Ele ficava querendo mais trabalho porque só queria dinheiro. Você devia vender isso para a Wizard, ‘Rob Liefeld ataca Alan Moore’.

Ele é brilhante, mas penso que saiu do controle. Tipo, ele brigou com a Wildstorm, e teve outra briga com a DC, e não trabalha para a Marvel. Uma hora a gente tem que pensar, putz, Alan, é você ou o resto do mundo?

Alan só quer receber mais dinheiro, só isso. Desculpe, Alan. Não o coloco no pedestal como Jack Kirby e Frank Miller. Ele é só um cara que quer ser pago e faz negócios que depois não gosta, aí vira reclamão e chorão… Cara, ele trabalhou para mim por dois anos, eu fiquei quieto por uns dez. E aí vi ele se queimar com todo mundo e pensei ‘Hmmm’. Mesmo que a gente não tenha brigado. Ele simplesmente parou de trabalhar para nós (a editora de Rob, Awesome Comics), porque agora queria investir em seu novo universo com a Wildstorm e, de novo, tudo foi por água abaixo. Ele dá um novo sentido ao termo ‘artista temperamental’.

Aí ele vem e diz para todo mundo ‘eu vou reclamar de todas adaptações de cinema que vocês fizerem’, e não demonstra lealdade alguma a colegas como Dave Gibbons e David Lloyd (que trabalharam com Moore em Watchmen e V de Vingança). Ele sabe que, se reclamar do filme, vai manter uma porcentagem dos fãs longe. É um cara interessante, alguém devia fazer um documentário sobre ele.

Mas qual é o problema de ele querer dinheiro? Nada mais normal do que receber pelo seu trabalho, né? Não satisfeito com a polêmica que essa declaração causaria, nosso amigo ainda atacou a Marvel:

A Marvel entrou em processo de falência e me ligaram em 26 de dezembro de 1996: ‘Rob, vamos entrar em falência amanhã. Estamos ligando para todos os nossos parceiros, para deixar avisados, e queremos deixar claro que seu contrato não será afetado’. Eu desligo o telefone e minha esposa pergunta ‘Bom, o que isso quer dizer?’. Eu digo ‘isso quer dizer que vão mexer no meu contrato daqui a duas semanas’“.

A previsão de Rob realmente se concretizou e, diante da recusa em diminuir o valor do seu contrato (afinal, assim como Alan Moore, ele também quer dinheiro), foi despedido da editora.