O Superboy vai voltar ao Universo DC

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Nenhum personagem do Universo DC tem uma história de bastidores tão enrolada quanto o Superboy.

Ele surgiu nos anos 40 como o “Superman quando era criança”. No entanto, a simples existência do Superboy ia contra toda a cronologia até o momento, onde Clark Kent só vestiu as cuecas por cima das calças depois de adulto. Por vários anos ficou a dúvida se o Superboy e o Superman eram a mesma pessoa, ou personagens em realidades diferentes. Por fim, sob a tutela de Julius Schwartz, definiu-se que ambos eram a mesma pessoa, na mesma realidade, mas que algumas histórias se passaram em realidades diferentes. Confuso? Por isso que a DC fez a Crise nas Infinitas Terras.

Além do fator confusão cronológica, outro problema pesava contra o personagem: um processo de direitos autorais por parte da família de Jerry Siegel acabou tirando da DC Comics os direitos sobre o caboclo. Desta forma, toda vez que fizessem uma história com o Superboy, a editora teria de pagar a parte devida a Jerry Siegel. Por causa disso, decidiram acabar com o Superboy quando aconteceu a Crise nas Infinitas Terras, que implicou em um reboot na cronologia do Superman. Na nova versão de Byrne, Clark só usa a capa após se tornar um adulto, mudar para Metrópolis e arrumar um emprego no Planeta Diário. O Superboy jamais existiu.

Só que isso acabou trazendo mais problemas, já que o personagem era parte essencial da origem Legião dos Super-Heróis. Isso levou ao surgimento do universo compacto, ou seja, mais uma realidade alternativa depois que se extinguiram todas as realidades alternativas. Por fim, acabaram criando um “novo” Superboy, Conner Kent/Kon-El, um clone do Superman com DNA misturado de Lex Luthor. Como não era o mesmo Superboy de Siegel e Shuster, a DC se livrou dos processos e manteve o personagem.

Com a Crise Infinita, Conner Kent acabou sendo morto pelo Superboy Prime, uma versão alternativa do Superboy de antes da Crise nas Infinitas Terras (eu disse que a história era confusa). Até hoje, a lacuna deixada por ele não havia sido preenchida.

Pois bem, toda essa explicação é para dizer que Geoff Johns, responsável pela “reestruturação” e “reorganização” da DC Comics após a Crise Final, confirmou em seu blog que o Superboy voltará ao universo DC na publicação Adventure Comics, onde irá co-estrelar aventuras junto com a Legião dos Super-Heróis no século XXXI.

Ok, mas qual versão do Superboy é esta? A julgar pela arte divulgada de Francis Manapul, é Conner Kent, o clone. Uma revelação intrigante, já que o próprio Johns havia acenado para a volta do Superboy clássico (aquele que era o Superman quando criança) no arco Superman e a Legião dos Super-Heróis, publicado recentemente pela Panini no Brasil. Na história revela-se que Clark, apesar de não ter vestido a roupa em Smallville quando ainda era um garoto, costumava viver aventuras com a Legião no futuro, entre o intervalo da escola. E isso, a princípio, será ainda mais explorado em Superman: Secret Origin, que será publicado ainda este ano.

Afinal de contas, qual é a desse Samba do Crioulo Doido que Johns está aprontando? In Geoff Johns we trust, mas estou ficando com medo…

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Homero de Almeida
Ao contrário dos outros delfianos, Homero não tem pretensões de dominação global. Ele se contenta apenas em dominar a rede mundial de telecomunicações, principalmente a internet. Afinal, conhecimento é poder. Entre outros planos, ele pretende ter uma noite de amor gostoso perto da lareira com a Natalie Portman (ao contrário do que diz o Corrales, ele acredita que ela agüentaria levar um caprichado tapão na bunda), cantar Valhalla junto com o Hansi Kürsch, xingar o antigo professor de Computação Gráfica e deixar de ser gordo. Ah sim, ele também quer dar um chute na bunda do Bill Gates.