Os super-heróis no cinema

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Há pessoas que gostam do natal, outras preferem o carnaval. Já eu prefiro um outro evento muito mais bacana: a Comic-Con.

Claro, eu gosto muito da E3, da Gamescom e da Tokyo Game Show, mas é a Comic-Con de San Diego que eu fico aguardando ansiosamente o ano todo. Afinal, onde mais nós vemos todas as pessoas das indústrias do cinema, dos games, da televisão e, principalmente, dos quadrinhos, reunidos em um só lugar, contando a todos os nerds do mundo sobre seus vindouros projetos tremendões? E principalmente, onde mais eu posso ver um monte de gostosa fantasiada enquanto espero na fila para algum autor assinar o meu gibi?

Mas apesar das gostosas e das montanhas de HQs, aposto que nenhuma das milhares de novidades reveladas na Comic-Con 2013 surpreendeu mais do que o anúncio do crossover entre Batman e Superman, que ocorrerá na sequência do filme O Homem de Aço, que provavelmente elevará os filmes de super-heróis a um novo e incrível patamar. Um patamar que todos os fãs de quadrinhos merecem.

“Espere, grande e sábio Lucas. E quanto ao filme de Avengelynne, também não vai ser algo revolucionário?”, pergunta o delfonauta no fundo da sala. Ora, amigo delfonauta, eu estou falando de filmes de super-heróis clássicos, não de grandes obras de arte criadas pelo Michelangelo do século XX.

O UNIVERSO INTEGRADO

Uma das coisas mais legais das HQs é o fato de que, geralmente, todos os personagens de uma mesma editora vivem em um mesmo mundo. É fácil você ver um herói encontrar com um outro ao virar a esquina. Embora todas as editoras façam isso, é algo bem mais comum nos gibis da Marvel, já que 90% heróis moram em Nova Iorque.

Esta integração causa uma sensação única de que as histórias fazem parte de um mesmo mundo, e uma coisa que acontece em um título muitas vezes tem influência em outros. Por exemplo, quando o Quarteto Fantástico se tornou a Fundação Futuro, o Homem-Aranha foi convidado para se integrar ao grupo e ganhou um uniforme branco. Peter então passou a usar este uniforme não somente nas histórias da Fundação, mas também nas missões com os Novos Vingadores.

Isso sem mencionar as megassagas que têm imensa influência nos títulos mensais, que ganham um enorme selo em suas capas dizendo que aquela revista tem ligação direta com a minissérie e vai mudar o status quo do universo para sempre. Ou até o ano que vem, que é quando vai acontecer mais um evento desses.

Inclusive, quando eu comecei a ler gibis, nos idos de 2003, a Marvel tinha uma política de “títulos contidos”, ou seja, de que o que aconteceria em uma revista não afetaria as demais. Esta técnica foi usada para atrair novos leitores, que se sentiam intimidados pela complexa quantidade de coisas que aconteciam simultaneamente. A coisa, porém, saiu do controle de uma forma ridícula. Por exemplo, houve um massacre de milhões de mutantes em Novos X-Men e não havia sequer menção disso em Fabulosos X-Men. Graças a Odin, isso foi revertido alguns anos mais tarde. Aliás, graças a Odin mesmo, pois os eventos usados para a reintegração do universo envolveram a coroação de Thor como o rei de Asgard.

Mas se nos gibis isso é uma característica marcante, a coisa nem sempre foi assim em Hollywood…

OS FILMES DE SUPER-HERÓIS – A GÊNESE

De acordo com uma imensa e extensiva pesquisa que fiz, o primeiro filme de super-herói foi Superman and the Mole Man, de 1951. O que, na minha opinião, é bem justo, já que o azulão foi o primeiro super-herói moderno.

Mas acho que podemos considerar que o primeiro filme de super-heróis definitivo foi Superman, o clássico de 1978 estrelado por Cristopher Reeve, um sucesso de crítica e público, que marcou gerações e rendeu quatro continuações.

Na época, já existia outro herói, também da DC Comics, que havia ganhando uma versão de carne em osso e que fazia bastante sucesso, porém ele não havia estreado na telona, mas sim na telinha. É claro que eu estou falando do Batman.

Porém, a Warner Bros. comprou a DC em 1969, e os direitos para a exibição do seriado do morcegão estavam com sua rival, a 20th Century Fox, desde 1964. E provavelmente por isso, ninguém nunca cogitou reunir estes dois heróis. Embora, convenhamos, os filmes do Superman (os primeiros, pelo menos) eram sérios e profundos, enquanto o seriado do Batman era focado em humor pastelão e cenas de ação bufantes. É difícil imaginar o azulão falando algo sério como “precisamos nos unir para salvar o mundo” e o Robin seguir com “santo crossover. Isso vai ser do balacobaco”.

Em 1983, a Warner Bros. aproveitou o embalo de Superman III e lançou um filme estrelado pela prima de Kal-El, a Supergirl. Imagino que até havia uma intenção por parte dos figurões da Warner em lançar um filme com a dupla kryptoniana em um futuro próximo, mas, como você deve imaginar, a versão feminina foi um fracasso e quase ninguém lembra de sua existência.

Em 1989, a Warner finalmente brindou os fãs com Batman, um filme que trazia o homem-morcego em toda a sua glória sombria, e colocou a já ascendente estrela de Tim Burton de vez no mapa astral de Hollywood.

A partir deste ponto, creio que muitos fãs de quadrinhos já começaram a especular se haveria uma união entre o Batman e o Super-Homem, ou qualquer integração cinematográfica entre os heróis da DC, já que no ano seguinte estreou na TV a série do Flash. Mas não, nunca fizeram isto. E, como era tudo da Warner, seria teoricamente bem fácil de realizar.

Acontece que, embora crossovers fizessem muito sucesso nas HQs, os produtores de Hollywood, por algum motivo, sempre preferiram pensar nos filmes de super-heróis isoladamente. Sim, eu sei que qualquer um com um mínimo de noção sobre como os super-heróis funcionam teria pensado nisso, mas Hollywood deve ser um lugar à parte no tempo e no espaço, onde a lógica funciona de uma forma completamente diferente.

A RESSURREIÇÃO DOS HERÓIS NO CINEMA

O tempo passou, os filmes do Batman foram ficando cada vez piores e outras porcarias, como Justiceiro (com Dolph Lundgren), Spawn e o nunca lançado filme do Quarteto Fantástico foram realizados. Até mesmo o assistente do Superman, Aço, ganhou um filme terrível estrelado pelo jogador de basquete Shaquille O’Neal. O futuro dos super-heróis no cinema parecia estar caminhando para o não existente até que veio X-Men, que conquistou excelentes resultados de público e crítica.

O sucesso dos superdotados do Professor Xavier animou a Marvel, que começou a lançar outras superproduções criadas por vários estúdios. O supracitado X-Men era da Fox, Homem-Aranha saiu pela Columbia Pictures/Sony, Blade pela New Line Cinema e Hulk pela Universal.

Honestamente, eu sempre achei todos esses muito chatos. Até que eram bem produzidos, mas faltava uma coisa: a essência dos quadrinhos. Os personagens tinham os traços das revistas, mas a trama, os modos de agir e as cenas de ação, eram todas características de um filme, não de um gibi. Não havia neles a profundidade dos quadrinhos, ou mesmo a de um filme original. Para mim, sempre pareceram um monte de vagas referências das HQs juntadas de forma vergonhosa por algum produtor que leu a biografia dos heróis na Wikipedia e resolveu dar sua própria e trágica visão aos personagens.

Com os direitos dos personagens da Marvel espalhados por tantos estúdios diferentes, era improvável que um filme reunindo os heróis da casa das ideias um dia visse a luz do dia. A Warner, porém, na condição de dona da DC, não tinha este problema, afinal, ela tinha todos os heróis e podia fazer um universo integrado tão bem quanto fez com os desenhos, que começou em Batman: A Série Animada e culminou com Liga da Justiça Sem Limites, que reunia mais de 60 heróis da editora.

Mas como já dizia meu avô viking fictício Thormun Vhäldemarson, a roda do destino é imutável, a menos que você enfie um machado bem afiado nela. E foi isto que a Marvel fez.

A ASCENSÃO DO MARVEL STUDIOS

Se a DC tinha a vantagem de fazer parte de um imenso e endinheirado grupo já consagrado no mágico mundo do cinema, a Marvel não teve a mesma sorte.

Por muito tempo, o Marvel Studios era apenas um apêndice da Casa das Ideias, responsável por licenciar seus personagens para outras companhias. Em 2004, porém, o estúdio começou a planejar a produção de seus próprios filmes.

Neste mesmo ano, a New Line Cinema, que havia conseguido os direitos para a exibição de um filme do Homem de Ferro em 1999, desistiu da ideia e devolveu os direitos de exibição do herói gênio, bilionário, playboy e filantropo para a Marvel.

Enquanto isso, estreava no cinemas mais um filme da rival, Batman Begins, ainda mais sério e sombrio do que aquele dirigido por Tim Burton. E, fale o que quiser, eu ainda acho que ele se enquadra na descrição que dei no parágrafo acima: é um cara vestido de Batman, mas não é o Batman das HQs.

Em 2008, Homem de Ferro chegou aos cinemas, e conseguiu por si só ser um sucesso de crítica e público, além de dar aos nerds que compraram fielmente os gibis da Marvel ao longo dos anos o que eles realmente mereciam: uma fiel transposição do gibi para a telona.

Ao contrário do que acontecia com os seus antecessores, este filme foi feito por quem entendia de quadrinhos, explorando exatamente o que deixa as revistas tão divertidas: personagem com uma roupa de cores berrantes? Confere. Explosões a rodo? Confere. Um vilão mal e ganancioso sem histórias trágicas que quer conquistar o mundo só porque pode? Confere. Raios de energia? Confere. Heróis e vilões jogando uns aos outros em prédios sem a menor preocupação com danos à propriedade, causando uma carnificina de arquitetura? Confere, confere e confere.

Mas isto não era tudo. No final da película, após os créditos, havia uma cena na qual Tony se encontrava com Nick Fury, o diretor da S.H.I.E.L.D., que citava uma tal de “Iniciativa dos Vingadores”. Como se isto não fosse o bastante, Fury era interpretado por Samuel L. Jackson, cujo rosto foi usado para o mesmo personagem em Os Supremos.

O UNIVERSO INTEGRADO NAS TELONAS

Aí vieram O Incrível Hulk, Homem de Ferro 2, a comédia romântica viking Thor e Capitão América: O Primeiro Vingador. Cada um deles com histórias que, embora diferenciassem bastante das HQs, possuíam a mesma essência e não tentavam deixar tudo mais “realista”. E cada um desses filmes fazia referências a elementos já mostrados nos filmes anteriores, o que dava a sensação de que todos eles de fato viviam num mesmo universo. E nem mesmo a compra da Marvel pela Disney, tão temida pelos fãs, afetou esta relação entre um filme e outro.

Todas estas referências, todo o trabalho em colocar objetos como o escudo do Capitão América em algumas cenas e todas as cenas pós-créditos dos filmes anteriores culminaram no bombástico e explosivo lançamento de Os Vingadores, um filme que mostra exatamente a essência de um gibi: seis heróis pondo suas diferenças de lado para salvar o mundo e dar muita porrada.

Não havia explicação sobre quem eram aqueles seis caras, pois isso já havia sido feito nos filmes anteriores. E mesmo que você não tivesse assistido aos outros, não teria problemas para saber quem eles são, da mesma forma que você não precisa ler a primeira edição do Capitão América para ler uma edição atual dele. A trama é ao mesmo tempo simples e exagerada, ao contrário de um outro filme que fez muito sucesso por aí. Mas se você acha que filmes de super-heróis não devem ser exagerados, sinto muito, amigo, mas você nunca deve ter lido uma HQ na vida.

Os Vingadores fez um sucesso tão grande, mas tão grande, que atingiu a marca de a terceira maior bilheteria do mundo, ficando atrás apenas de Avatar e Titanic porque James Cameron, né?

E enquanto isso, a Warner/DC finalizou a sua Saga do Cavaleiro das Trevas, que embora tenha sido bem recebida pelo público e pela crítica, não chegou a render tanto quanto o filme da rival.

Mas uma das coisas mais legais da concorrência é que você pode aprender com os acertos dos rivais, e a Warner aprendeu. E como aprendeu.

A APOSTA DA DC

Este ano, finalmente surgiu O Homem de Aço, o primeiro filme da DC produzido após Os Vingadores.

Não duvido que Zack Snyder tenha tido um papel fundamental nisto. Afinal, o cara foi o responsável por um ótimo trabalho com a adaptação de Watchmen e conseguiu transformar 300 em algo infinitamente superior ao material original.

Sim, a história de O Homem de Aço difere um pouco (bastante, aliás) das HQs, mas ela possui a essência e a abordagem correta, além de, assim como nos filmes da concorrente, presentear os fãs com “pequenos mimos”. Se você reparar, nas primeiras cenas, Clark não voa, mas salta. Ele salta. Quem mais sabe que, nas suas primeiras histórias, o Superman saltava ao invés de voar, senão os fãs de quadrinhos?

Em sua resenha, nosso ditador Corrales disse que não achava que aquele era o Superman que todos conheciam e amavam. Eu discordo dele.

Sim, aquele Clark era durão e com a barba por fazer, mas em nenhum momento ele era um cara extremista e esquentadinho como o Wolverine. Aliás, é bem o contrário: ele vive se contendo para não machucar ninguém, como explicado durante a épica sova que ele deu no Darkseid no final de Liga da Justiça: Sem Limites.

Aliás, na fatídica cena em que ele usa a “penalidade máxima” para impedir Zod, é porque ele mesmo entendeu que não haveria nenhum outro jeito de salvar aquelas pessoas. E depois que ele faz, fica óbvio que ele não queria fazer aquilo. O Superman pode ser contra matar, mas acima de tudo, ele preza pela vida dos inocentes.

E embora O Homem de Aço não faça as mesmas referências que os filmes da Marvel, não é difícil de imaginar outros seres superpoderosos naquele mundo. A impressão que sempre tive ao assistir a outros filmes de super-heróis pré-Homem de Ferro, como os Batmans de Cristopher Nolan, por exemplo, era de que não haveria a menor possibilidade de eles coexistirem com outros supers se espancando e causando milhões de dólares em danos à propriedade.

Graças a esta abordagem “certa”, de fazer um filme sem querer modificar o que deixa os gibis tão legais e, não duvido em nada, graças aos Vingadores, agora teremos a oportunidade de ver um filme em que o Superman e o Batman se encontrarão.

Por mais que eu seja um fã incondicional da Marvel, é inegável que estes dois são os super-heróis mais icônicos de todos os tempos. Eles estão tão enraizados na mente humana que até mesmo alguém que não lê quadrinhos nem no jornal tem pelo menos uma vaga ideia de quem são. Acho que, mesmo uma pessoa assim, falará “uau, um filme do Batman e do Superman”. E eu vejo isso não só como uma porta para um filme da Liga da Justiça, como também uma possível mudança no cinema em geral.

Quem sabe daqui a alguns anos, outras editoras também não levarão seus universos integrados para as telonas ou até mesmo os produtores de Hollywood criarão seus próprios universos integrados? Por exemplo, já sabemos que os filmes de Quentin Tarantino se passam no mesmo universo. Já imaginou que legal seria se os personagens de Kill Bill, Pulp Fiction, Cães de Aluguel e Bastardos Inglórios fossem reunidos em uma única trama? Particularmente, acho que seria deveras tremendão.

CURIOSIDADE:

– Eu fiz todo este texto falando sobre a Marvel e a DC, mas eu sinceramente estou mais empolgado com o vindouro filme do The Darkness e da Witchblade. Se a moda de filmes integrados pega, em breve teremos um universo cinematográfico cheio de heroínas peitudas, algo bastante raro na mídia hoje em dia.

PARA QUEM QUER MAIS SUPER-HERÓIS:

SUPERMAN:

O Último Vôo do Super-Homem – Uma homenagem delfiana a Christopher Reeve.

Superman – O Retorno – A volta do homem de aço após 20 anos longe das telonas.

O Homem de Aço – Feito por fãs para fãs.

BATMAN:

Batman: Dead End – O fan film mais legal já feito.

Batman Begins – O início da saga Nolan

Batman – O Cavaleiro das Trevas – O mais amado filme da Era Nolan.

Batman – O Cavaleiro das Trevas, em Imax – O mais amado filme da Era Nolan, em Imax.

Batman – O Cavaleiro das Trevas – Encerrando a trilogia Nolan.

Os extras do DVD de Batman Begins – Recomendado para colecionadores.

Mulher-Gato – Quando você acha que chegou ao fundo do poço, sempre descobre que dá para descer ainda mais.

X-MEN:
X-Men Origens: Wolverine – Ele é o melhor no que faz, mas pelo visto, isso não inclui filmes solo.

Wolverine Imortal – Nem mesmo samurais e uma atriz russa salvam o filme.

X-Men: O Confronto Final – A prova que entupir seu filme de heróis nem sempre é boa ideia.

X-Men: Primeira Classe – A origem dos Filhos do Átomo no cinema.

HOMEM-ARANHA:

Homem-Aranha – Com grandes poderes vêm grandes responsabilidades.

Homem-Aranha 2 – Quando o poder cresce, as responsabilidades também.

Homem-Aranha 3 – Aí o poder cresce demais e você resolve colocar uma franjinha emo.

O Espetacular Homem-Aranha – Tipo o original, mas melhor.

O DVD de Homem-Aranha 3 – Uma análise detalhada do terceiro DVD do cabeça de teia.

Os novos DVDs do Amigão da Vizinhança – Com grandes coleções vêm grandes responsabilidades.

VINGADORES:

Homem de Ferro – Onde tudo começou.

Homem de Ferro 2 – Até agora só o ferroso teve uma sequência.

O Incrível Hulk – Até por favelas cariocas o gigante esmeralda passou.

Thor – E não é que o deus do trovão é meio fanfarrão?

Capitão América: O Primeiro Vingador – Apresentando a última peça que faltava.

Os Vingadores – The Avengers – O filme de super-heróis mais esperado da história.

Homem de Ferro 3Has he lost his mind? Can he see or is he blind?

O Hulk de Ang Lee – não faz parte da história, mas, ei, é o Hulk!

SUPER-HERÓIS DO INFINITO… E ALÉM!

– – Quarteto Fantástico – Incluindo a Jessica Alba fingindo ser ariana.

Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado – Eu sei que você assistiu só para ver a Jessica Alba de óculos.

Motoqueiro Fantasma – Nicholas Cage realizando seu sonho de ser um super-herói.

Lanterna Verde – “No dia mais nada, na noite mais nada, um filme nada não causará nada à minha presença”.

SUPER-HERÓIS SEM PODERES

Kick-Ass – Quebrando Tudo – O mundo precisa de mais Hit-Girls.

Watchmen – O Filme – Quem vigia os vigilantes?

O Justiceiro – A explosão de carros mais legal de todos os tempos.