Miss Potter

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Esse é, provavelmente, um dos filmes mais divulgados dos últimos meses. Nem tanto nas mídias, ou em trailers (admito que nunca assisti ao trailer dele), mas em cartazes, ao menos nos cinemas que eu costumo freqüentar. E os pôsteres em questão já estão expostos há meses, o que acho bem curioso, considerando que é um longa relativamente pequeno. O legal é que isso possibilitou que eu tirasse um sarro de várias pessoas desinformadas dizendo que se tratava de um spin-off contando a história da mãe do Harry Potter. E elas acreditavam, do tipo “pô, ele é jornalista, deve saber”. Ei, não vai dizer que você também acreditou na chamada da capa? 😉

Pois é, infelizmente, a Srta. Potter em questão não é aquela que daria à luz o bruxinho nerd mais famoso do momento. Na verdade, trata-se da cinebiografia da escritora e desenhista Beatrix Potter, autora de muitos livros infantis. Sinceramente, nunca tinha ouvido falar dela. Os nomes dos livros citados no filme não são traduzidos nas legendas, o que não ajuda muito, mas em determinado momento citam Tom Thumb, nome em inglês do Pequeno Polegar, o que me fez questionar se ela foi a criadora do famoso personagem diminuto. Não me interesso tanto a ponto de pesquisar isso, mas se o delfonauta souber a resposta, deixa aí nos comentários.

Bom, a Srta. Potter foi, segundo o filme, uma das primeiras feministas. Não bastasse sua insistência em seguir carreira (e nas artes, ainda por cima), ela ficou muito tempo sem querer casar. Claro, até conhecer o homem certo, seu editor, o perebento Ewan McGregor (o Obi-Wan Kenobi, também conhecido como aquele que não merece a força).

E até esse momento, até que funciona bem. Não é, de forma alguma, um longa que vai mudar a sua vida ou a história do cinema, mas é um filminho feelgood bonitinho. A pena é que na última meia hora, a história dá uma virada para um melodrama bem digno de novelas mexicanas e daí fica chatíssimo. No final, volta a ser novamente fofo, mas o tédio gerado pelo trecho melodramático já fazem com que você queira sair logo da sala.

É legal ver a imaginação de Beatrix quando ela está desenhando, onde seus personagens criam vida (ela chega até a se referir a eles como amigos) e provavelmente algumas garotas mais inseguras vão delirar nas cenas em que a protagonista luta por seus direitos femininos. Só que outros filmes trataram melhor sobre esses assuntos (na parte da imaginação criando vida, nenhum vence Em Busca da Terra do Nunca, por exemplo), o que acabou me levando a pensar que Miss Potter seria muito mais legal se realmente contasse a história da mãe do Harry.

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