Entrevista coletiva com a equipe do filme Trair e Coçar é Só Começar

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Para ler o nosso especial também é só começar:
Resenha do filme – Hum… traições e coceiras…

Achei esta coletiva bem mais ou menos, pois nela não surgiu quase nenhuma novidade por parte da equipe e dos atores, ou seja, tudo o que eles disseram era praticamente óbvio e o interesse dos jornalistas para com o filme também estava bem morno, de modo que não demorou muito para que as perguntas se esgotassem e todos ficassem com uma cara de constrangimento.

Estiveram presentes, entre os atores do filme: Cássio Gabus Mendes, Bianca Byington, a gestante Adriana Esteves e Mônica Martelli, enquanto que, entre os não atores, estavam o produtor Diler Trindade, o diretor do longa, Moacyr Góes e, representando a Fox Film do Brasil, Tito Liberato, que iniciou a coletiva dizendo que pela primeira vez é transportado para o cinema um texto que foi tão consagrado no teatro, se referindo à peça de autoria de Marcos Caruso, também roteirista do filme.

Moacyr Góes contou um pouco sobre o processo de criação do filme, dizendo que uma das primeiras iniciativas da equipe foi escalar Adriana Esteves para o papel da doméstica Olímpia: “Sabia que a Olímpia era a personagem que, ao ser escalada, daria o tom do filme”, completou ele, dizendo que Denise Fraga, que já havia feito muito sucesso com a personagem no teatro, não pôde fazer o papel.

Já Adriana Esteves era uma das mais empolgadas com o lançamento do filme, dizendo que o papel de Olímpia lhe exigiu uma dedicação grande e uma seriedade enorme dentro da leveza que é fazer uma comédia. A protagonista disse também que ela palpitou na escolha do restante do elenco e que Moacyr Góes foi gentil em acatar suas sugestões. “Tivemos a surpresa de que nossas primeiras opções para a formação do elenco tenham aceitado logo de cara”, comentou ela.

Cássio Gabus Mendes fez pouquíssimos comentários durante a coletiva, até porque não houve perguntas formuladas diretamente para ele, de modo que o ator somente explicou as dificuldades de se trabalhar com um texto já consagrado no teatro: “O medo da responsabilidade de se trabalhar com um texto de peso como este foi muito grande, apesar de todas as brincadeiras que acontecem nas filmagens de uma comédia”.

Mônica Martelli, o rosto mais desconhecido entre os ali presentes, pelo fato de se dedicar mais ao teatro, disse que “não conhecia ninguém da equipe além da Bianca (Byington), mas mesmo assim todo mundo se deu muito bem e foi um momento feliz”. Moacyr Góes, entretanto, completou dizendo que teve muitas dificuldades em manter a continuidade na personagem de Mônica, pois ela, acostumada com o teatro, se mexia muito e mudava de posição a toda hora, isso sem falar no cabelo da moça, que a cada minuto estava de um jeito diferente, o que deu muito trabalho ao diretor na hora da montagem.

Góes disse também que até alguns equívocos foram para o filme por terem ficado engraçados e, como exemplo, citou as reações de espanto de Cássio Gabus Mendes, que eram do ator e não de seu personagem, em decorrência das coisas feitas por Adriana Esteves durante a filmagem.

Em seguida, Bianca Byington falou que “foi muito divertido participar do filme, mas a comédia não é algo simples de fazer. É um trabalho minucioso e tivemos dificuldades dentro desse clima de brincadeiras, pois encontrar o tom cômico no cinema é mais difícil”.

Adriana Esteves ainda disse que “o grande mérito do filme é que ele é bem feito e absolutamente despretensioso” e Moacyr Góes terminou dizendo que foi o maior prazer que ele teve em cinema até então. O produtor Diler Trindade, como diz respeito à sua função, falou basicamente do que espera ter como bilheteria (um público de um milhão de pessoas seria fantástico, segundo ele) e disse que Trair e Coçar é só Começar custou um pouco mais de cinco milhões de reais.

Daí em diante, algumas perguntas redundantes foram feitas, atores e diretor falaram novamente o que já tinham dito e, em seguida, bateu um silêncio brutal na sala e todos ficaram meio constrangidos, o que obrigou Tito Liberato a encerrar a coletiva e partir para a sessão de fotos com a equipe, onde um animal expulsou o diretor pois, aparentemente, só queria fotografar os atores. Ah, a educação brasileira…

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Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
entrevista-coletiva-com-a-equipe-do-filme-trair-e-cocar-e-so-comecarData: 14 de agosto de 2006<br> Nome do entrevistado: Equipe do filme Trair e Coçar é Só Começar<br>