A aventura em Dragon Quest XI S continua e, hoje, vou contar um pouco sobre o combate e as primeiras horas de jogo.
Esta é a continuação da série de artigos sobre Dragon Quest XI S: Echoes of an Elusive Age. Confira a parte 1 se você perdeu.
Dragon Quest XI S – parte 2: o chamado à aventura
Após a introdução, o jogo coloca você em busca do rei de Heliodor, que pode ter mais respostas sobre o seu passado e o que você deve fazer. A tremenda infelicidade é que ele acredita que seu personagem é, na verdade, o Darkspawn, um inimigo que irá destruir o mundo!
Dragon Quest XI S é um JRPG bem tradicional, cheio de cutscenes e diálogos. Com o tempo, vários personagens se juntam à sua causa de provar sua inocência, e depois, de salvar o mundo. Cada party member tem uma personalidade distinta. No quesito combate, eles têm atributos únicos, armas, e skills trees inteiras dedicadas a eles.
A exploração ocorre em áreas que dão acesso às cidades (onde há sidequests) e às dungeons. Até agora, aliás, esta é uma experiência totalmente linear. As áreas são semi- abertas e, por isso, ficam acessíveis com o decorrer da história. Sempre tem algum sujeito que bloqueia o caminho que você não deve acessar no momento.
É um tipo de game design para o qual as pessoas torcem um pouco o nariz hoje em dia. No entanto, ele muito me agrada – põe foco em avançar e progredir as coisas, com gameplay e história novos, ao invés de te deixar com inúmeras atividades repetitivas.
Dragon Quest XI S – parte 2: e como é a porrada
Foi uma grata surpresa, logo no começo do jogo, descobrir que os combates não ocorrem de forma aleatória. Os inimigos estão todos visíveis, perambulando pelo mapa. Se eles te veem, podem tentar te atacar ou fugir (depende do nível do seu personagem). Se eles não te veem, você pode atacá-los fora do modo de batalha, o que causa dano e dá uma ligeira vantagem inicial.
Seu personagem tem stamina infinita e, desde o começo, acesso a um cavalo. Com a montaria, em alta velocidade, você simplesmente passa por cima dos inimigos! Por isso, além de ser rápido para chegar aos lugares, é possível pular seções inteiras de combate, se você quiser.
As batalhas são por turnos, como nos JRPGs clássicos. Dragon Quest XI S não reinventa a roda. E quer saber? Fazia tempo que eu não me empolgava tanto com este formato.
Dragon Quest XI S dá muitas facilidades ao jogador. No Switch, os combates têm três níveis de velocidade – normal, rápido e ultra-rápido. Outra opção é de automatizar as ações de cada personagem. Eles atacam sem você mandar. Todas essas opções ficam acessíveis a qualquer momento do jogo, sem punição.
Um ponto curioso é que você pode controlar seu personagem enquanto espera aliados e inimigos agirem em seus turnos. No entanto, isso não altera o combate em nada. No começo, achei que se o personagem estivesse longe do inimigo, poderia dar mais chances de ele errar, ou atacar nas costas daria dano crítico. Mas isso não acontece. É em parte uma oportunidade perdida – o movimento em tempo real poderia trazer um dinamismo maior para os turnos, que podem ficar bem chatos contra inimigos fáceis.
De qualquer forma, a Free Form Camera é legal – se preferir, você pode escolher a tradicional Battle-Camera.
Dragon Quest XI S – parte 2: aspiras de RPGs, façam anotações!
Em RPGs, no geral, navegar pelos menus e fazer ações rotineiras ficam um tédio com muita facilidade. Em Dragon Quest XI S, os desenvolvedores pensaram em tudo isso e eliminaram o máximo possível de momentos de marasmo.
Há armas diferentes para coletar ou fazer, além de roupinhas que melhoram seus atributos, claro. Algumas mudam o look do seu personagem – e se você quiser o look delas com outros equipamentos, há essa opção também.
Você ganha novas habilidades e pontos quando sobe de nível. Os pontos você distribui nas skill trees e, boa notícia, pode redistribuí-los sempre que quiser, desde que tenha a grana necessária.
A Fun Size Forge é o item para forjar equipamentos, disponível a qualquer momento fora de combate e cutscenes. E, olha só, o nome é bem apropriado – armas e equipamentos são criados por este mini-game, que é realmente divertido. Caso você não tenha os materiais, pode comprar tudo o que precisa na hora – sem nenhuma exigência adicional.
Viu, The Witcher III? Você não precisava ter feito me sofrer tanto pela armadura nível Grandmaster!
Dragon Quest XI S – parte 2: e no próximo capítulo, na parte 3…
Por enquanto, não encontrei em Dragon Quest XI S as típicas pentelhações tão comuns em JRPGs. Também não acho que vou encontrar. Jogá-lo tem sido uma experiência muito agradável.
Isso não significa que ele seja curto, então vou ter de pedir para você aguardar até a próxima parte para saber mais. Até lá!