Ma é muito diferente do que eu esperava. Minha expectativa? Achei que seria um filme claustrofóbico, em que jovens ficariam presos no porão de uma psicopata. Na verdade, ele está tão longe disso que, por boa parte da projeção, parece que o assunto é a amizade dos jovens com uma pessoa mais velha. Esta é nossa crítica Ma.

CRÍTICA MA

Ma do título (Octavia Spencer) é uma moça que um dia é abordada por um grupo de estudantes pedindo para ela comprar álcool. Ela faz mais do que isso, e convida a galera a farrear no porão da sua casa. A palavra se espalha e, logo, a casa da moça vira o point de toda a galerinha.

Claro, pelo pôster e toda a divulgação do filme, você sabe que se trata de um filme de terror, então a coisa não para por aí.

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Algo aconteceu no passado de Ma, o que explica suas motivações e será elaborado lentamente durante a projeção. Além do passado gerar empatia com a personagem que, teoricamente, é a vilã, ajuda bastante o fato de Octavia Spencer ser muito carismática. Você acaba gostando dela, mesmo ela fazendo algo que é um grande “não não” na nossa sociedade. Michael Jackson que o diga.

Infelizmente, a coisa vai degringolando conforme o filme caminha mais para o terror. Tem algumas cenas importantes do roteiro que simplesmente não fazem sentido. Sem elaborar muito por motivos de spoilers, aquela cena do armário, por exemplo. Nenhum armário é tão escuro. E por que ela simplesmente não sai da casa pela porta da frente?

SERIA MA O TÍTULO DE FILME MAIS CURTO DA HISTÓRIA?

Apesar das falhas de roteiro, a condução é suficientemente intrigante para entreter. Na real, o longa pende mais para o lado do suspense do que do terror propriamente dito. Mas por ser uma obra de qualidade um tanto questionável, me faz pensar que funcionaria melhor no conforto do streaming do que no cinema. Na verdade, é exatamente o tipo de filme que eu costumo assistir aqui em casa por diversão, mas não pagaria 30 contos ou mais para ver na tela grande.