Era Uma Vez um Deadpool é um caso bem curioso. Trata-se de um relançamento de Deadpool 2 com algumas cenas extras. A questão é que o filme foi reeditado para diminuir sua classificação indicativa estadunidense para PG-13. Não é exatamente o equivalente ao nosso “censura livre”, mas é o suficiente para que adolescentes possam assistir ao filme sem acompanhantes adultos. É, também, a classificação que a imensa maioria dos filmes de heróis leva, mas Deadpool 2 era “R”, uma classificação acima.
MAS O QUE É ERA UMA VEZ UM DEADPOOL?
Talvez responder a esta pergunta seja o principal ponto deste texto, uma vez que já temos uma crítica bem detalhada e bacanuda sobre Deadpool 2.
Era Uma Vez um Deadpool traz o herói contando Deadpool 2 para um raptado e amarrado Fred Savage (sim, o Kevin de Anos Incríveis). Como Fred é o símbolo da inocência infantil, o mercenário da boca decide cortar palavrões, violência explícita e tudo mais que fez com que o filme original ganhasse a classificação R.
A partir daí, começa Deadpool 2, contando a mesma história que já conhecemos. Algumas falas foram regravadas para eliminar palavrões. Cenas foram reenquadradas para não aparecer nada violento. Mas a história é a mesma.
Eu não considero que um filme precisa ter violência e palavrões para ser legal, mas uma vez que a obra foi concebida desta forma, é inegável que estes cortes nada acrescentam. Além disso, a reedição parece ter sido bem preguiçosa, pois há momentos em que o Deadpool cita momentos que deveriam ter sido mostrados antes mas que, veja só, foram cortados.
Também me surpreendeu que a épica música da batalha com o Fanático e sua letra que repete dezenas de vezes “holy shitballs” tenha entrado nesta versão. Ou vai ver substituíram a letra por algo que soa muito parecido, mas para mim parecia a mesma trilha de antes.
FRED SAVAGE
A graça, então, está nas cenas novas, que mostram o Deadpool conversando com um relutante Fred Savage. E estas são sensacionais. Os dois comentam coisas que acabaram de acontecer no filme, comparam os personagens a suas versões das HQs e até tiram sarro do imbróglio que virou a compra da Fox pela Disney.
Se você é nerd o suficiente para entender essas piadas (e imagino que você seja, mas vai passar batido por bastante gente), a coisa é de gargalhar. O roteiro é fantástico, lembrando a fase nerd (e boa) dos filmes do Kevin Smith. Além disso, os dois atores mostraram ter uma química tão boa que eu sinceramente gostaria de ver o bom e velho Kevin Arnold entrando para a X Force em Deadpool 3: Agora Realmente na Marvel. Sem exagerar, estas cenas são boas o suficiente para justificar ver o filme de novo.
Mas… elas respondem por um pedaço muito pequeno do filme (somando todas deve dar uns 10 ou 15 minutos), e todo o resto é uma versão inferior de Deadpool 2.
Era Uma Vez um Deadpool talvez faça sentido financeiro no mercado estadunidense, pois agora o público padrão de filmes de heróis pode assistir a ele. Mas analisando como uma obra criativa, ele funcionaria melhor como um extra de DVD. Tipo uma versão estendida e alternativa que viesse de graça para quem comprasse o disco.
Resumindo tudo isso, é uma versão inferior de um filme excelente com cenas extras que nerds realmente vão gostar. Se isso lhe apetece, vai fundo.
CURIOSIDADE:
Tem uma pá de cenas pós-créditos, mais até do que no filme original. Fique realmente até o final para assistir a conclusão da história do Fred Savage e para ver uma bonitinha homenagem a Stan Lee.
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– Wolverine: Imortal – No Japão e sem fator de cura.
– X-Men: Dias de um Futuro Esquecido – O encontro de gerações.
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– Deadpool – O mercenário falastrão ganha o filme que merecia.
– X-Men: Apocalipse – É o fim do mundo como o conhecemos.
– Coletiva Logan: Hugh Jackman – Hugh Jackman se despede do carcaju no Brasil.
– Logan – O fim de uma era.
– Deadpool 2 – “Você é tão sombrio. Tem certeza que não é um personagem da DC?”