Blizzard processa Valve pelo nome Dota

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Os direitos da marca Dota sempre causaram uma confusão danada. O jogo foi criado, desenvolvido e aprimorado por nerds desocupados com a apoio da “comunidade” (leia-se: gamers viciados que passam horas nos fóruns pedindo alterações e beta testers sem responsabilidades sociais). O único porém é que o jogo foi feito a partir da engine de Warcraft III: Reign of Chaos e da expansão Warcraft III: Frozen Throne, ou seja, os personagens, ambientes, habilidades, etc, foram todos criados pela Blizzard.

Entra a Valve em outubro de 2010 e anuncia um novo Dota intitulado simplesmente de Dota 2, algo absurdamente estranho, afinal, outros jogos anteriores de mesmo gênero e baseados em Dota foram totalmente alterados e receberam nomes originais (League of Legends, que vai muito bem, obrigado, e Heroes of Newerth). Exatamente um ano depois do anúncio da Valve, a própria Blizzard anuncia na Blizzcon um novo Dota, chamado Blizzard Dota, algo que pegou todo mundo ainda mais de surpresa.

A novidade de hoje: a Blizzard está processando a Valve pelo direito do nome Dota. A informação foi divulgada no Game Informer e em vários outros sites internacionais.

O mais interessante, no entanto, são as alegações que a Blizzard está fazendo. Ela defende que Dota é mundialmente conhecido por se relacionar aos produtos e serviços da empresa, e que o uso do nome pela Valve procura “usurpar a boa intenção” dos consumidores de sete anos dos produtos da Blizzard. A criadora de Warcraft e Diablo não afirma ser detentora dos direitos de conceito, design ou do próprio mod.

Outra coisa curiosa revelada pelo processo é que a Blizzard é hoje a dona do domínio Dota-Allstars. Oras, como isso? Steve Feak (o desenvolvedor original de Dota-Allstars e Steve Mescon, donos originais do site, parecem ter vendido a marca em 2010 para a Riot Games (criadora de League of Legends), que vendeu a marca para a Blizzard em 2011. Hum, datas curiosas, não?

A resolução do processo deve sair só em 2013, ou seja, a Blizzard deve ter começado essa briga para atrapalhar o lançamento de Dota 2 (que hoje está em fase beta). Sinceramente, não acho que nenhuma das empresas deva possuir o nome da marca, e achei esse processo totalmente desnecessário. A Blizzard tem potencial para fazer um Dota até melhor do que o da Valve, mas precisa deixar de ser preguiçosa e criar um pouco mais de pelos nas bolas (eca!).

De qualquer forma, não estou me importando muito, já que consegui abandonar os viciantes League of Legends e o Dota original há alguns meses e nem estou sofrendo efeitos da abstinência. Dota: destruindo a vida social de brasileiros e asiáticos desde 2003. Se você quer saber mais sobre Dota e suas sequências, confira a resenha do jogo clicando aqui.