Ronnie James Dio – A Voz do Metal: O Último da Fila

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THE LAST IN LINE

Após os sucessos do álbum e turnê de Holy Diver, Dio realmente se empolgou com sua própria banda e entrou em uma sequência exaustiva de um disco novo por ano, sempre seguindo o lançamento com uma extensa turnê.

Apesar de inconcebível nos dias atuais, onde os artistas às vezes levam cinco anos para gravar um único trabalho (e nem estou mencionando o caso do Chinese Democracy do Guns que demorou mais de uma década), essa maratona foi bastante comum no começo da década de 80 com todas as grandes bandas lançando seus clássicos na sequência e em intervalos curtos. A verdade é que, quando os músicos estão mesmo inspirados, as boas idéias simplesmente surgem.

Claude Schnell foi efetivado nos teclados da banda após o bom trabalho nos shows, mas mesmo assim continuou de castigo “atrás das cortinas” para as apresentações da turnê vindoura.

Ronnie e os demais músicos se trancaram no estúdio e escreveram todo o material, gravaram e produziram em apenas três meses, no primeiro semestre de 1984. A temática continuaria abordando temas fantasiosos, mas Dio também procurou trazer alguma variação, enfocando reflexões filosóficas dos tempos de Black Sabbath. A própria música título, The Last In Line, é um belo tratado sobre as escolhas que se pode fazer na vida, exatamente aquele ponto de vista religioso de Ronnie que citei no texto passado.

Outra música do álbum que chama bastante a atenção por um estilo mais cru e direto é a clássica We Rock. Talvez uma tentativa de se atingir o público headbanger que se tornava cada vez mais exigente.

The Last In Line foi lançado oficialmente no dia do Rock, em 13 de julho, e recebeu disco de ouro por 500.000 cópias vendidas em apenas dois meses.

Para divulgar o trabalho, Ronnie segue apostando na MTV, que vivia seu auge, com videoclipes criativos e divertidos. O vídeo de The Last In Line, com o entregador de pizza que vai parar no inferno de borgs (aqueles seres malvados de Star Trek) e zumbis após pegar o elevador errado, foi exibido exaustivamente em todo o mundo, inclusive no Brasil em uma época ainda pré-MTV (a nossa só chegou em 1990).

Uma curiosidade legal sobre este vídeo é que quem faz o papel do entregador de pizza (pizza, pão, leite, sei lá…) é Meeno Peluce, irmão da atriz Soleil Moon Frye, a Punky Brewster da clássica série de TV. O mais bacana é que a própria Soleil faz uma ponta no vídeo. Tente encontrá-la!

O cenário da nova turnê, como não poderia deixar de ser, contou com um grande investimento e, desta vez, Ronnie colocou uma pirâmide no palco (referência à mediana Egypt (The Chains Are On e muitos fogos de artifício. Os shows se concentraram apenas nos EUA, Europa e Canadá e contaram com aberturas de Dokken, Twisted Sister e Queensrÿche, encerrando o giro em janeiro de 1985.

SACRED HEART

Seguindo o ritmo acelerado, a banda tira alguns meses de férias em fevereiro de 1985 e entra em estúdio em maio para a gravação do sucessor de The Last In Line, Sacred Heart. Seguindo a máxima do “em time que está ganhando não se mexe”, o Dio seguiu exatamente a mesma fórmula utilizada nos álbuns anteriores, Heavy Metal clássico com temas envolvendo fantasia medieval, magos e segredos milenares.

O álbum foi produzido novamente por Ronnie, lançado em agosto de 1985 e logo chamou a atenção das rádios com três músicas: King Of Rock and Roll, Rock ‘n’ Roll Children e Hungry For Heaven. Todas acabaram se transformando em singles também e viraram videoclipes de duas maneiras: uma representação da banda ao vivo com a versão de estúdio da música ou historinhas onde Ronnie representava um mago, sempre mostrando o caminho da verdade para algum pobre coitado que foi parar – sem querer – em uma dimensão proibida.

Outro mistério é a frase em latim que aparece na capa “FINIS PER SOMNIVM REPERIO TIBI SACRA COR VENEFICVS OSTIVM AVRVM”. Como o texto não traz uma pontuação, sua interpretação pode ser entendida de várias maneiras. O mais correto seria algo como “O fim chega pelo sonho. Eu vou te preparar para o coração sagrado, a mágica que abre o altar”, mas não existe mesmo apenas um sentido e Ronnie nunca deu uma entrevista esclarecendo o que realmente quis dizer.

Sacred Heart conquistou disco de ouro em outubro de 1985, apenas dois meses após o seu lançamento, exatamente como o disco anterior. Durante muitos anos, foi o último álbum de Ronnie a conseguir tal certificação. Perdeu o posto apenas para uma coletânea lançada 14 anos depois.

Com o passar dos anos, o trabalho acabou perdendo um pouco de sua importância frente aos outros lançamentos mais clássicos de Dio. As três músicas que acabaram virando singles são, de fato, muito legais, mas outras faixas, como Fallen Angels, não conseguem o mesmo destaque. O álbum ainda é melhor que muitas coisas que a banda lançaria no futuro, mas já não causa tanto impacto.

O palco que seria utilizado na turnê do álbum tinha um castelo medieval e dois cavaleiros lutando com espadas laser, além de Denzil (antes, Dean, mas sofreu com a síndrome da mudança súbita de nome), o dragão da capa que durante algum tempo serviu como mascote oficial do grupo.

Aparentemente, apenas a construção do palco e todas as papagaiadas custaram algo em torno de US$ 250 mil. Outra curiosidade é que este foi o segundo maior palco já preparado por uma banda de Rock, perdendo apenas para o montado pelo Pink Floyd na turnê do álbum The Wall.

CARIDADE METÁLICA

Na metade da década de 80, com o avanço dos meios de comunicação (a MTV ainda era uma novidade) e um primeiro processo de globalização, o mundo passou por uma transformação sócio-cultural bastante intensa. Temas como a ecologia e o combate à fome se tornaram corriqueiros em revistas, documentários, na escola onde você estudava e, de uma hora para outra, todos os grandes países desenvolvidos lançaram seus programas de ajuda humanitária na ONU, que envolviam – especialmente – a pobreza no continente africano.

O meio musical, como não poderia deixar de ser, teve uma participação importante em diversas campanhas estilo Criança Esperança, onde as gravadoras lançavam determinado single de um artista e parte do lucro seria destinado à compra de remédios e comida para países subdesenvolvidos, mas lógico que também servia como um baita marketing hipócrita do tipo “compre nossos discos e ajude as pobres criancinhas”, coisa que uma certa rede de fast food ainda faz muito bem nos dias de hoje.

Com o passar do tempo, artistas se uniram em prol dessas causas de uma maneira mais organizada e, realmente, boas intenções por trás. As ações foram se intensificando e resultaram no famoso projeto We Are The World no começo de 1985, encabeçado por Michael Jackson e Lionel Ritchie, arrecadando cifras astronômicas (para a época): em torno de US$ 52 milhões apenas em doações de comida para os africanos.

O We Are The World foi o projeto nesta linha mais bem sucedido, mas não foi o pioneiro. No ano anterior, um grupo de músicos britânicos lançou o Band Aid (não confundir com o medicamento homônimo), com integrantes do U2, Duran Duran, Phil Collins e outros nomes que você não deve mais se lembrar.

Enfim, foi uma moda “do bem” dos anos 80 e, como tal, sumiu sem deixar lembranças, mas você deve estar se perguntando por que mencionei esses projetos se o tema deste especial é o Rock pesado e o Metal do baixinho mais carismático do planeta? Pois é, meu caro, Ronnie James Dio também encabeçou um destes projetos, o Hear ‘n’ Aid, em 1985.

A idéia surgiu com Jimmy Bain e Vivian Campbell que, quando participavam de uma campanha para caridade em uma rádio de Los Angeles, perceberam que a adesão de músicos de Heavy Metal para este tipo de coisa era muito baixa e resolveram criar um projeto apenas envolvendo músicos de bandas desse estilo. A idéia foi encaminhada para Ronnie James Dio, que aprovou a coisa, se uniu aos outros dois escrevendo a música We´re Stars e recrutou um seleto grupo de amigos para participar do registro oficial da coisa.

Em maio de 1985, Dio, Bain, Campbell e outros cerca de 40 músicos entraram em estúdio para a gravação oficial da música. Entre as bandas que participaram do projeto e apareceram de alguma maneira (solando, fazendo backing vocals ou tocando), estão, além do Dio, músicos do Iron Maiden, Judas Priest, Quiet Riot, Mötley Crüe, W.A.S.P, Dokken, Queensrÿche, Twisted Sister, os mestres fictícios do Spinal Tap, entre outros.

Para completar o setlist do disco e dos singles que seriam lançados, as bandas do projeto e algumas outras disponibilizaram versões ao vivo de seus clássicos, chamando a atenção do público por uma causa nobre. Até o Kiss, quem diria, entrou na história cedendo uma gravação bem legal de Heaven’s On Fire.

Infelizmente, problemas legais tentando unificar contratos das gravadoras de todo esse povo atrasaram o lançamento do Hear ‘n’ Aid em quase um ano e, quando chegou às lojas, já não tinha mais o apelo que se esperava. A moda já tinha passado e o projeto arrecadou “apenas” US$ 1 milhão, devidamente doados na metade de 1987. Fique com o videoclipe oficial do projeto, juntando toda a galerinha do barulho. Destaque para as mãos delicadas de Blackie Lawless aos 3 minutos e 26 segundos.

INTERMISSION

Com a turnê do Sacred Heart agendada e uma formação entrosada, Ronnie começou a negociar com sua gravadora, Warner, para o lançamento de um álbum ao vivo duplo, que registrasse fielmente o que era um show dos caras naquele momento: duas horas de clássicos do Rainbow, Black Sabbath além de, claro, um apanhado das principais músicas da carreira “solo”, que foi muito bem recebidas nos anos anteriores. Era um lançamento que Dio tinha certeza que venderia como água.

Antes de conseguir a aprovação, dois shows foram gravados em abril de 1985 na Califórnia e, quando os trabalhos de mixagem começariam, a nossa querida Warner acendeu sinal vermelho para o ambicioso projeto, permitindo que Dio lançasse apenas um mini álbum de pouco mais de meia hora, pois um disco duplo não seria comercialmente viável nas palavras dos chefões da empresa.

Para zicar ainda mais o projeto ao vivo, ainda durante a turnê do Sacred Heart, em março de 1986, após o fim dos shows da perna norte-americana e antes de embarcar para a Europa, a banda sofreu sua primeira baixa: Vivian Campbell foi sumariamente demitido. Apesar de alegar desentendimentos musicais em entrevistas naquele ano, o motivo da expulsão do guitarrista foi uma bela batalha de egos com Ronnie nos bastidores que perdurou até o fim de sua vida.

Campbell sempre alegou que boa parte do sucesso dos primeiros álbuns da banda Dio se deve à sua contribuição. Ao longo dos anos, os dois se alfinetaram em entrevistas e Vivian foi provavelmente a única pessoa que nunca fez as pazes com o baixinho até seu falecimento. Pelo contrário, em depoimento de 2003, feito na página oficial do Def Leppard, o guitarrista afirmou que Ronnie, apesar de sua potente voz, sempre esteve mais interessado no dinheiro do que qualquer outra coisa e foi uma das pessoas mais malvadas do meio musical com quem ele conviveu.

A última colaboração entre Vivian e Ronnie foi o The Dio EP, um disco que saiu apenas na Inglaterra em maio de 1986, com uma faixa inédita de estúdio, Hide In The Rainbow, utilizada na trilha sonora do filme Águia de Ferro.

Picuinhas à parte, após sair do Dio, Vivian Campbell foi para o Whitesnake e depois para o Def Leppard, onde seguiu seu bom trabalho e acumulou fortuna considerável.

O substituto para Vivian foi o jovem guitarrista Craig Goldy, que Dio já conhecia dos demos de sua ex-banda, Rough Cutt. Sim! Aquela mesma que também trouxe provisoriamente Jake E. Lee anos antes, além do tecladista Claude Schnell. Craig tinha fama de filhote de Ritchie Blackmore, com um estilo de tocar bastante parecido. A estreia do novo músico ocorreu um mês após sua entrada oficial na banda, em quatro de abril de 1986, num programa da TV inglesa chamado Live At The Tube.

Com o novo guitarrista, a banda seguiu a turnê européia e depois em algumas datas pelos EUA, Canadá, Austrália e Japão até encerrar a maratona em outubro de 1986 com uma apresentação em Porto Rico.

Neste intervalo de shows, o sentido de lançar um álbum ao vivo que mostrasse todo o entrosamento do grupo se perdeu com a saída de Vivian. Craig tinha acabado de entrar e os fãs não sabiam ainda o que esperar do novo guitarrista. Ronnie mudou a estratégia e compôs uma única música nova, Time To Burn, para que o novo músico fosse “apresentado” oficialmente.

A versão dessa música que aparece no Intermission foi gravada em estúdio, mas o resto do álbum continuava sendo o antigo material registrado em 1985, ainda com Vivian.

Seguindo a idéia (imposição) da gravadora, o álbum foi lançado mesmo como um EP “ao vivo”, com seis músicas, que não representavam de maneira alguma o que seria um show completo do Dio. Para mostrar ainda quem mandava, Ronnie produziu o disco e fez questão de mixar a guitarra de Vivian bem baixinha, quase inaudível para os padrões normais, o que nos remete diretamente às acusações de Tony Iommi na época do Live Evil do Black Sabbath. No final das contas, o que deveria ser um registro memorável da boa fase que a banda vivia acabou se transformando em uma piada de mau gosto. Hoje em dia, o trabalho mal é lembrado e os fãs tiveram de esperar uma década até que o Dio lançasse um full length ao vivo decente.

DREAM EVIL

Com um novo guitarrista no grupo, Dio começa o processo criativo para o novo álbum em dezembro de 1986, mas sem pressa, deixando que Craig ganhe bastante entrosamento com seus novos companheiros por alguns meses.

As gravações começam em março, em Los Angeles, e seguem por dois meses. O álbum chega às lojas oficialmente em 21 de julho de 1987 e consegue bons destaques tanto nos EUA, quanto na Inglaterra. O single de I Could Have Been a Dreamer chega à 33º posição das paradas.

Hoje em dia, o Dream Evil se tornou um álbum cult, crescendo com o passar dos anos e figurando – tempos depois – na lista dos melhores trabalhos do baixinho, mas na época não despertou tanto o interesse. Não chega a ser comparado à qualidade do Holy Diver, mas é unânime que é um dos seus discos mais sólidos, com todas as faixas se destacando. O estilo mais melódico de Craig Goldy, em alguns momentos lembrando a parceria de Ronnie com Blackmore (Over Love sempre me lembrou muito Rainbow), se encaixou bem sem fazer com que a banda perdesse sua identidade.

A banda Dio vinha de dois prêmios seguidos, em 1985 e 1986, como melhores shows do ano nas revistas especializadas e, para a nova turnê, Ronnie não poupou esforços. O palco contava com uma gigantesca aranha de aço, cavaleiros e, em alguns estádios onde cabia, um Denzil que cuspia fogo de verdade. Era a época dos exageros e todas as grandes bandas de Rock competiam entre si para ver quem conseguia colocar mais efeitos especiais no palco.

O problema eram os custos para transportar todos os equipamentos e a capacidade dos estádios em receber tal pirotecnia, por isso os shows dessas bandas – naquela época – se concentravam quase que exclusivamente nos EUA e Europa, que já tinham estruturas de palco padronizadas para tanto e, consequentemente, custos menores em transporte e manutenção. Por esse motivo, nós, brasileiros, quase passamos a década de 80 batidos, sem shows desses gigantes.

A turnê de Dream Evil não foi diferente: começou em Irvine na Califórnia em um show beneficente com a participação de Yngwie Malmsteen, Don Dokken, Ron Keel e Frankie Banali na música Stars, em agosto de 1987. Depois foi para a Europa e fechou com algumas datas no Canadá e EUA, novamente em março do ano seguinte, sem passar nem por Japão e Oceania, figurinhas batidas em giros pelo mundo.

O giro também foi marcado por alguns problemas, como toda grande turnê que se preza: quando os roadies desembarcavam um sintetizador de US$ 100 mil no aeroporto de Helsinque, Finlândia, derrubaram o aparelho que estraçalhou sem dó no chão.

Mais para frente, quando a banda seguia para uma apresentação no festival Monsters Of Rock na Alemanha, um dos caminhões que transportava os instrumentos musicais quebrou no meio da estrada. Enquanto o motorista tentava parar algum carro para conseguir ajuda, sete automóveis colidiram contra o tal caminhão causando prejuízos financeiros consideráveis a todos.

Para o show do Monsters, a banda teve de usar instrumentos musicais emprestados de outras bandas que se apresentariam. As baquetas da bateria, inclusive, foram doadas pelo Helloween.

Logo após o fim da turnê mundial do Dream Evil, Ronnie se uniu novamente ao guitarrista Yngwie Malmsteen, George Duke e James Brown para um projeto chamado Shanghai Aid. O projeto realizou alguns shows na China com bandas russas para ajudar vítimas de desastres naturais, mas nunca teve grandes repercussões e, devido ao fechamento político e cultural do país asiático na época, é praticamente impossível encontrar registros por aí. Malmsteen reencontraria Dio apenas em 1999 para a gravação de Dream On, cover do clássico de 1973, para um tributo ao Aerosmith.

DEBANDADA GERAL

A sequência de eventos após o fim do ciclo Dream Evil não é nada animadora para os fãs da banda: primeiro, logo após o fim da turnê, Craig Goldy pede demissão alegando diferenças pessoais e vontade de trabalhar com outros estilos musicais. Ronnie e Craig continuaram amigos e eventualmente voltariam a trabalhar juntos anos mais tarde.

Na sequência, o tecladista Claude Schnell e Jimmy Bain são demitidos na metade de 1989, durante o processo criativo para o novo álbum de estúdio, por problemas pessoais. Claude nunca mais conseguiu se destacar no meio musical em uma grande banda e vive tocando atualmente em barzinhos de São Francisco com seu próprio grupo.

O caso do Jimmy Bain é um pouco mais complexo. O baixista foi demitido novamente por seus vícios em bebedeiras e problemas por performances comprometidas pelo alcoolismo, exatamente o que causou sua saída do Rainbow na década anterior. Dio e Jimmy trocaram farpas pela imprensa por bons anos, mas fizeram as pazes e voltaram a trabalhar juntos anos depois.

Alguns meses mais tarde, em dezembro, foi a vez do amigo de longa data de Ronnie, Vinny Appice, dar adeus à banda, para trabalhar com Jeff Pilson, o ex-baixista do Dokken. A princípio, o baterista faria apenas uma participação especial no álbum do amigo, mas a coisa acabou engrenando e Vinny preferiu uma mudança total de ares dado o futuro incerto da banda Dio após a saída dos demais integrantes.

Com a debandada geral, Ronnie começou uma longa busca pelos substitutos, mas a situação nos EUA, comercialmente falando, não estava nada fácil: a MTV só tinha olhos para o Glam e um certo movimento que começava a surgir em Seattle. O Heavy Metal sobrevivia no underground com a exploração de seus limites mais barulhentos do Death. Por outro lado, um novo e promissor mercado surgia na Europa, especialmente na Alemanha, com a explosão do Metal Melódico.

No próximo capítulo: ninguém dá mais bola para o Heavy Metal, a decadência de Ronnie e uma reunião inesperada. Mantenha-se delfonado.

PS: Leia as demais partes desta biografia clicando em “Especial Dio” aí embaixo.

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