He-Man

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EU TENHO A FORÇAAAAAAAA!

Pois é, essa frase não era proferida por nenhum cavaleiro Jedi irado (mas nada tema, pois no final da matéria você encontra links diversos para o universo de Star Wars), mas por um sujeito marombado, bronzeado e que não tinha vergonha nenhuma em desfilar pelo seu planeta usando uma sunguinha de pelúcia e cabelinho chanel. Ele mesmo, o inigualável Ele-Homem, quer dizer, He-Man, o defensor de Etérnia.

Quem, hoje na casa dos vinte e poucos anos de idade, nunca ficou ligado no Xou da Xuxa, só para acompanhar os sensacionais desenhos exibidos pela rainha dos baixinhos? He-Man era, sem dúvida, o favorito de muita gente (com Caverna do Dragão como um fortíssimo concorrente) e um dos que mais deixou saudade. Por isso, nada melhor do que revisitar todas as encarnações do personagem, do desenho clássico até a nova versão de 2002, passando pelo filme live action estrelado por Dolph “Ivan Drago” Lundgren (que foi até o Justiceiro em sua primeira encarnação cinematográfica – leia a resenha do novo filme) até o spin-off estrelado por sua contraparte feminina (hum… contrapartes femininas…).

SALVANDO MARKETEIROS INCOMPETENTES

Quem diria que este clássico da animação só nasceu por conta da burrice dos diretores de marketing da companhia de brinquedos Mattel? Pois é, os “gênios” haviam criado uma linha de bonecos em cima do filme Conan – O Bárbaro (de 1982, que lançou Arnold Schwarzenegger – aquele que fez uma ponta em Volta ao Mundo em 80 Dias – ao estrelato), mas se esqueceram que o filme era ultraviolento e cheio de mulher pelada. Enfim, nada adequado aos pimpolhos.

Para se salvarem do prejuízo, deram uma modificada nos bonequinhos e encomendaram à produtora de desenhos animados Filmation uma série animada para servir de pretexto para a presença das figuras de ação nas lojas. O resultado foi melhor do que o esperado e o desenho virou hit absoluto.

BRONZEADO ARTIFICIAL E FRANJINHA

A história se passa no planeta Etérnia, um mundo bem contraditório. Afinal, sua organização social é típica da idade média (castelos, reis, uma corte, aquelas roupinhas ridículas), mas apresenta uma tecnologia bem avançada, como armas laser e até um tanque de guerra cuja parte da frente se destacava e virava uma espécie de jet ski voador.

O herói da história é o príncipe Adam, filho do rei de Etérnia em pessoa, Randor, e da rainha Marlena, uma astronauta da Terra que caiu em Etérnia! Como todo membro da nobreza que não tem a obrigação de governar, Adam adorava ficar de bobeira e era mais fútil que uma patricinha (hum… patricinhas…). Porém, o que poucos sabem é que ele escondia uma identidade secreta. Sim, ele era o defensor de Etérnia, He-Man. Ao apontar sua espada mágica para o alto e bradar “pelos poderes de Grayskull” um raio caia em cima dele concedendo um bronzeamento artificial instantâneo e arrancando suas roupas, deixando-o apenas com um par de botas e uma sunguinha felpuda, além de uma cruz no peito (quem diria que o He-Man era vascaíno…). Para completar, ele berrava “eu tenho a força” e tacava um raio em Pacato, seu tigre verde e falante (!) que se transformava de melhor amigo e animal assustado no valente Gato Guerreiro, a montaria de He-Man. Pronto, agora o bravo herói de franjinha à Príncipe Valente estava pronto para combater o mal.

Mas espera aí. Onde ele descolou esses poderes e que mal era esse que ele combatia? Bem, seus poderes provinham do misterioso Castelo de Grayskull, e lhe foram dados pela guardiã da bodega, a Feiticeira, para que ele defendesse não apenas todo o planeta, mas principalmente o Castelo contra as investidas do cruel Esqueleto, um cara azul e também marombado que tinha um crânio amarelo no lugar da cabeça.

Esqueleto queria porque queria invadir o lugar para dominar os poderes do local e usá-los para o que mais, amigo delfonauta? Pois é, dominar o mundo. Insira aqui a clássica risada maligna do personagem.

MOCINHOS E BANDIDOS

Aqui vai uma geral nos tipos exóticos que se digladiavam por Etérnia:

Os Mestres do Universo:

He-Man: além de descomunal força e resistência, nosso herói possuía uma enorme força de vontade e uma espada bacana. E não podemos esquecer do bronzeado, da franjinha e da sunga de pelúcia.

Gato Guerreiro: tinha uma armadura vermelha e uma grande ferocidade.

Mentor: era o chefe da guarda real e comandante dos Mestres do Universo. Não tinha nenhum poder, mas era perito em armas.

Tila: filha adotiva de Mentor, era boa em combate corpo-a-corpo e tinha uma quedinha pelo He-Man.

Gorpo: uma criatura de outra dimensão que flutuava e tinha poderes mágicos (embora seus encantamentos nunca dessem certo). Escondia seu rosto com um chapelão e um lenço. Era o bobo da corte do rei Randor e alívio cômico do desenho, sem contar que era o personagem preferido de quase todo mundo.

Aríete: um autêntico cabeça-dura, Aríete era verticalmente prejudicado, tinha pernas de mola e gostava de usar a cabeça. Principalmente para arrombar portas e bater nos adversários.

Multi-Faces: sua característica era alternar três rostos diferentes. Terrível, não?

Stratos: parecia mais um homem-coruja. Obviamente, seu poder era voar com a ajuda de suas asas.

Mekanek: podia esticar seu pescoço à grandes alturas. Se eu fosse um vilão do desenho, aproveitaria isso para enforcá-lo. Competia com Multi-Faces no quesito “poder mais inútil”.

Os malfeitores da Montanha da Serpente (a base de operações do Esqueleto):

Esqueleto: dominava a magia como ninguém e a canalizava através de um cetro em forma de crânio de carneiro demoníaco. (Nota do Corrales: Isso me lembra bandas de Black Metal norueguesa. Assim como essas bandas, Esqueleto também tinha uma forte conotação homossexual, que ficava ainda mais evidente quando se referia ao seu inimigo como “montanha de músculos”. Ui!)

Maligna: uma bruxa que dominava a magia tão bem quanto seu mestre. Era a segunda em comando e não era incomum ela passar a perna no chefe.

Homem-Fera: um bicho enorme, coberto de pêlos laranjas. Tinha o dom de controlar as feras bizarras que habitavam Etérnia e tomar sovas do He-Man como nenhum outro. Curiosidade inútil: foi o primeiro bonequinho da série que o Corrales ganhou.

Mandíbula: como o próprio nome diz, sua mandíbula era capaz de cortar até metal. Isso fazia de Mandíbula alguém que ainda não tinha saído da fase oral. Tinha também um braço biônico que podia ser trocado por diversas armas. Só não me pergunte de onde ele as tirava…

Aquático: cópia de quinta do monstro da Lagoa Negra.

Tryklops: como o próprio nome diz, tinha três olhos, que giravam ao redor de sua cabeça e soltavam raios.

A TÉCNICA DA ANIMAÇÃO E OUTROS FATORES

A Filmation produziu 130 episódios de He-Man and the Masters of the Universe (He-Man e os Mestres do Universo), no Brasil conhecido apenas como He-Man, entre 1983 e 1985. Os personagens e os cenários eram bem detalhados e os movimentos dos personagens eram um show à parte, pois foram captados a partir de movimentos reais. Mas parece que aí a grana acabou. O jeito então era repetir sempre os mesmos movimentos à exaustão. Lembra do He-Man rolando no chão? Era sempre a mesma cena. Piscar os olhos então, nem pensar. Vai saber, de repente podemos dizer que He-Man influenciou Gary Oldman ao construir o personagem Drácula para a versão do “vampiro que não pisca” dos anos 90. Aproveite e leia a resenha de um outro filme com participação dele, Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban.

E quando o príncipe Adam se transformava, então? Não importa em que lugar ele estava, toda vez que ele puxava sua espada e soltava seu grito de guerra, se transformava em He-Man com o Castelo de Grayskull ao fundo. Não, não era um tipo de imagem mística, era pura falta de grana para trocar os fundos mesmo.

Mesmo assim, ninguém se incomodava. O bom mesmo era vibrar com as aventuras do sujeito.

CURIOSIDADES, OBSERVAÇÕES E AFINS

– Dois nomes bem conhecidos do público nerd trabalharam como roteiristas do desenho. Paul Dini, que mais tarde iria se tornar o responsável pelo sensacional desenho Batman – The Animated Series (aproveite e descubra porque o Batman é um tremendão. E já que estamos falando em Bruce Wayne, não deixe de ler a resenha de Batman Begins) foi um. O outro, em seu primeiro trampo como escritor, foi J. Michael Straczinsky, criador da série Babylon V e desafeto dos leitores do Homem-Aranha por ter acabado com o casamento de Peter Parker e Mary Jane.

– Lembra que todo episódio terminava com uma valiosa lição de moral? Dois ou três personagens apareciam explicando o valor inestimável de coisas como a amizade e o trabalho em equipe. Era só o que faltava! Os caras ficavam o desenho inteiro estapeando a trupe do Esqueleto pra depois vir falar em moral? Pelo olho furado de Odin!

– Cara, será que em Etérnia tinha academias de ginástica? Todos os personagens tinham corpo de fisiculturista. Até as mulheres!

– E ainda falam mal do disfarce do Super-Homem… Sente só: o príncipe Adam era branquelo, tinha o cabelo tigelinha e usava uma camisa branca e rosa. O He-Man era bronzeado, tinha o cabelo tigelinha e andava em trajes sumários. A voz podia até engrossar, mas o rosto era o mesmo! E ninguém desconfiava que o covarde Adam (que nas horas de perigo sempre fugia para um local reservado para se transformar, dando a impressão de que amarelava) e o valente He-Man eram a mesma pessoa! Ao menos Clark Kent colocava um par de óculos…

– Por falar em Super-Homem, o último kryptoniano fez uma visitinha a Etérnia e trocou sopapos com He-Man (como é de praxe nesses crossovers) na revista DC Comics Presents número 47, de julho de 1982. Quem leu diz que é uma porcaria. Cortesia de Paul Kupperberg (roteiro), Curt Swan (desenhos) e Mike DeCarlo (arte-final). Se você é daqueles que gosta de ver o Super-Homem apanhando, divirta-se com a resenha de O Cavaleiro das Trevas. Ou então, leia sobre o encontro do kryptoniano com outro ícone nerd: Jerry Seinfeld.

– Ainda nas HQs, a editora Panini lançou no Brasil a minissérie em quatro partes He-Man and The Masters of the Universe, que serviu de aquecimento para a nova série animada do herói.

– O tremendão Trem da Alegria gravou uma música baseada no príncipe marombado. Vamos cantar juntos: “No reino de Etérnia, muito longe daqui…”

– O Gorpo tinha pernas por baixo de seu vestido? Como o Esqueleto enxergava se ele não tinha olhos? Por que o Mentor nunca tirava o capacete? Os personagens nunca trocavam de roupa ou eles possuíam várias vestimentas iguais? Existe vida após a morte? O DELFOS é uma conspiração com objetivos de dominação global? Tantas perguntas, tão pouco tempo…

SHE-RA, O HE-MAN PARA MENINAS

O grande sucesso de He-Man levou a Filmation a produzir uma nova série, She-Ra, a Princesa do Poder, clara tentativa de conquistar o público feminino.

O desenho tinha a mesma estrutura e a mesma técnica de animação de sua matriz, mas os personagens… Esses definitivamente não eram a mesma coisa.

A série parte da “brilhante” premissa de que o príncipe Adam tinha uma irmã gêmea (o quê? Por que ninguém nunca mencionou isso no desenho do He-Man? Ah é, é porque tiveram a idéia depois e não hesitaram em passar por cima da cronologia), Adora, que foi raptada ainda bebê por Hordack (o Esqueleto que gosta de bater em mulheres) e levada para o planeta Etéria (que criativo!), sabe-se lá para quê.

Enfim, a moça cresce, passa para o lado da rebelião (neste desenho, as forças do mal lideradas por Hordack conseguiram tomar o planeta, único ponto positivo da série), ganha poderes e uma espada, iguais ao do irmão.

Bom, infelizmente quando ela grita “pela honra de Grayskull”, suas roupas não somem para dar lugar a um biquíni de pelúcia. Ela ganha um vestidinho branco com detalhes em dourado que deixam só as pernas de fora. Aaaahhhhh…

No lugar de Pacato/Gato Guerreiro, ela tinha um cavalo, o Espírito, que se transformava num unicórnio alado de nome Ventania. Ao invés de morarem no castelo do rei, como He-Man e seus amigos, Adora e os rebeldes se escondiam numa floresta multicolorida, afinal, aqui eles eram os foras-da-lei.

Bem, Hordack sagrou-se senhor de Etéria, mas ainda faltava conquistar o Castelo de Cristal (que meigo) para reinar absoluto. Para defendê-lo, She-Ra contava com péssimos coadjuvantes, como a Madame e Corujito. Bom, se havia uma certa atração entre Tila e He-Man (bem disfarçada, afinal, era um desenho para crianças inocentes que, ao contrário da galera aqui do DELFOS, não ficava tentando olhar por baixo da saia de She-Ra), a Princesa do Poder arrastava sua capinha para cima do Arqueiro. O que a pobre moçoila não percebia é que um sujeito que usava um bigodinho style e um coração desenhado no peito provavelmente não gostava dessas coisas. Como diria Didi Mocó: “esse aí escamoteia”!

Vale mencionar a participação mais que especial do Esqueleto em alguns episódios. Ele e Hordack trocavam figurinhas sobre suas maldades. E se He-Man tinha as irritantes lições de moral ao final de cada episódio, She-Ra conseguiu ir além com Geninho, uma das criaturas mais nefastas a surgir nos desenhos animados (depois do Pikachu ou, para ficarmos no concorrente direto de He-Man, Caverna do Dragão, da Uni), cuja única função era se esconder em alguma parte do cenário em algum ponto dos episódios. Ao final, ele perguntava se tínhamos achado ele. Como ninguém se dignava a ficar procurando o Zé Ruela, ele acabava mostrando onde estava, não que alguém estivesse interessado nisso, mas enfim…

A série durou 93 episódios e gerou ainda um longa de animação que promovia o encontro dos irmãos há muito separados para combater o Esqueleto e Hordack e sua Horda. Verdadeiro clássico das videolocadoras nos anos 80 e assistido no cinema pelo ancião Corrales.

O FILME DO HE-MAN – MAS NÃO SE ANIME MUITO…

Em 1987, chegava aos cinemas Mestres do Universo (Masters of the Universe), o filme com Dolph Lundgren como He-Man e Frank Langella como Esqueleto. Parecia promissor, mas 5 minutos depois do início da película já dá pra saber que se trata de uma tremenda bomba.

Bem, o filme começa com os Mestres do Universo tomando uma senhora sova do Esqueleto e seu exército. O caveira até consegue capturar a Feiticeira! Acuados, não lhes resta alternativa senão usar uma tal de chave dimensional que abre portais para dimensões paralelas. E eis que Ele-Homem e sua tchurma caem na Terra, mais especificamente nos EUA (por que será?). Porém, eles acabam perdendo a tal chave, que é encontrada por um casal de adolescentes malas que a confunde com um instrumento musical.

Enquanto isso, em Etérnia, o Esqueleto reúne suas tropas e parte para uma invasão ao nosso planeta. Ele quer a tal chave, que lhe possibilitaria dominar diversos mundos e também a oportunidade de esmagar seu odioso inimigo de uma vez por todas.

Trata-se de uma produção de quinta-categoria, feita a toque de caixa, tentando ganhar os últimos trocados em cima do personagem. Lembre-se, o desenho foi cancelado em 85.

Porém, o maior problema é que este filme tem muito pouco a ver com a história da animação. Pra começar, esqueça o príncipe Adam, aqui só há o He-Man (naquela época, as técnicas de bronzeamento artificial não eram tão avançadas). O planeta Etérnia também não lembra em nada o do desenho e a tal chave como o objeto a ser conquistado substitui o Castelo de Grayskull como a fonte de poder almejada.

O baixo orçamento também causou problemas: Gorpo foi substituído por um anãozinho feio e mala chamado Gwildor. O Gato Guerreiro foi limado, bem como muitos outros coadjuvantes. Do lado dos Mestres do Universo só sobraram Mentor e Tila. Já do lado do Esqueleto, só estão presentes Maligna, Homem-Fera e alguns outros mercenários criados especialmente para o filme.

Como curiosidade, há a presença de Courteney Cox (isso mesmo, a Monica Geller de Friends) em um de seus primeiros papéis no cinema, como a namoradinha do irritante Kevin (o sujeito que acha a chave), bem como Christina Pickles como a Feiticeira. Este nome não lhe diz nada? Bem, trata-se da atriz que interpretava a mãe de Monica e Ross em Friends! Bizarro…

Para quem adora a trilogia De Volta Para o Futuro, temos no elenco James Tolkan, o carequinha que interpretava o diretor Strickland na saudosa trilogia de Marty McFly. Aqui ele faz um detetive de polícia imbecil. Este filme é relativamente fácil de se encontrar e vira e mexe é exibido na tradicional Sessão da Tarde, mas vale ser conferido apenas a título de curiosidade.

SAI A TIGELINHA, ENTRA O RABO-DE-CAVALO

Em 1989, He-Man ganharia uma nova versão animada, As Novas Aventuras de He-Man, produzida por um outro estúdio de animação.

Mas o herói foi totalmente reformulado. Pra começar, dos personagens originais, só sobraram ele e o Esqueleto. A nova série se passava em outro planeta, Primus, para onde os dois são transportados acidentalmente. Lá, cada um gera novas alianças e continuam a se digladiarem.

Pra completar, o visual do herói foi modificado. Saem o cabelo tigelinha e a sunguinha e entram um rabo-de-cavalo e uma calça azul. Pô, ele ficou parecendo um bonequinho de Comandos em Ação!

Inacreditavelmente, a série durou 65 episódios, e chegou a ser exibida por aqui nas manhãs de um certo canal que faz plim-plim, embora pouca gente se lembre que esse desenho existe.

A NOVA VERSÃO

Em 2002, na onda do revival dos anos 80 (e viva a cultura nerd!), chegou a nova versão de nosso defensor de Etérnia. Trata-se de um remake do desenho original, na esperança de matar o saudosismo do público original e ganhar uma nova audiência.

O legal é que esta versão se propõe a contar a origem do Esqueleto e suas motivações para tentar a todo custo entrar no Castelo de Grayskull e destruir o reino do rei Randor.

A animação é muito bem-feita, com algumas influências dos animês, em especial nas cenas de batalhas. Os personagens clássicos estão todos presentes, dentre outros criados especialmente para a série. A diferença é que o novo traço dá uma modernizada nos personagens, mas ainda assim os deixam bem próximos de suas versões clássicas.

Como exemplo, vejamos nosso herói fortão: como príncipe Adam, ele está mais parecido com um adolescente, franzino e de feições joviais. Quando se transforma, fica mais musculoso. O bronzeado e a sunga ainda estão lá, afinal, já se tornaram marcas registradas. Quem dá adeus é sua franjinha…

É um bom desenho, não tem tanto o charme e a graça da versão original, mas cumpre bem o papel de apresentar o herói para uma nova geração. O mais legal é que ele conta com os mesmos dubladores da série clássica (em terras nacionais, o desenho foi exibido até bem pouco tempo pelo Cartoon Network). A risada do Esqueleto está de volta!

O “porém” é que os nomes dos personagens não foram traduzidos. Assim, Gorpo virou Orko, Maligna agora é Evil-Lyn e Esqueleto responde por Skelletor, por exemplo. Sacanagem com quem não fala a língua do Tio Sam e com as criancinhas que têm que enrolar a língua pra falar Man-at-Arms (Mentor). Isso acontece porque os brinquedos são importados e os caras não querem gastar dinheiro traduzindo as cartelas. Viva o capitalismo!

Bem, é isso aí, espero que você tenha se divertido relembrando um dos desenhos mais legais já produzidos, e conhecendo as outras versões já criadas. Mas fique tranqüilo, diferentemente do desenho, não vou terminar esta matéria com uma lição de moral. E não, não vou ficar escondido em algum canto dessa resenha para depois perguntar se alguém me viu! Vou simplesmente parafrasear um outro personagem de desenho e dizer “P-Por hoje é só p-pessoal”.

LINKS DA FORÇA

E, como prometido, aqui estão os links para matérias relacionadas ao mundo dos cavaleiros Jedi. Afinal, eles também têm a Força!

Episódio III
Episódio V
Tremendões: Darth Vader
Star Wars Trilogy
Clone Wars
Lego Star Wars

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