Comprei meu PS3 já no finalzinho da sétima geração. Apesar de estar empolgado com a aquisição, eu não era muito de jogar videogame e, por isso, estava meio perdido quando fui escolher meus primeiros jogos.

Lembro que o carinha da loja me perguntou do que eu gostava. “Sei lá”, respondi. “Jogos de tiro, de repente?”. Então ele colocou essa caixinha vermelha toda bonitona nas minhas mãos e disse: “Você vai gostar deste jogo aqui. Ele é tipo um GTA, só que de faroeste”.

Todo mundo sabe que vendedores não são as criaturas mais confiáveis do mundo, mas o rapaz tinha um olhar sincero e senti que poderia confiar nele. Na pior das hipóteses, se eu não gostasse do jogo, pelo menos ainda teria a caixinha vermelha toda bonitona enfeitando minha prateleira.

Pois bem, acho que nem preciso dizer que este jogo era Red Dead Redemption. Mais que isso, acho que realmente não preciso dizer que fiquei admirado, alucinado, emocionado e todos os ados possíveis com o game, que continua sendo ainda hoje um dos meus favoritos.

SENTANDO O DEDO

Coisa de louco, meu! Se você atirava na perna de um desafeto, o maluco caía no chão. Se atirava no braço direito, ele dava um jeito de pegar a arma com o esquerdo e continuar atirando. E que tal um tiro no estômago? O sujeito ficava lá agonizando, segurando a barriga com as mãos como se estivesse tendo uma azia por envenenamento de chumbo.

E o que mais me impressionou: se você se cansasse de dar uns pipocos por aí, apostar corridas a cavalo e perder no pôquer, era possível se sentar no balcão do bar e apenas afogar suas mágoas virtuais, embebedando-se ao som de um pianinho maroto que conferia ao boteco um arzão de cabaré.

Pois bem, poucos jogos parecem ter marcado tanto uma geração (de consoles e jogadores) quanto Red Dead Redemption. O faroeste da Rockstar foi capaz de agradar a um número massivo de jogadores, e é sabido que sua aguardadíssima sequência deve chegar às nossas mãos lá pela metade do ano que vem (ainda que não tenhamos uma data de lançamento confirmada).

O jogo, que será lançado para PS4 e Xbox One (e possivelmente para PC, no futuro), recebeu hoje seu segundo trailer, mostrando pela primeira vez o novo protagonista, Arthur Morgan, que terá a difícil missão de substituir John Marston, personagem principal do primeiro jogo.

Arthur Morgan é um fora da lei que parece estar envolvido com a Dutch’s Gang, grupo de bandidos do qual John Marston também fez parte. Red Dead Redemption 2 será uma prequel, passando-se anos antes dos eventos do jogo original – e eu aposto uma dose de tequila que Marston aparecerá fazendo uma ponta durante o game.

Agora é tentar segurar o hype. Mas, pela reputação da Rockstar, acredito que toda expectativa (apostando aqui uma dose de vodka) será devidamente recompensada. Conte nos comentários sua história com Red Dead Redemption. Aposto que você tem pelo menos uma.