Valiant

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Estamos em 1944. Alemanha e Inglaterra estão em guerra. A esperança se esvai conforme os dias passam. A liberdade está por um fio e o futuro depende de um grupo de destemidos heróis. Uma equipe de… pombos-correio?

Essa é uma sinopse perfeita para este simpático desenho que invade nossos cinemas meio na surdina. Mas vamos desenvolver mais. Um jovem e pequerrucho pombinho sonha em ser um herói de guerra e resolve se alistar no exército. No seu caminho, conhece o alívio cômico, o malandro amante de liberdade Bugsey (sim, exatamente como todos os tradicionais alívios cômicos, como Timão e Pumba, Manivela e Baloo (aquele que usa somente o necessário). À nova equipe de recrutas, se juntam mais alguns pombinhos com personalidades distintas, mas infelizmente pouco desenvolvidas, fato que acaba sendo o principal problema do desenho.

Temos vários personagens interessantes aqui, mas quase todos completamente sub-aproveitados. É o caso dos ratinhos (principalmente aquele que fica gritando “Sabotage!”, que tinha potencial para ser um dos mais queridos do desenho e que aparece por menos de 10 minutos) e até mesmo dos vilões.

Tecnicamente, o desenho é exemplar. É visualmente lindo, com um design de personagens bem bonitinho, trilha sonora pomposa e empolgante e uma boa dublagem, ao menos na versão nacional (que não conta com vozes famosas). O elenco original, por outro lado, tem nomes como John Cleese e Ewan McGregor, este em sua segunda incursão nas animações.

Valiant cumpre o que promete. Infelizmente, tinha potencial para ser muito mais. Sua história vai sempre pelo já tentado e aprovado, sem nenhum espaço para inovações ou mesmo para as já tradicionais referências à cultura Pop que costumam agradar principalmente aos mais velhos. É quase certo que vai agradar às crianças, mas em uma época onde o cinema de animação conta com maravilhas da Pixar e da Dreamworks, até mesmo os pequenos vão começar a ficar mais exigentes.

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