Top 5: Games Trüe

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Hail and kill, delfonautas!

Para celebrar o Dia do Rock, meus companheiros delfianos desceram ao meu covil de masculinidade oleosa, cujos portões de ferro são ladeados por esculturas de todos os integrantes do Manowar cavalgando quimeras e nazguls, para me incutir de uma missão que só não é mais trüe porque Rock é coisa de mariquinha, macho que é macho ouve Heavy Metal: elaborar um Top 5 com os games mais trüe de todos os tempos.

O delfiano novato Rodrigo Pichato até quis tomar a frente e fazer esta lista, alegando que games são a sua praia. Porém, após ler seu relato totalmente questionável O Rodrigo e o Rock, onde ele afirma que é fã dos posers do Metallica e até do Nickelback, eu o enclausurei nos meus aposentos para um intensivão de macheza regado a muito óleo, carne crua, cuecas de couro e música de qualidade.

Sem mais delongas, besuntem-se em óleo, meus brothers of Metal, e embarquem comigo nesta lista nostalgicamente espadaúda. Só não chegue muito perto, porque o meu óleo é extraído das amêndoas mais cheirosas da lendária Yggdrasil, e não deve ser misturado com o seu óleo tosco de cozinha.

MENÇÃO HONROSA – GUITAR HERO / ROCK BAND

Desenvolvedora: Harmonix / MTV Games

Editora: Red Octane / Eletronic Arts

Plataformas: Praticamente todas desde o Playstation 2

Pessoalmente, eu repudio estes games, onde os jogadores se perfazem com ridículos instrumentos de plástico e com isso acham que são tão bons quanto o semi-deus Karl Logan.

Mesmo assim, é inegável mesmo para mim a importância que estes games tiveram na disseminação da trüeza pelo mundo. Trüeza esta que já foi para o Limbo, uma vez que versões dedicadas a bandinhas masculinamente questionáveis como Aerosmith, Metallica e Green Day já foram produzidas.

Pior: se não bastassem estas bandinhas de meia-tigela, os DLCs destes games embarcaram de vez na mariquice, trazendo pacotes de músicas de gente do naipe da Lady Gaga e aquela ninfetinha da Disney, cujo nome real eu não lembro, mas sei quem ela é porque protagonizava um dos meus seriados favoritos, que infelizmente acabou: Hanna Mont

Ahem, continuando, apesar destes deslizes totalmente discrepantes à magnitude metálica, devemos dar valor aos games de instrumentinhos de plástico, pois tais como beija-flores em um bosque de cravos-de-defunto, eles espalham a semente da trüeza nos corações dos jovens. Se a juventude de hoje já não é lá essas coisas, imagine como seria sem Guitar Hero e Rock Band.

Como esta é apenas uma menção honrosa, e nem é lá das mais trües, vou colocar apenas um vídeo representando ambos. E este vídeo evidencia bem o fato de que estes games não são trües. Games trüe não são jogados por mulheres semi-nuas, são jogados por homens suados e musculosos!

5 – TWISTED METAL / CARMAGEDDON

Desenvolvedora: Single Trac, 989 Studios, Incognito Entertainment, Eat Sleep Play / Stainless Games

Editora: Sony Computer Entertainment / Sci/Interplay

Plataformas: Playstation, Playstation 2, PSP, PC, e em breve Playstation 3

Se você é um sujeito trüe que se preza, deve saber que um game trüe que se preza deve ser violento. Violência não é uma coisa legal na vida real, visto que cultivamos os músculos de nossos bíceps e peitorais apenas para valorizar um minúsculo colete de couro, mas nos games, onde as leis não precisam necessariamente ser respeitadas, um pouquinho de sangue e mutilação vai muito bem.

O que pode deixar isso ainda mais legal? Carros tremendões, pilotados por psicopatas e equipados com armas letais, claro! E em ambos os quesitos, os games que dividem esta quinta posição se sobressaem: muita violência, banhada pelo sangue de pedestres e adversários que cruzarem o caminho de mísseis, lança-chamas e serras circulares.

A série Twisted Metal se destaca com alguns personagens totalmente perturbados, como o medonho palhaço Sweet Tooth (vai dizer que você não acha palhaços medonhos? Pior que um palhaço, só um integrante do Twisted Sister após um show), a versão totalmente trüe do ceifador de almas, Mr. Grimm, entre outros.

Para melhorar um pouco, a trilha sonora de ambos é até que audível. Nada épico, mas pelo menos audível. Entre Rolling Stones, Rob Zombie e coisinhas leves do tipo, eu lhes digo, brothers: poucas coisas são mais inebriantes do que dirigir a 160 quilômetros por hora, dilacerando pedestres e velhinhas indefesas ao som de Aces High, do Iron Maiden. Mais trüe que isso, só se fosse ao som de Manowar!

Abaixo segue um vídeo de cada título, com destaque para o renascimento da franquia Twisted Metal no Playstation 3.

4 – FULL THROTTLE

Desenvolvedora: LucasArts

Editora: LucasArts

Plataformas: PC, Mac

Sabe por que este jogo está em uma posição melhor que aqueles ali de cima? Porque ele é trüeza sobre duas rodas, meu querido headbanger! E todo cara trüe que se preza sabe, motos são muito mais legais do que carros, pois são mais carregadas de estilo, sex appeal e virilidade.

Saca só que trama trüe (nossa, quase um trava-língua): você controla Ben um motoqueiro badass de barba malfeita (barba malfeita é trüe, deixa até o maior dos maricas com cara de malvado), líder de uma gangue de motoqueiros, os Polecats (é, este nome não é assim tão trüe, seria bem mais macho se eles fossem os Sons of Odin, ou algo assim, mas na época do jogo o Manowar ainda não tinha lançado essa música), que se metem em muitas enrascadas para salvar a última empresa que produz motocicletas customizadas no país, a Corley Motors, que periga de começar a fabricar minivans.

Logicamente, o enredo descrito acima é recheado de reviravoltas, pancadaria, botecos no melhor estilo daqueles salloons de faroeste, rachas insanos e uma trilha sonora a cargo dos Gone Jackals que é deveras empolgante e mantém a testosterona em alta. Sério, se você nunca jogou este clássico da trüeza tipo point-and-fuckin’-click, deixe o hall e vá ouvir Restart!

Deixe de fazer a barba por no mínimo cinco dias antes de clicar no play aí embaixo:

3 – GOD OF WAR

Desenvolvedora: Santa Monica / Ready at Dawn

Editora: Sony Computer Entertainment America

Plataformas: PS2, PS3, PSP e celulares

Curvem-se ao ex-deus da guerra, reles delfonautas! Em uma lista cujo tema principal é a trüeza, seria uma heresia deixar o tremendão Kratos de fora.

Saca só alguns fatos que ilustram um pouco da trüeza do espartano. Aliás, só o fato de ser espartano já faz dele um cara trüe, pois todos sabemos que mais macho que um espartano, só mesmo um asgardiano. Como é que ninguém nunca pensou em fazer um game de um asgardiano? Só tem fruta na indústria de games, mesmo.

Voltando ao careca: o cara deu cabo de Zeus, Athena, Ares, Hades, e mais uma penca de deuses e semi-deuses. Isso para não mencionar todos os faunos, minotauros, ciclopes, medusas e quimeras que tiveram o azar de cruzar seu caminho.

Além disso, ele usa um par de espadas muito másculas, que foram presas por correntes a fogo aos seus braços musculosos. Quer mais? Então tome: você pensa que é trüe por se besuntar em óleo de vez em quando? Pense de novo! O Kratos é tão trüe, que se besuntou com as cinzas de sua própria família. Família esta que foi ele mesmo quem matou!

Como se tudo o que eu citei acima não fosse o bastante, ele faz tudo isso de saia, senhores! Fala sério, é preciso ser muito trüe para usar uma saia sem macular sua imagem de guerreiro tremendão! E no meio de sua empreitada épica, ele ainda conseguiu meter a sua blade of chaos em meia dúzia de moçoilas gregas, inclusive fazendo ménages!

Agora que você já deve estar com o seu rabinho nada trüe entre as pernas, ao menos seja macho o bastante para conferir o vídeo deste ícone da macheza espartana:


2 – ROCK N’ ROLL RACING

Deenvolvedora: Blizzard

Editora: Interplay

Plataformas: Super Nintendo, Mega Drive, Game Boy Advance

Meus irmãos do Metal, foi uma missão quase impossível decidir as medalhas de ouro, prata e bronze deste espadaúdo Top 5. Isto porque todos os games são exemplares importantíssimos da trüeza no mundo dos games, aclamados desde sempre por todo cara que honra os colhões que abriga em sua cueca de couro.

Por fim, decidi que esta seria a ordem mais lógica e, se você não concorda, vai chorar na saia da mamãe porque este Top 5 é meu! Deixei, sim, o clássico dos clássicos Rock n’ Roll Racing na segunda posição, e daí?

Este ícone da geração 16 bits foi o primeiro game a flertar com a trüeza musical. Se a quantidade das músicas não era muita, a qualidade é inquestionável. De uma vez só, temos dinossauros como Black Sabbath, Deep Purple e Steppenwolf disparando petardos musicais que combinam tão bem com a destruição propiciada pelo jogo quanto The Power of thy Sword combina com o momento em que eu saco minha Long Sword para tratar de assuntos pessoais.

O diferencial do game, e o que lhe confere boa parte do seu charme… Não, não, charme é coisa de fruta. O que confere boa parte da pintudice viril de Rock n’ Roll Racing é o sistema de customização dos veículos, que podem ser pimpados para se tornarem verdadeiras máquinas de destruição. O narrador das corridas, Larry Huffman também merece destaque, pois soltava pérolas como “let the carnage begin” ou “fulano jams in the first”.

Como trüeza pouca é bobagem, Rock n’ Roll Racing tinha ainda entre seus corredores um legítimo guerreiro viking, cujo célebre nome era Olaf e seu planeta de origem era nada menos que Valhalla!

Deleite-se de nostalgia masculina assistindo ao vídeo abaixo:

1 – BRÜTAL LEGEND

Desenvolvedora: Double Fine

Editora Eletronic Arts

Plataformas: Playstation 3, Xbox 360

Sim, meus irmãos. Um game que nem clássico é (foi lançado no ano passado) galgou todos os degraus possíveis da trüeza, e acabou ficando na primeira posição desta musculosa lista.

Isso porque ele é muito mais que um game, é uma declaração de amor de Tim Schafer (que é a mente brilhante por trás do quarto colocado desta lista também), Jack Black, e toda a galera da Double Fine ao Heavy Metal e tudo de bom que ele representa.

Na trama, Eddie Riggs, um roadie que é praticamente a versão metaleira do Conan, faz a viagem de nossas vidas, indo parar em um mundo que parece ter saído diretamente das capas do Blind Guardian. Não vou entrar em muitos detalhes aqui, visto que o brother Corrales já rasgou toda a seda possível ao jogo em sua resenha, que você pode ler clicando aqui e aqui.

Mas, para enaltecer este título máximo da ideologia headbanger, lembro-lhes que ele é trüe ao extremo. Desde os cenários aos personagens (vividos por figuras lendárias como Ozzy Osbourne e Rob Halford) e a excelente trilha sonora (cujo destaque, claro, fica por conta de Manowar e Judas Priest).

Que outro jogo você lembra de jogar em que é possível personalizar um hot rod tremendão, com upgrades vendidos pelo comedor de morcegos Ozzy em pessoa?

Ou perseguir e aniquilar hard rockers histéricos e rosados, bem como explodir a cabeça de góticos maquiados com um riff de guitarra? Ou adentrar templos cromados que são nada menos que versões gigantes do logo do Motörhead? Ou ainda, recrutar deliciosas groupies amazonas e headbangers letárgicos para formar o seu próprio exército do Metal?

Besunte-se em óleo antes de clicar no play abaixo, pois ele representa o ápice de trüeza no mundo dos games:

Sério, faltam palavras para descrever quão trüe é este jogo. Só o fato de ele ter trema no nome já o torna merecedor de encabeçar este anabolizado Top 5. A trüeza é tanta que você vai se emocionar em diversos momentos. E não se envergonhe disso, meu amigo: lágrimas derramadas por conta do triunfo do Heavy Metal sobre as demais vertentes abaitoladas da música são lágrimas de trüeza, não de mariquice.

HORS CONCOURS – GOLDEN AXE

Desenvolvedora: Sega

Editora: Sega

Plataformas: As versões realmente trües saíram para Arcade, Master System e o Mega Drive.

Achou que esta lista acabaria só porque chegamos ao primeiro lugar? Nada disso, meu nobre companheiro. Temos ainda um game tão trüe, mas tão trüe, que está acima de qualquer maneira quantificável de verificação: Golden Axe.

Este clássico oriundo do saudoso Master System alcançou a glória abençoada por Odin em suas três versões de Mega Drive.

Tirando a baranga amazona Tyris Flare, que é bem sem graça e destituída de qualquer trüeza, os protagonistas homens esbanjam testosterona até em seus nomes: Ax Battler é o bárbaro musculoso besuntado em óleo que só usa cueca e botas (mais trüe impossível), e Gilius Thunderhead é o clássico anão guerreiro, enaltecido com toda a trüeza barbuda e viril que sua raça lhe confere.

O vilão da trama, sagazmente chamado Death Adder também é trüe, pois destroçou boa parte da família dos nossos heróis, motivando-os a seguir pelo sanguinolento caminho da vingança, e consequentemente, da trüeza.

Infelizmente a saga do machado dourado não teve sequências que mereçam constar no hall. Em 2008 a Sega lançou o bem ruinzinho Golden Axe: Beast Rider, que jogou toda a trueza pelo ralo ao contar apenas com a insossa Tyris como protagonista.

Mesmo assim, trüe de verdade é quem se lembra da glória dos 16 bits, quando se podia usar um guerreiro másculo besuntado em óleo para domesticar (na marra) dragões, chutar os gnomos que roubavam seu ouro e matar na base da coronhada hordas de vilões comandados por Death Adder! Se isso não é medalha de platina, meu caro delfonauta abençoado pelo Vento Preto, não sei o que é.

Agora sim, encerramos com o sangue dos posers extraído diretamente das minas de Moria este Top 5 repleto de trüeza e masculinidade. Se você é um sujeito trüe que se preza, tem obrigação de ter jogado pelo menos cinco títulos desta lista. Se nunca jogou nenhum destes valorosos games, clique aqui e deixe o hall!

Se não gostou e/ou não concorda comigo, pede pra sair! Só quem é trüe de verdade compreende a real trüeza de pensamento de um legítimo trüe. Se o seu jogo trüe preferido não apareceu aqui, ele simplesmente não é trüe o bastante. Mas você pode fazer justiça a ele nos comentários, como o mariquinha chorão e injustiçado que você é.

E um Dia do Rock repleto de glória para você!

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