The Station é um jogo de puzzles em primeira pessoa com foco na história. A Estação do título é uma base com uma tripulação pequena, cujo objetivo é espionar uma civilização que acaba de ser encontrada pelos terráqueos. Acontece que esta civilização está em guerra, e por isso os humanos preferiram analisar de longe antes de se apresentarem. Quando algo parece dar errado na Station, você é enviado para ajudar e resgatar os três tripulantes.

The Station, Delfos

Esta sinopse é bem semelhante ao set-up do primeiro Dead Space, mas o jogo é totalmente diferente. Você chega na estação com o objetivo de encontrar os tripulantes e descobrir o que aconteceu, e não vai precisar lutar para sobreviver em nenhum momento.

The Station, Delfos
Mas precisa resolver puzzles. Muitos puzzles.

Pelo contrário, The Station foca em puzzles e exploração que devem ser resolvidos em seu próprio tempo. Basicamente, você vai precisar ativar e desativar a parte elétrica, mexer no motor da estação e coisas do tipo. Isso libera o acesso a novas áreas e te coloca mais perto de descobrir o que aconteceu.

O problema é que os puzzles em questão são bem chatinhos

Eles envolvem símbolos indecifráveis e, em seu pior momento, descobrir três desenhos que servem de senha, tipo aqueles usados para desbloquear o celular.

The Station, Delfos
A solução deve estar em algum lugar do cenário, mas admito que só resolvi estes três desenhos procurando screenshots online.

Eu esperava que The Station fosse mais um walking simulator com uma história bacana do que um jogo de puzzles, e a coisa é tão devagar e pouco clara que eu sinceramente achei que não iria conseguir terminá-lo. Mas daí… ele acabou. Pois é, eu achei que ele estava apenas começando e os créditos rolaram.

Ok, não foi tão surpreendente assim pelo desenrolar da história e porque, ao procurar pela solução dos desenhos, eu encontrei um walkthrough que faz o jogo inteiro em 17 minutos.

Ainda assim, trata-se de um jogo breve, mais breve do que pode parecer. Não, não “resolvi” o jogo em 17 minutos. Minha campanha, solucionando tudo menos os três desenhos, durou cerca de duas horas.

O visual é legal, e surpreende por ter suporte a HDR, o que definitivamente não é comum em um lançamento tão humilde. O som, por outro lado, é quase inexistente. Os atores fazem um bom trabalho, mas de resto o jogo é bem silencioso.

The Station, Delfos
E escuro. Bem escuro.

Porém, é inegável a sensação de que ele renderia mais. Não vou dizer que fiquei triste quando acabou, já que o tipo de puzzle que ele opta por apresentar decididamente não é para mim. Mas imagino que sua curta duração pode decepcionar aqueles que estiverem mais envolvidos na experiência.

The Station, Delfos
Esta coluna da direita lembra bastante o que está acontecendo no Brasil atualmente.

Eu gostei da história, mas devo dizer que, assim como o resto do jogo, ela carecia de um desenvolvimento maior. Além disso, deve ter algo que eu não entendi, porque ao longo da minha campanha, eu encontrei mais do que três pessoas. Quem eram os outros?

The Station, Delfos
Este eu sei quem é. Mas e os outros? Quem são os outros?

The Station é um jogo humilde, que apresenta gráficos modernos em uma campanha curta e interessante. Porém, só é recomendado para quem gosta de jogos mais lentos e focados em puzzles.