Starcraft 2: Heart of the Swarm

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Kerrigan está novamente entre nós. Depois de anos de espera após a campanha Wings of Liberty, estava cheio de expectativas pela campanha Zerg que, pra mim, sempre tem sido fantástica por desenvolver bem a história. Bem, dessa vez não foi. O jogo em si foi muito mal aproveitado, pois a campanha e a história tinham um potencial imenso que podia ser explorado, mas não foi.

Diferente do Wings of Liberty, a campanha Zerg consiste em uma história linear, sem missões ramificadas ou historias paralela. São todos arcos obrigatórios, o que tirou um dos principais elementos adicionados ao Starcraft 2.

Desta forma, só mostrou um único objetivo desde o principio: vingança, a única coisa que move Sarah Kerrigan. “The killing will never stop until Mengsk is dead”. Claro que aparecem sub-missões e a história se desenrola ao redor de outros núcleos importantes para a trama como um todo, como o aparecimento do real inimigo.

A campanha começa interessante, mas vai esfriando rapidamente e demora muito até que volte a esquentar. Isso causa um certo desânimo no meio do jogo. Tudo ficou muito focado nos próprios Zergs e na vingança de Sarah e quase que tudo que estava ao redor foi esquecido. Pouco ou nada vemos aqui de profecias, híbridos, Protoss.

A Blizzard deixou a desejar ao não aproveitar o Heart of the Swarm para explorar os híbridos e o esquecido personagem Samir Duran. Não que não tenha híbridos, uma das mais divertidas fases se passa contra os híbridos, mas eles também foram pouco aproveitados.

Fazendo uma comparação no nível de dificuldade, o Wings of Liberty foi realmente mais difícil que o Heart of the Swarm. Completei a campanha Zerg sem morrer nem precisar jogar duas vezes a mesma fase na dificuldade normal, ao contrário de como foi na campanha Terran.

Um ponto muito interessante é que você controla um herói em quase todas as missões e, diferente do primeiro Starcraft, em algumas fases Kerrigan pode até morrer que ela reaparecerá na sua base. Além disso, você pode definir os poderes e habilidades da Rainha das Lâminas à medida que ela sobe de nível. Sim, é necessário subir de nível com a Kerrigan para liberar suas habilidades, como em um RPG.

O saldo do jogo fica abaixo do esperado. A campanha é curta e mal aproveitada. Não que esteja ruim, até tem qualidades. O sistema de mutação Zerg é fantástico, com missões para testar cada uma das possíveis mutações antes de escolher e o método de evolução e distribuição dos poderes da Kerrigan também ficou ótimo. É uma pena que toda a historia central, além da vingança conta Mengsk, tenha sido deixada para ser desenvolvida e encerrada na terceira parte, a campanha Protoss, Legacy of the Void.