South Park

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Quando a maior parte das pessoas pensa em humor ideológico e crítico, a primeira coisa que vem à cabeça delas é Monty Python ou Charles Chaplin. Como eu sou diferente de todo mundo, a primeira coisa que penso nessa linha é South Park. Ok, o desenho em questão veio muito depois dos clássicos do gênero e transparece óbvia influência deles (sobretudo do sexteto inglês), mas é inegável que a ideologia no humor nunca foi tão clara e, ao mesmo tempo, tão provocativa.

O INÍCIO

A história de South Park começou em 1991, quando Trey Parker e Matt Stone fizeram um curta na faculdade de cinema chamado Jesus vs. Frosty, que trazia personagens visualmente parecidos com aqueles que eventualmente protagonizariam seu maior sucesso. Inclusive, o que parecia com o Cartman era chamado de Kenny e era morto no final do episódio.

Em 1995, um executivo da Fox assistiu ao curta e encomendou que a dupla fizesse mais um para ser enviado como um cartão de Natal. O resultado foi Jesus vs. Santa. Esse curta foi amplamente distribuído e acabou rendendo um contrato com a Comedy Central. Era o início de South Park.

Esses dois curtas, assim como o piloto da série, Cartman Gets An Anal Probe, foram feitos com pedaços de cartolina, uma técnica de animação antiga que levava MUUUITO tempo para ser feita (o piloto, por exemplo, levou três meses). A partir do segundo episódio (Volcano), a animação começou a ser feita por computador, mas mantendo o estilo “feio” das cartolinas.

ESTILO

Aliás, “feio” realmente é a primeira palavra que vem à mente quando vemos South Park pela primeira vez. Afinal, estamos acostumados com o padrão Disney de qualidade ou, vá lá, os animês. Contudo, apesar de não ser tão detalhada quanto o normal, não dá para negar que o correto seria dizer que é diferente, não feio. Para começar, os personagens são todos extremamente bonitinhos (o que contrasta com a natureza das piadas e com suas próprias personalidades) e mesmo pequenos detalhes da animação denotam muito cuidado com a qualidade visual do programa.

Embora a ideologia e o humor nonsense estivessem presentes desde a primeira temporada, demorou algum tempo até a dupla de criadores/roteiristas/dubladores se sentir confortável o suficiente para realmente começar a manifestar suas opiniões no programa (isso começou lá pela quarta ou quinta temporada). Uma boa forma de definir o desenho hoje é “eles falam as coisas que todo mundo pensa, mas que ninguém tem coragem de falar”. Seja de coisas banais como chamar a Paris Hilton de vadia burra e mimada até coisas realmente importantes, como refletir sobre como a sociedade funciona (basicamente é algo do tipo “nem todos podem ter profissões legais, porque os astronautas e cientistas vão precisar de alguém para colocar gasolina no seu carro e limpar suas casas”).

Infelizmente, o aumento na ideologia também trouxe um aumento em piadas escatológicas, o que é o principal defeito da série hoje, a meu ver. Muitas vezes, a coisa está rolando realmente bem, com uma mensagem super interessante e daí, do nada, um dos personagens começa a vomitar ou a defecar por vários segundos. Isso realmente denigre os melhores momentos da série, o que é uma pena. Quem realmente gosta de South Park, a meu ver, são aqueles que gostam mesmo da parte ideológica e da crítica ácida à nossa sociedade. Talvez o excesso de fluidos corporais nos episódios mais recentes venha por uma exigência da Comedy Central para tornar a série mais acessível ao povão que é fã dos irmãos Wayans. Vai saber…

OS PERSONAGENS

Outro grande charme de South Park é a sua representação da infância. Enquanto toda a nossa sociedade hipócrita olha para crianças como pequenos anjinhos incapazes de fazer o mal, qualquer um com um mínimo de memória sabe que elas estão muito mais para demônios from hell do que para qualquer outra coisa. Crianças são más, preconceituosas e sádicas, e tudo isso é muito bem representado aqui.

Desde a humilhação aos nerds, até os xingamentos e atos de violência que cometem uns com os outros (no episódio Scott Tenorman Must Die, por exemplo, o Cartman se vinga de um bully que o vinha atormentando matando seus pais e fazendo ele comer os restos achando que é um chilly – quem nunca passou por isso? =P). Aliás, alguns dos episódios mais divertidos mostram justamente as crianças brincando, como em Lil’ Crime Stoppers, onde eles decidem resolver os crimes da cidade ou em Good Times With Weapons, onde decidem brincar de ninja. Neste, inclusive, vemos os personagens como eles se vêem durante a brincadeira, ou seja, como ninjas enormes e musculosos (vide foto aí embaixo).

Por mostrar crianças em uma idade que estão descobrindo praticamente tudo, desde sexo e política até como ser um adulto hipócrita, isso lhes dá uma certa inocência e possibilita tiradas geniais, que apenas uma lógica infantil é capaz de fazer (aliás, o Kyle é o mestre nisso).

Assim como em Os Simpsons, South Park acontece em uma pequena cidade do interior estadunidense (o que é óbvio, já que a cidade dá nome ao show) e ela é povoada pelas mais estranhas figuras. Isso faz com que o programa tenha uma imensidão de personagens e muitos deles ficam meses ou até anos sem aparecer.

O único problema desse excesso de personagens é justamente a falta de dubladores, o segundo maior defeito da série. Pelo menos 95% de todos os personagens masculinos (e vários dos femininos também) são dublados pelos próprios Trey Parker e Matt Stone. E os caras sem dúvida têm talento interpretativo e capacidade de fazer várias vozes, só que o volume de personagens é tão grande que muitos deles têm exatamente a mesma voz (por exemplo, o Panda do Assédio Sexual tem a mesma voz que o Papai Noel) e isso atrapalha bastante. Talvez se os caras dividissem essa função com outras pessoas, poderia ter personagens mais diferenciados e com menos vozes soando forçadas. Por exemplo, toda vez que uma música de Rock é necessária, ela é cantada pela mesma voz irritante – a mesma, aliás, que canta a legalzuda America (Fuck Yeah).

Problemas à parte, vamos dar uma geral nos personagens principais e nos mais legais:

Stan: O protagonista e talvez o mais chatinho. Stan é basicamente um moleque de oito anos normal. Passa as primeiras temporadas apaixonado pela chatinha Wendy e vomita sempre que a vê. Logo, contudo, leva um pé na bunda dela e a guria dificilmente aparece hoje em dia.

Kyle: Bem parecido com Stan, mas eu gosto mais dele. É Kyle quem normalmente faz as tiradas mais inteligentes quando é deparado com a hipocrisia da sociedade e que normalmente passa a opinião dos criadores ao final do episódio (“You know, I learned something today”). Stan e Kyle foram criados para serem alter egos de Trey Parker e Matt Stone. Eles depois declararam que isso se tornou um problema, pois os dois personagens são parecidos demais e isso acontece porque os próprios criadores são parecidos demais. Ah, sim, Kyle é judeu e, por causa disso, é constantemente provocado por Cartman. Em um dos melhores momentos dessa rivalidade, ambos estão à beira da morte e Cartman fala: “Kyle, sabe todas aqueles vezes que eu chamei você de judeu desgraçado? Eu não quis dizer isso. Você não é judeu!”.

Cartman: Cartman é aquele gordo sacana e esperto que todo mundo já conheceu. Tem vários planos infalíveis para conseguir um milhão de dólares e não tem nenhum problema em passar por cima dos outros para conseguir isso. Seu gênio do mal possibilitou que ele percebesse que adultos se derretem perto de crianças meigas e usa isso para fazer com que a sua mãe (e vários outros adultos) façam o que ele quiser. Embora Stan seja oficialmente o protagonista, é Cartman que tem mais destaque em quase todos os episódios, dada sua própria natureza malvada, o que o torna muito mais interessante para os espectadores e muito mais fácil de lidar para os criadores. Cartman odeia judeus e hippies. Aliás, o episódio Die, Hippie, Die, onde é revelado o motivo para tal ódio, é um dos melhores. Nunca um preconceito teve uma explicação tão racional e tão convincente. Ah, sim, a sua mãe, na verdade, é seu pai, pois se trata de uma hermafrodita. O.o

Kenny: Todas as pessoas de South Park são da mesma classe social. Menos duas famílias. Uma delas é a do Kenny, que é o pobre e um dos meus personagens preferidos, embora seja muito mal aproveitado. É o único dos quatro protagonistas que não é inocente em relação a sexo. Ele usa um capuz que cobre sua boca, o que impossibilita que nós entendamos o que ele fala. Todos os outros personagens, é claro, entendem perfeitamente. Uma coisa que sempre me faz rir é que constantemente Kenny aparece com outras roupas (com um terninho, por exemplo), mas essa roupa é sempre colocada por cima da sua jaqueta e o capuz continua tampando tudo.

O rosto de Kenny apareceu uma única vez, no longa South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes. No episódio The Jeffersons, ele chega a aparecer sem o capuz (mas com uma máscara), então ainda não dá para entender o que ele fala. Apesar de ser, na maioria das vezes, totalmente incompreensivel, absolutamente tudo que sai da boca dele são frases reais e muitas vezes podem ser entendidas se você prestar muita atenção. Na música de abertura do programa, por exemplo, ele já teve algumas frases diferentes. Nas duas primeiras temporadas, ele diz (de forma abafada, é claro) “I love girls with big fat titties, I love girls with deep vaginas”, da terceira à sétima, diz “I have got a 10-inch penis, use your mouth if you want to clean it”. Finalmente, da sétima até o momento do fechamento deste texto, nosso amigo exclama “Some day I’ll be old enough to stick my dick in Britney’s butt”. Outra boa piada relacionada à sua voz abafada é no episódio Quintuplets 2000, onde os meninos formam uma banda. Adivinha quem é o vocalista? Hell, yeah, nosso amigo Kenny, que faz inclusive uma rendição hilária da clássica Con Te Partiro.

Ah, sim, da primeira à quinta temporada, ele morre em todos (ou quase) os episódios, apenas para ressuscitar no próximo sem maiores explicações. Contudo, no episódio Kenny Dies (que, aliás, é bem deprê e não tem nada de engraçado – é mais uma reflexão sobre a vida após a morte e a espiritualidade), ele morre de verdade e fica morto até o último episódio da sexta temporada, quando retorna. Os moleques perguntam, então, onde diabos ele esteve esse tempo todo e o garoto responde, em sua voz abafada, “I was right over there” (Estava logo ali). Depois disso, ele só voltou a morrer em alguns poucos episódios.

Butters: O meu preferido e, por isso mesmo, foi ele quem escolhi para ficar no destaque lá em cima. Além de ser, talvez, o mais bonitinho de todos, é o grande nerd de South Park (nas primeiras temporadas, esse papel era ocupado pelo britânico Pip, mas logo perceberam que Butters era muito mais carismático e Pip foi, aos poucos, desaparecendo). Durante a primeira parte da sexta temporada, substituiu Kenny como o quarto amigo dos protagonistas. Na verdade, a intenção de Trey Parker e Matt Stone ao matar Kenny era justamente colocar Butters no seu lugar, pois achavam que era um personagem muito bom, que mereceria ser mais bem aproveitado. Depois decidiram fazer um rodízio do quarto personagem (durante esse tempo, a vaga foi ocupada pelo estressado Tweek) e, posteriormente, optaram por trazer Kenny de volta. Ao contrário de todas as outras crianças que vivem em South Park, Butters é inocente e acredita que as pessoas são boas. Por isso mesmo, é o mais constante alvo da exploração do Cartman. Para completar a tragédia, o aniversário dele é em 11 de setembro.

Professor Chaos, arauto do mal e da destruição: Depois de muita humilhação, Butters começou a se sentir isolado da sociedade e seu lado negro aflorou na pele do terrível Professor Chaos, que nada mais é do que o menininho usando uma máscara feita com papel alumínio. O Professor Chaos tem o objetivo de bagunçar a sociedade para fazê-la pagar pela forma com que o tratou. Seus planos incluem inundar o mundo abrindo a mangueira do quintal de sua casa ou destruir a camada de ozônio comprando (e usando) um monte de sprays. A dupla criadora declarou que a idéia do Professor Chaos veio porque eles acharam que alguém que sofria tanto quanto o Butters eventualmente iria querer se vingar. O problema é que ele é tão bonzinho que até o seu lado negro é fofo.

Token: Lembra que eu disse que todo mundo era da mesma classe social, menos duas famílias? Pois então, a de Kenny é uma, a de Token é a outra. E eles são podres de rico. Token, contudo, não se sente rico e fica inclusive triste pelas outras crianças tirarem sarro disso. Isso fez com que elas parassem de chamá-lo de rico e começassem a chamá-lo de mariquinha, já que se ofende tão fácil. Ah, sim, Token é também o único aluno negro da escola e isso gerou uma história interessante. A Comedy Central proibiu os dois criadores de fazerem a voz de Token, pois é “muito racista um branco dublar um negro” (vai entender a lógica disso). Portanto, os dois tiveram que pedir para que o único negro da equipe (Adrien Beard) fizesse a voz do personagem. Parker e Stone consideram isso irônico, pois acreditam que são capazes de soar mais “negros” do que Beard. Realmente, isso faz sentido, já que Token definitivamente não tem aquele jeitão cool que todos os negros têm em séries estadunidenses. E é isso que o torna um personagem tão legal.

Timmy: Um menino meio retardado, que só fala o próprio nome e que anda em cadeira de rodas é basicamente pedir por um processo. Isso, por incrível que pareça, nunca aconteceu e Timmy logo se tornou um dos personagens mais queridos da série (chegando inclusive a cantar parte da música tema na quinta temporada) e, surpreendentemente, acabou se tornando muito querido mesmo entre as pessoas deficientes. Inclusive, no início, a Comedy Central meio que proibiu os caras de usarem o personagem, dizendo “não, vocês não vão tirar sarro de uma criança retardada”. Por causa disso, a primeira aparição de Timmy foi muito curta, basicamente uma piadinha rápida. Com o sucesso do personagem, logo encomendaram um episódio dele e o resultado foi o excelente Timmy 2000, onde ele entra como vocalista numa banda de Rock (lembre que ele consegue falar apenas o seu nome).

O legal é que Timmy, apesar de suas óbvias limitações, não é tratado como alguém inferior (nem pelos criadores nem pelos outros personagens) e essa forma de tratá-lo como uma pessoa como qualquer outra (inclusive podendo ser humilhado pelas outras crianças, como acontece com o Butters ou com qualquer outro) acaba contribuindo para o charme do personagem. Eu mesmo sempre fui adepto de respeitar as pessoas enquanto pessoas, não por elas serem mais velhos, mulheres ou deficientes. Aparentemente, Parker e Stone concordam com isso. Uma das melhores piadas com isso foi quando a professora nova, Miss Choksondik, exclama para a diretora da escola que uma das crianças de sua classe era retardada, e a diretora exclama, surpresa, “Qual?”.

Jimmy: O sucesso de Timmy fez com que a Comedy Central incentivasse a criação de mais um personagem deficiente. O resultado é Jimmy, que precisa de muletas para andar e é gago. Jimmy é um comediante stand-up e também é muito querido, tanto pelas outras crianças (o cara é um dos mais populares da escola), quanto do público em geral. Eu, contudo, acho o Timmy bem mais legal do que o Jimmy.

Chef: O cozinheiro da escola é um cara tarado e, justamente, por causa disso, é a principal fonte para solucionar as dúvidas sexuais das crianças. O Chef é realmente um dos personagens mais divertidos da cultura Pop, com suas músicas falando de sexo (até quando vai explicar o que é menstruação ou falar para as crianças não usarem drogas ele cai no assunto) e sua obsessão por “fazer amor gostoso perto da lareira”.

Ah, sim, a voz do cara é do cantor de fuck music Isaac Hayes em pessoa. Ou melhor, era, já que o cara pediu demissão quando a série zoou a sua religião (a Cientologia, no episódio Trapped in the Closet), em um dos maiores atos hipócritas da história da televisão estadunidense (uma vez que ele nunca se incomodou com todas as tiradas a outras religiões). Assim, o personagem foi morto no episódio The Return of Chef e infelizmente, nunca mais deve voltar. Até porque, pouco tempo depois, o cantor também morreu em uma situação completamente não relacionada. FNORD!

Mr. Garrison: O professor original das crianças é um dos que tem a história mais complicada. Como personagem, ele é um canalha, um babaca mesmo, daqueles que, se você erra a pergunta, ele responde “Ok, alguém que não é retardado quer tentar responder?” (você com certeza já teve um professor assim). Originalmente, tinha como mascote um fantoche que chamava de Mr. Hat e com quem tinha uma relação muito estranha. Depois, se assumiu gay e trocou seu fantoche por um cara em fantasia de Rob Halford que se chamava Mr. Slave. Já Garrison incentivava os alunos a chamarem-no de “assistente do professor” (teacher’s assistant) ou, para abreviar, “teacher’s ass” (bunda do professor). Depois, fez uma operação de mudança de sexo e passou a se considerar a pessoa mais feminina de South Park. Mesmo ainda tendo a mesma personalidade e a carequinha. Uns anos depois, fez outra operação de mudança de sexo e voltou a ser homem.

Muitos outros personagens mereciam estar aqui, pois não faltam figuras na cidade. Temos, por exemplo, a turminha gótica (que tem uma frase muito boa dita de um deles para outro: “Eu sou tão não conformista, que não vou me conformar em ser igual a vocês”), o Towelie (uma toalha maconheira que fala) e, é claro, o cachorro gay do Stan (que é interpretado pelo George Clooney, que realmente foi até o estúdio para fazer barulhinhos de cachorro). Isso para não falar de Satã, Jesus, Papai Noel, Deus (em um dos melhores designs do Criador que eu já vi na vida), Saddam Hussein, Terrance & Philip (uma dupla de comediantes canadense – e todo canadense no desenho tem a cabeça separada pela boca) e tantos outros igualmente bizarros e engraçados. Vale a pena assistir à série para conhecer todos eles.

O FILME E OUTROS PROJETOS

Em 1999, foi lançado o filme South Park: Maior, Melhor e Sem Cortes que é, em minha opinião, uma das melhores comédias da história do cinema (e com certeza a mais ácida). Neste longa, vemos a briga dos pais de South Park para impedir que os filmes falem palavrões (violência pode – metalinguagem ruleia!), o que acaba gerando uma guerra contra o Canadá e possibilita uma invasão de Satã e Saddam Hussein à terra.

Em 2001, uma nova série de autoria de Parker e Stone estreou na Comedy Central. Trata-se de That’s My Bush, e é uma sitcom que parodia sitcoms e, obviamente, o presidente Bush. Essa série só ganhou oito episódios, exibidos entre abril e maio do ano em questão e hoje está disponível em DVD. Chegou a passar no Brasil por alguns meses, mas logo sumiu de vez, até porque era meio ruim mesmo.

Em 2004, a dupla fez o longa de marionetes Team America, outra pérola do humor ideológico, mostrando a estúpida necessidade dos EUA em se meter nos problemas dos outros. Tão bom quanto South Park e inclusive ostentando as mesmas qualidades e defeitos. O chato é que a produção deste foi tão difícil que eles disseram que não devem fazer mais filmes para cinema. Uma pena.

CONCLUSÃO

South Park é o meu desenho preferido e, ao lado de Scrubs e Father Ted, meu programa de TV preferido e, sem dúvida, é o que mais me faz rir dentre os três. Se você curte humor nonsense crítico, não pode perder. O difícil vai ser você conseguir vê-lo na TV. Ele passa eventualmente na MTV, no Multishow e no Locomotion (neste com uma dublagem nojenta e amadora, que parece ter sido feita por moleques), mas nunca teve um horário fixo por muito tempo e normalmente eu conseguia vê-lo por pura sorte, até que eu finalmente desencanei e comecei a comprar os DVDs na Amazon (esse link vai levar você para o site, daí basta fazer uma busca para encontrar todas as temporadas e mesmo alguns DVDs de coletâneas). Eu sugiro que você faça o mesmo, pois os episódios mais recentes são tão bons, ou até melhores, que os clássicos que todo mundo assistiu no final dos anos 90.

Se você está com saudades da série, mas não quer comprá-la ainda, todos os episódios estão disponíveis para serem assistidos legalmente neste link. Tem horas de diversão aí. =)

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