Contexto importante antes de você ler esta minha análise Princess Peach Showtime. Eu sou o cara que em 2008 escreveu um texto exaltando a fofura. E embora muitos caras tenham gostado do texto na época, teve alguns que acharam “estranho” um homem gostar de coisas fofas. Pois estes mais inseguros podem ficar realmente incomodados com o novo jogo da Princesa Peach.
Temos aqui um dos videogames mais meigos e fofos já lançados. Tudo aqui causa brilho, glitter e arco-íris. E, meu amigo, eu amo muito tudo isso! *-*
REVIEW PRINCESS PEACH SHOWTIME
Talvez o jogo mais fácil de comparar com Princess Peach Showtime seja qualquer um do Kirby. A Peach aqui tem um conjunto de habilidades próprias, mas o grosso do jogo é passado dentro de fantasias. E cada uma delas altera completamente o jogo. Não apenas as mecânicas, mas até mesmo as animações da Peach em cada uma delas são únicas.
A diferença entre este e o Kirby é que aqui você tem menos liberdade. Cada fase é pensada para uma roupinha específica e não dá para você entrar na fase da sereia vestida de confeiteira. Eu gosto disso, porque cada estágio é otimizado para maximizar sua diversão com aquelas habilidades. Além disso, impede aquilo comum no Kirby, de você precisar trazer uma habilidade de outra fase para pegar algo. Aqui cada fase é totalmente independente, como Miyamoto planejou quando inventou os videogames.
ROUPINHAS DA PRINCESS PEACH SHOWTIME
A variação é enorme. O jogo é basicamente um plataforma, mas dependendo da roupa, pode ficar bem diferente. A de Kung Fu, por exemplo, transforma o jogo em um beat’em up. A de ninja brinca com stealth. Já a de patinadora se inspira em games de ritmo.
Os controles são bem simples, com um botão que sempre pula, e outro que faz a ação da roupa. Mas as mecânicas são totalmente diferentes. O mais incrível é que quase todas são simplesmente excelentes. Eu sinceramente só não curti mesmo a de confeiteira e a de detetive, que são as que mais afastam o game de suas raízes de plataforma. Agora se for para apontar uma preferida, é muito difícil. A vaqueira e a ninja são destaques, mas a ladra também é muito divertida, bem como a espadachim e super-heroína. Cada fase é uma surpresa, e as surpresas parecem ser sempre boas.
QUERIA MAIS PRINCESS PEACH SHOWTIME
Algumas roupas, aliás, são tão boas, mas tão boas, que você vai querer mais fases com elas. Infelizmente, cada uma tem apenas três estágios. Esta equidade é um tanto frustrante, porque claramente algumas rendem mais. A de detetive e de confeiteira até são legais para limpar o paladar, mas elas não precisavam de três fases cada. Já a ninja ou a vaqueira são legais o suficiente para carregar um jogo inteiro nas costas.
Até a Peach padrão é bacana, com seus movimentos graciosos e ataques que apenas fazem os inimigos saírem correndo. Ela é pouco usada, no entanto, aparecendo apenas no início da primeira fase de cada roupa. Chama atenção a quantidade de cosméticos para ela, considerando que você quase não a vê de vestido.
UMA FOFURINHA
Alegria e fofura são características padrão nos first parties da Nintendo. Mas Princess Peach Showtime vai além disso. Os movimentos da princesa são absurdamente graciosos e é tudo tão colorido e brilhante que é literalmente de encher os olhos. Enquanto jogava, minha filhinha estava com uma amiga aqui, e sempre que elas passavam na sala ficavam olhando para a TV hipnotizadas, soltando exclamações e óuns. E eu mesmo soltava um sorriso cada vez que aparecia um arco-íris, uma explosão de glitter ou algo do tipo. Sem exagero, eu devo ter passado 80% do meu tempo com o jogo sorrindo.
Curiosamente, a performance não é tão boa quanto costumamos esperar da Nintendo. O jogo parece rodar a 30 fps, mas de forma bem instável, com slowdowns constantes. Eu sinceramente não manjo muito da construção técnica de games, mas me parece que Super Mario Odyssey tem gráficos mais pesados do que este. Então não sei explicar porque ele roda a 60 quadros por segundo e este não. Isso afeta o conforto, mas é quase irrelevante na diversão que, felizmente, se mantém alta durante toda a campanha.
PRINCESA PÊSSEGO VS. MADAME UVA
O jogo também tem vários chefes, não apenas um por mundo. E todos os chefes, sem exceção, são ótimos. Sim, até mesmo o último. Ajuda que nenhum deles vai testar a paciência. Princess Peach Showtime é um game bem fácil naturalmente, mas ele ainda dá opção de jogar com três corações extras, o que deixa a possibilidade de fracasso quase inexistente.
É um game que vai agradar muito as crianças pequenas, mas acredite em mim quando digo que simplesmente amei. Não é sempre que quero que um game dure mais do que durou, mas este é um caso em que isso aconteceu. Eu não esperava isso, mas depois de jogar, coloco Princess Peach Showtime entre os melhores exclusivos de Switch, ao lado de games como Super Mario Wonder, Super Mario Odyssey e Kirby and the Forgotten Land. Se você tem um Switch em casa e não fica incomodado com fofura extrema (ou, como eu, gosta disso) precisa jogar.