ATENCIÓN: El cuento abajo és baseado em fachos reales inalterados. Todo está exatamiente como he acontecido. También és todo completamiente fictício.
Uma das coisas que mais queria fazer em San Pedro de Atacama era subir em um vulcão. Isso é algo que quero fazer desde criança, provavelmente influenciado por desenhos como Johnny Quest. Quando vi que isso era possível ali, já fiquei animadão para o meu dia de aventura vulcânica.
Porém, de acordo com um guia de viagem em livro que compramos, era possível subir no vulcão Licancabur (o principal da região, porém inativo) em um trekking de dois dias. Dois fuckin’ dias? Sem flyin’ fuckin’ chance!
Felizmente, chegando lá, vimos que existiam outras opções além do Licancabur. Inclusive, a opção mais rápida, mais barata, mais fácil e, segundo os guias locais, mais interessante, era a escalada no vulcão Lascar, pois era o único ativo. Vulcão ativo? Escalada de apenas um dia? Hell fuckin’ yeah! Tô dentro!
COMPRANDO O PASSEIO
Agora veja bem, escalar o Lascar era, sim, a opção vulcânica mais barata. Mas isso de forma alguma significa que era um passeio barato. Custou 80 mil pesos, o que pode ser convertido em 160 dólares ou 320 reais. Caro de lascar, né? Doeu no bolso, sem dúvida, mas ei, quando eu vou poder escalar outro vulcão ativo?
Mas não foi fácil assim comprar o passeio. Quando entramos na agência, fomos recebidos por um sujeito que parecia o Adam Goldberg de tiara. Falamos que queríamos escalar o Lascar e ele começou um questionário. Como vocês estão de saúde? Fazem exercícios? Qual foi o mais alto em que já estiveram?
Isso foi no nosso primeiro dia em San Pedro, e até então, acredito que o mais alto que estivemos tinha sido o Valle Nevado. Contamos isso para o Sr. Goldberg, que respondeu: “hum… Valle Nevado tem pouco mais de três mil metros. O Lascar tem mais de cinco mil”.
O sujeito realmente não era muito animador. Ele disse que iríamos ao Lascar, mas se passássemos mal, ele não deixaria a gente continuar lá, pois não seria bom pra gente. Isso me deixou até meio cabreiro. Poxa, a gente está pagando uma fortuna e se o cara cortar o passeio antes da gente chegar lá em cima, mesmo querendo continuar, não vai ser legal.
De qualquer forma, acabamos fechando e, assim que combinamos tudo, começaram as recomendações. Coma apenas coisas saudáveis até lá. Não coma carne, etc. Isso era num sábado e combinamos a escalada para terça. Cacildis, não comer carne por três dias? Tá doido, ô da tiara? A resposta: se você quiser, coma, mas nós vamos ver a carne de volta lá em cima.
De fato, a perspectiva não era muito animadora. E eu passaria os dias seguintes ao mesmo tempo ansioso e temeroso pelo que me esperaria na terça-feira.
CONTAGEM REGRESSIVA
Nos próximos dias, fizemos vários passeios ao mesmo tempo maravilhosos (pela beleza e exotismo dos locais) e terríveis (pelas exigências físicas do negócio). Inclusive, em vários deles, subimos a alturas acima dos quatro mil metros.
Eu fiz o possível para não comer carne nesses dias, o que não foi tão difícil, já que a carne é terrível no Chile. O único tipo de carne que parece existir lá é um tal de lomo. Em alguns lugares, me falaram que esse lomo era filet mignon. Em outros, falaram que era outra coisa. E eu até comi alguns lomos bons, mas no geral eram carnes extremamente gordurosas e nojentas. Para falar a verdade, a melhor carne que comi no Chile foi no McDonald’s (a Cinthia fez questão de comer uma vez lá para experimentar os hambúrgueres com abacate, que só existem no Chile), para você ter uma ideia do tamanho do problema.
O que foi terrível, no entanto, foi passar esses dias comendo apenas coisas saudáveis. O momento mais terrível foi na noite anterior ao passeio, onde resolvemos pedir um sanduíche vegetariano. O que veio foi um pão de hambúrguer enorme, recheado com uma quantidade pornográfica de alface, cenoura, tomate e afins, sem nem um molhinho ou algo do tipo para dar gosto. Por Satã, como foi terrível engolir aquilo. Coisas saudáveis dão vontade de vomitar.
IT’S TIME TO ROCK
Finalmente, chegou o dia da escalada. Acordamos às 5:30 e tomamos café no quarto do hotel com algumas coisinhas que compramos no mercadinho na noite anterior. Pouco depois, passam para nos pegar. Para minha felicidade, nosso guia não seria o sujeito da tiara, mas um outro chamado William. E ele pareceu bem menos assustado que o sósia do Adam Goldberg.
Nosso novo amigo nos explicou que tem uma cratera de onde dá para olhar dentro do vulcão que ficava a uma hora de caminhada a menos do que o topo. Segundo ele, a maioria das pessoas vai até lá e para, mas ficava a nosso critério até onde iríamos.
Ao entrarmos no jipe, o William nos informa que teremos uma viagem de três horas até sairmos do carro e continuarmos a pé. E o caminho foi um show à parte. Como não havia prédios ou qualquer traço de civilização no caminho, pudemos ver o Lascar o tempo todo. Eu olhava desafiadoramente para ele, como se dissesse “eu vou dominar você”. E ele olhava de volta, soltando fumaças pelo lado esquerdo, como se risse da minha cara, exclamando “vai nada”.
Lá estava ele. Cada vez maior. Cada vez mais desafiador. Cada vez mais sexy. E eu olhava para o desgraçado com a lascívia de quem olha para uma ruiva com bacon. Admito que a lascívia era tanta que poderia até dizer que tive uma leve ereção. Poderia, mas não vou. Mas tive.
Algum tempo depois, paramos num lugar lindo para tomar café da manhã. Ao sairmos do jipe, percebemos nossa primeira dificuldade: o frio. Mas resistimos como machos e seguimos em frente.
Pouco depois, encontramos um outro jipe, de outra agência de turismo, que estava empacado na neve. Paramos para ajudar, mas foi em vão, pois o veículo estava irredutível a sair dali. Assim, resgatamos o guia e o casal de brasileiros que estavam presos e seguimos todos juntos para o vulcão, como uma única turminha de aventureiros, feliz e saltitante.
Finalmente, chegamos à base do vulcão e ainda daria para subir mais um pouco de carro. Daria, se não fosse a maledeta neve que estava bloqueando o caminho. Teríamos que continuar a pé. Mas sem problemas. Somos jovens corajosos, fisicamente condicionados e confiantes. Esse maldito vulcão ia aprender com quantas moléculas de ar rarefeito se faz uma respiração profunda. Hell, yeah!
COMEÇANDO A ESCALADA
Aqui estamos nós, recém-paramentados, imediatamente após sair do carro e pegar o equipamento. Repare na garra, na energia, na vontade! A empolgação era tanta que, após tirar essa foto, até o William soltou um “hell, yeah”!
E aqui estamos nós, um minuto depois.
Amigo leitor, vossa senhoria não imagina quão difícil é escalar essa porcaria! Verdade seja dita, não era nem tão íngreme (pelo menos não no início). Eu cuspiria na cara de uma subida assim aqui em São Paulo e soltaria uma gargalhada começando com “Bwa”!
Porém, o preço cobrado pela altitude e pela temperatura foram realmente fortes. Você alguma vez já sentiu frio e calor ao mesmo tempo? Essa foi uma das sensações inéditas que tive nesta escalada. E aconteceu porque, nesse horário, já não estava mais tão frio quanto no café da manhã. O Sol raiava forte no céu, e nos esquentava bastante. Porém, tinha muito, muito vento. E esse vento era frio como as brisas de Valhalla. Sem falar que era forte, e estava contra nós, fornecendo mais um desafio a ser conquistado.
Para o amigo delfonauta ter uma ideia de quão cansativo era, posso fazer uma aproximação. Cada minuto de escalada cansava o equivalente a mais de dez minutos correndo sem parar. E parecia que de nada adiantava parar para descansar pois, por mais que você recuperasse sua energia, um minuto depois que voltasse a andar, já estaria ofegante de novo.
O casal que salvamos, por outro lado, desembestou e estava subindo numa velocidade impressionante. Logo, eles e seu guia eram apenas pontinhos na nossa visão. Pelo menos não nos sentíamos tão perdedores ao olhar para baixo e constatar que o jipe no qual viemos estava pequenininho, quase invisível. O pior é que, olhando para cima, parecia que o cume nunca se aproximava. Ele parecia parado no tempo e no espaço, não interessa o quanto subíamos ou quão longe o jipe ficava. Time stands still at the iron hill.
O guia tentava ajudar, ensinando as manhas de escalada. Ele falava que eu estava andando muito rápido, para ir mais devagar e constante, e para sincronizar os passos com a respiração. Agora veja bem: como eu já falei antes nessa série de textos, eu sou um patetão de 1,90 m que mal consegue andar e respirar ao mesmo tempo sem acabar tropeçando e quebrando o nariz. Você há de concordar que exigir algum tipo de sincronia de alguém como eu é como exigir que o Kratos sorria. E o Kratos não sorri, amigo delfonauta.
Depois de algum tempo, consegui desenvolver um tipo de sincronia que drenava minhas energias mais lentamente. Era mais ou menos assim: eu inspirava fundo parado e expirava o ar enquanto colocava um dos pés à frente. Parava novamente e repetia o processo. Deu certo. Eu agüentei andar por mais de uma hora dessa forma sem me cansar tanto.
Infelizmente, esse processo fazia com que eu fosse mais devagar que o guia e a Cinthia, que constantemente paravam para me esperar (e aproveitavam para descansar). Aliás, a Cinthia me impressionou muito, pois ela estava com uma energia que você não diria que uma garota de modelo portátil (dessas que dá para levar no bolso) teria. Embora ela estivesse tão ofegante quanto eu, ela conseguia manter um ritmo e uma velocidade nada menos que excelentes. Cheguei inclusive a pensar que eu ia arregar antes dela, o que não seria nada viril da minha parte.
A PRIMEIRA VÍTIMA
Algumas horas de caminhada, um esforço hercúleo e muito sofrimento depois, sentamos e fizemos uma pausa maior, para comer alguns chocolates (como a glicose é absorvida rápido, é uma das coisas mais apropriadas para ingerir nessa situação) e criar coragem para o resto da caminhada.
O William explicou que já tínhamos percorrido uns 65% do caminho, mas que o final seria o mais complicado, pois ia ficar cada vez mais íngreme (e já tinha ficado bastante íngreme na última hora). Olhei para a Cinthia e seus olhos começavam a dar sinal de derrota.
Perguntei se estava tudo bem e ela contou que estava começando a passar mal. Estava enjoada e com dor de cabeça, sem falar do cansaço extremo. Porém, ela não sabia se queria continuar ou não. Eu a incentivei, dizendo que mesmo que ela passe mal, isso vai ser temporário. Escalar um vulcão ativo é para sempre!
Minha empolgação a convenceu e continuamos a escalada. Mas ela estava claramente abatida. A energia e garra de outrora ficaram para trás e ela mesma começou a ficar para trás. Comecei a ficar realmente preocupado com a garota e eu mesmo falei que era melhor ela parar. Ela concordou e, imediatamente, desabou no desconfortável chão do vulcão.
O William falou para ela ir voltando pela mesma rota que fizemos e a encontraríamos mais tarde no jipe. “Não, peraí”, exclamei como bom macho protetor. “Descer é perigoso, ela não vai fazer isso sozinha”, e sugeri que ela esperasse a gente sentada lá e tentaríamos voltar logo para descermos juntos.
Ela também achou isso melhor. Demos uma garrafa de água para ela, nos despedimos e seguimos em frente, agora sem a garota que minutos atrás eu podia jurar que agüentaria mais do que eu.
UMA DONZELA EM PERIGO
A Cinthia ficou lá, sozinha, mas com bastante mantimento e, claro, com uma câmera fotográfica que ela usou para tirar algumas fotos do cenário e do William e eu subindo.
Quando nos reencontramos, ela contou que, após comer alguns chocolates, o cansaço era tanto que ela deitou ali mesmo, no desconfortável, íngreme e escorregadio chão do vulcão e dormiu. O engraçado foi quando ela acordou e se viu naquele lindo, porém inóspito, cenário. Imagina a confusão dela? Ou pelo menos ela contou que foi bastante confuso. Mas enquanto ela dormia e descansava, a minha aventura continuava.
SÓ NÓS DOIS: EU… E ELES
Perder a Cinthia foi um tremendo baque para mim. Não sei se por afeto ou por competitividade, vê-la subindo tão bem como ela estava fazendo me dava energias para continuar. Sem ela, foi como se eu perdesse meu principal incentivo.
O cansaço cada vez maior, aliado ao frio/calor simultâneos e à preocupação com a garota que deixamos para trás começava a fazer minha mente flertar com a ideia de desistir. E, logo, o próprio William começou a botar pilha para isso.
Depois de mais de uma hora subindo sem a Cinthia, já passava das quatro da tarde, e ele começava a se preocupar, dizendo que a descida demoraria mais de uma hora e que precisaríamos estar de volta ao jipe antes de anoitecer, ou seria perigoso. Além disso, ele repetia que, naquele ritmo, ainda tínhamos mais algumas horas de caminhada até a cratera.
Mas eu teimava. “Por Tutatis, hei de vencer”, repetia enquanto fazia o sinal do martelo e continuava andando, já percebendo, no âmago do meu ser, que a derrota se aproximava.
E a derrota chegou pouco depois, acompanhando o casal empacado que salvamos, que já estava voltando. Eles também não conseguiram chegar à cratera. Aparentemente, chegaram a menos de 200 metros da dita-cuja, mas o rapaz repetia, ao passar por mim rolando em posição fetal e chorando de frustração, que “200 metros é muito nesse lugar”. Assim, resolveram voltar. E desistiram antes mesmo de mim, embora tenham chegado mais longe.
Eu não queria desistir, mas de fato estava preocupado com o tempo e era, oficialmente, a única pessoa naquele vulcão que ainda não tinha desistido. Por pouco tempo, pois eu logo desisti também. Eu nunca fui bom em admitir a derrota, muito provavelmente porque nunca fui derrotado antes. Pelo menos não que eu admita. =P
O MAIS ALTO QUE JÁ ESTIVE NA VIDA
Mas era chegada a hora de desistir. Olhei para baixo e mal conseguia ver o jipe. Não acreditava no quanto tinha andado. Veja por si mesmo. E na galeria tem uma versão ampliada dessa foto, para quem quiser procurar o carro numa versão maior.
Tão perto, mas tão longe. Antes de descer, no entanto, precisava tirar algumas fotos, pelo menos registrando onde estava, ainda que mal tivesse energia sobrando para admirar os cenários.
E, a propósito, este sou eu no topo do mundo, ou pelo menos no mais próximo dele que consegui chegar.
A DESCIDA
Descer foi a pior parte. Era algo que eu sabia que teria que fazer, mas a ideia era fazer depois de olhar dentro do vulcão.
Quando você olha dentro do vulcão, o vulcão olha dentro de você!
Da forma que rolou, eu teria que pagar o preço sem ter recebido o benefício. A sensação foi exatamente como se eu tivesse levado uma garota para o meu quarto, ela não tivesse liberado e, mesmo assim, eu tivesse que dormir abraçadinho. Pagar o preço, sem o benefício.
Quem já fez algum tipo de escalada, ainda que numa escala menor, sabe que a descida exige bem menos energia, mas bem mais atenção. Isso porque você tem que olhar com calma em cada lugar onde está pisando, tomando cuidado para não cair, pois uma queda pode ser mortal. E eu caí quatro vezes. Felizmente, o pior que aconteceu foi uma leve torção no tornozelo.
Logo, o casal que desistiu antes de mim alcançou a Cinthia e os guias começaram a gesticular um para o outro. O William traduziu isso para mim como “ela está com problemas”. E nessa hora eu fiquei realmente com medo. Holy flying fuck, só falta ter acontecido alguma coisa enquanto ela estava sozinha. Só falta ela ter tentado descer por conta própria, caído e agora está com uma fratura exposta ou algo do tipo.
Felizmente, pouco depois vi que a Cinthia estava descendo com o casal e seu guia, o que me acalmou um pouco, pois se ela estava em condições de descer sem ser carregada, seja o que for não poderia ser tão ruim.
E lá vamos nós descendo, escorregando, caindo, levantando e recomeçando, pronto para fazer tudo de novo. E a descida foi realmente terrível. Além do medo de que eu mesmo saísse dali com uma fratura exposta ou com um buraco no crânio, a frustração e o ódio de mim mesmo que eu estava sentindo não estavam no gibi.
DE VOLTA AO JIPE
Quando chegamos aos jipes (no plural, pois o da outra empresa já havia sido desempacado e estava estacionado ao lado do nosso) e reencontrei a Cinthia – que felizmente estava bem, vai saber porque o William entendeu que ela estava com problemas – a primeira coisa que ela fez foi me dar os parabéns por ter chegado tão longe. O William me deu uma garrafa de água e um chocolate e aparentemente estavam todos felizes, até o outro casal. Será possível que só eu estava sentindo essa devastadora frustração por não ter cumprido nosso objetivo?
Ao finalmente parar de fazer esforço, pude perceber que minha cabeça realmente estava doendo muito. Estava doendo tanto, aliás, que achei surpreendente que isso não tivesse sido registrado racionalmente durante a escalada ou a descida, pois tenho certeza que não começou quando eu parei, embora só tenha sentido nesse momento.
De qualquer forma, a derrota estava consolidada e agora nos restava apenas o passeio da vergonha: a viagem de três horas de volta a San Pedro e ao nosso hotel.
CHEGANDO AO HOTEL
A Cinthia, que tem o superpoder de dormir em qualquer lugar e em qualquer situação (você já deve ter deduzido isso, considerando que ela dormiu em um fuckin’ VULCÃO ATIVO), foi dormindo a viagem inteira, sem nem se preocupar com a tremedeira do jipe nas estradas off-road que pegamos – e que fizeram minha cabeça literalmente explodir de dor, espalhando miolos (hum… miolos…) por todo o interior do carro.
Finalmente, umas três horas depois, já eram mais de oito da noite e chegamos ao nosso hotel. Nos despedimos do William e fomos direto para a cama, sem comer nem fazer mais nada, de tão cansados que estávamos.
Infelizmente, ao fechar os olhos para dormir, eu só me sentia daquele jeito familiar de todas as vezes que fui para a balada na esperança de pegar alguma garota: frustrado, 160 dólares mais pobre e com o tênis cheio de areia.
Na semana que vem vamos publicar o nosso tradicional especial anual do Dia do Rock, então este especial Viagens Delfianas fará uma pausa. Na semana seguinte, finalmente fechamos as aventuras chilenas com a resenha dos shows do Gamma Ray e do Manowar em Santiago. Até lá!