Neste episódio, nossa viagem daria uma boa acalmada. Afinal, agora estaríamos em pequenas cidades, sem tanta coisa a ser vista além de simplesmente aproveitar o sabor do local.
Tema do episódio de hoje: Yanni – Santorini
MÍCONOS
Míconos é uma cidade conhecida por suas belas praias. Nosso roteiro contemplava dois dias ali sem nenhuma tour, apenas templo livre para explorar a cidade.
Alugamos um quadriciclo para nos locomover pela região (40 euros por dia) e pronto, Míconos era nossa. Eu me senti no GTA, com um veículo só para mim e uma cidade inteira a ser explorada. Especialmente porque eu acho dirigir quadriciclos algo muito divertido.
Porém, fica a dica: não viaje sem sua carteira de motorista, pois por muito pouco não conseguimos alugar, já que nem eu nem a Cinthia estávamos com as nossas. De agora em diante, eu sempre vou levar a CNH para uma viagem, pois o tempo que perdemos para achar um lugar que alugasse para nós poderia ter sido muito melhor aproveitado.
Quadriciclo alugado, perguntamos para o nosso guia qual era a praia mais tranquila? “Kalafatis”, ele disse. E a mais bonita: “Kalafatis”, ele disse. Bom, não tinha dúvida então, vamos a Kalafatis. E lá fomos nós.
A praia era bonita. De diferente do Brasil, tinha as montanhas que a rodeavam, mas em geral eu diria que as praias daqui são até mais bonitas. Além disso, lá não tem areia, é pedrinha, o que machuca para andar descalço. Mesmo o mar não é tão apropriado para banho, pois tem muitas pedras e o chão é muito irregular.
O que me surpreendeu é que tinha três garotas fazendo topless ali, coisa que eu nunca vi no Brasil e achei que só acontecesse em praias específicas para isso. E me surpreendeu ainda mais que as pessoas não ficavam olhando. “Ei, tem peitinhos lá, você não tá vendo?”, dava vontade de gritar. E tinha crianças e famílias por ali. Sério, que indecência.
Ficamos um tempo lá e resolvemos ir para outra praia, que o mapinha que pegamos dizia que também era muito tranquila: Aghios Ioannis. Na real, nenhuma das duas era assim tão tranquila. Já peguei praias bem mais desertas aqui no Brasil, mas talvez sejam as mais tranquilas de Míconos.
A Aghios Ioannis tinha o mesmo problema do mar cheio de pedras, o que viríamos a descobrir que é uma característica das praias gregas. Então se você gosta de tomar sol em um lugar bonito, vá lá, mas se seu negócio é brincar na água, fique no Brasil mesmo.
O mais legal de Míconos mesmo eram as paisagens que você via enquanto andava de quadriciclo pela região. É sem dúvida uma terra linda.
DELOS
Presta atenção, é Delos, não DELFOS.
Delos é uma ilha próxima de Míconos na qual nasceram deuses como Apolo e Ártemis. Lembra no God of War: Ascension aquela ilha que tem uma estátua enorme de Apolo? Pois aquela é Delos, e eu estive lá! =]
Para chegar lá, é só pegar um barquinho nas docas de Míconos. Você tem que pagar o barquinho e a entrada na ilha, o que dá um total de uns 25 euros por pessoa. E vou dizer, foi o lugar da Grécia que eu mais gostei, até porque estávamos sem guia e pudemos explorar à vontade, indo para onde desse na telha.
Na entrada tem um mapinha com algumas rotas sugeridas e a duração delas, que iam de 90 minutos a cinco horas. Nós não tínhamos muito tempo (cerca de três horas até o último barco sair), então resolvemos seguir nosso próprio caminho, indo na direção das coisas que mais nos chamassem atenção.
Essa mentalidade nos levou para cima, até para podermos ver mais da ilha.
Coisas para ver não faltavam, é uma pena que não pudéssemos ficar mais tempo.
Uma coisa que nos chamou a atenção é uma enorme escada que levava para a montanha mais alta da ilha. Será que vale subir? Fomos. E a vista lá de cima era realmente impressionante.
No entanto, me arrependi de ter subido lá, pois era só a vista mesmo, e você tinha que descer pelo mesmo caminho. Andar entre as ruínas era mais legal. Por exemplo, uma dessas ruínas, era a Casa da Cléopatra.
EXPLORANDO O CENTRO DE MÍCONOS
Quando deu o nosso tempo e tivemos que pegar o barco de volta, era hora de explorar o centro de Míconos, com suas ruas estreitas, casinhas brancas e moinhos.
Era bem charmoso, mas eu gosto mesmo de ver coisas históricas, então foi um passeio que a Cinthia acabou curtindo mais do que eu.
Dali resolvemos pegar nosso quadriciclo e ir até a praia mais badalada de Míconos, chamada Paradise. E essa também foi algo que eu nunca tinha visto.
Sabe aquelas praias que você vê em filmes estadunidenses, com gente dançando, concurso de camiseta molhada e coisas assim? Tipo as do filme Piranha? Pois é exatamente assim.
Tem um palquinho onde minas e caras desinibidos ficam dançando e se exibindo e um DJ que fica animando a festa. É bem barulhenta e focada a um público jovem baladeiro, o que eu nunca fui. Nem jovem, nem baladeiro.
E essa foi nossa passagem por Míconos. Dali, iríamos pegar uma outra balsa para conhecer…
SANTORINI
Nosso primeiro passeio em Santorini foi um barquinho que nos levou para tomar banho em águas vulcânicas que, por causa disso, eram quentinhas.
Vou dizer que não me marcou muito. À tarde faríamos um city tour, que teria apenas uma parada digna de interesse: Oia (pronuncia-se Ía).
Se você já ouviu falar de Santorini, é exatamente de Oia que você ouviu falar. É neste bairro que ficam as famosas e românticas casinhas brancas.
E tem um ponto específico ali que ficou famoso. Assim, se você já viu alguma foto de Santorini, provavelmente foi bem parecida com essa, já que este é o local famoso.
A principal atração de Oia, surpreendentemente, não são as casinhas brancas, mas o pôr-do-sol, que é considerado (sei lá por quem) um dos mais bonitos do mundo. Quando estávamos esperando o sol se pôr, tinha até um cara do lado que comentou que foi para a Grécia só para ver este pôr-do-sol. Que puxa, não? Pois bem, delfonauta, aí está ele.
Achou bonito? O mais bonito que você já viu? Sei lá, é um pôr-do-sol. É bonito, especialmente porque você vê o sol se pondo bem no lugar onde o céu encontra a terra, já que não tem montanhas no horizonte, mas no final das contas, é um pôr-do-sol. E olha o trânsito de gente que você tem que encarar para sair de lá depois.
O que foi uma caminhada de menos de cinco minutos para ver o pôr-do-sol se tornou uma caminhada de 40 minutos para voltar. E eu não sou muito fã de amontoados de gente, a não ser que seja em uma orgia com anões besuntados em azeite de oliva.
Para jantar neste dia, finalmente achamos um lugar que vendia os tradicionais sanduíches de gyros. Talvez você os conheça como churrasquinho grego. A carne é naquele mesmo esquema, mas na Grécia é bem mais fácil achar gyros como acompanhamento de um prato com outras coisas. Eu estava doido para experimentar os sanduíches, que, diferente do brasileiro, é feito em um pão semelhante ao sírio chamado pita. É bem gostoso. Tem até batata frita. DENTRO dele. Sanduíche com batata frita, esses gregos não sabem mais o que inventar.
FIRA
O dia seguinte era nossa última manhã em Santorini (à tarde voltaríamos para Atenas para pegar o voo de volta ao Brasil). Resolvemos passar a manhã no povoado de Fira, que é a capital de Santorini.
É basicamente o centrão, com um monte de lojas, mas também belíssimas vistas da Caldera, um arquipélago circular onde fica uma caldeira vulcânica (o mesmo lugar das águas quentinhas, lembra?).
O mais marcante, no entanto, foi o suco de cacto que tomamos. Foi caríssimo, coisa de 10 euros, mas foi nossa única oportunidade de experimentar um suco de cacto. E é bom, mas não 10 euros bom.
E essa foi nossa viagem pela Grécia. Semana que vem encerraremos a temporada com nossa passada pela Turquia, onde conhecemos coisas como a Mesquita Azul, a Hagia Sophia e o Palácio de Topkapi. Mantenha-se delfonado.
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