E3 2010: Um balanço sobre o maior evento gamer do ano

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Ontem foi o último dia da E3 2010. Muito embora isso não tenha acabado com a avalanche de trailers e novidades, como você pode ver nas nossas últimas notícias, é fato que os games e as news mais pintudas já foram dadas no início da semana.

Sendo assim, que conclusão a gente pode tirar da E3 deste ano?

Simples: a Nintendo continua na ponta, chutando os traseiros da concorrência com força!

Não pense que isso é coisa de fanboy. Muito pelo contrário, aliás, eu nunca fui fanboy da Big N.

O primeiro console da Nintendo que eu tive/tenho foi o Nintendo DS, e isso de dois anos para cá. Minha infância foi dominada pelo Sonic e pelo Mega Drive, seguidos por duas gerações de Playstation, e atualmente um Xbox 360.

Mas é um fato que desde o lançamento do Nintendo Wii, no já longínquo ano de 2006, a casa do Mario despontou como um sinônimo de qualidade, inovação e criatividade.

Apesar de não primar por gráficos ultra-realistas, imagem em full HD ou tecnologia de ponta, o Wii ganhou o mundo por ser diferente, inovador. Ele quebrou aquele velho estigma de que videogame é uma coisa sedentária. Botou as plataformas hardcore no chinelo por atingir uma fatia da demanda que até então era praticamente ignorada: os jogadores casuais.

Mesmo quem não gosta e/ou não tem um Wii deve dar o braço a torcer: é MUITO divertido se reunir com os amigos para jogar Wii Sports, ou algum outro game do tipo. E isso vale não só para uma reunião de amigos, com também para as nem sempre legais reuniões de família. Salvo alguns casos extremos, até a vovó se diverte dando umas raquetadas/rebatidas/porradas virtuais!

No campo dos portáteis, a Big N também domina, com o Nintendo DS e suas variações, console que é atualmente o mais vendido do mundo. Isso mesmo, o pequeno notável vendeu mais até que o mega popular Playstation 2.

Porque eu estou dizendo tudo isso? Para você ver que o “estrago” da Nintendo e sua inventividade foram tão astronômicos no bolso da concorrência, que elas trataram de meter o rabinho entre as pernas e “copiar”, cada uma à sua maneira, a genialidade perpetrada pela Nintendo.

E foi isso o que dominou a E3 deste ano: as variações do Wii para Playstation 3 e Xbox 360.

A Sony investiu em um periférico de formato duvidoso intitulado PS Move, cujos recursos são basicamente iguais aos do concorrente.

Já a Microsoft optou por algo mais imaterial, deixando as mãos do jogador livres com o Kinect, uma traquitana com câmeras e microfones para captar a movimentação, a voz e as expressões faciais do jogador.

Ambos os mecanismos prometem ser muito legalzudos, e deverão vender horrores, mas mesmo assim, não há mais aquele impacto, aquela revolução. Simplesmente porque a revolução já foi feita pela Big N, e estas novidades requentadas apenas seguem a maré, tentando aumentar a gama de funções de suas respectivas máquinas, em prol da jogatina casual que eu mencionei anteriormente.

Como a Nintendo confia no seu taco, e está muito bem, obrigado, com o seu Wii, a empresa decidiu apostar em um upgrade na família do já tremendão console portátil DS. Surge assim o Nintendo 3DS, que é simplesmente o primeiro aparelho que supostamente gera imagens 3D sem precisar de óculos especiais. E ainda cabe no bolso, e é compatível com toda a vasta biblioteca de títulos já lançados para os seus antecessores. Tá bom ou quer mais?

Após dar um tempinho para o mundo juntar o queixo caído, a Nintendo provou que não está para brincadeiras, anunciando que o lendário The Legend of Zelda: Ocarina of Time terá uma versão “remasterizada” exclusiva para o novo portátil.

E já que falamos de games, este ano a E3 foi um espetáculo. Novidades para todos os gostos, muitas delas exclusivas para uma ou outra plataforma. Foi tanta coisa legal que a gente não conseguiu noticiar tudo separadamente, e precisou fazer um apanhado geral com as novidades mais iradas, que você pode conferir aqui e aqui.

Mesmo assim, alguns vindouros títulos merecem destaque individual, entre eles Epic Mickey e The Legend of Zelda: Skyward Sword, God of War: Ghost of Sparta e Infamous 2, Silent Hill 8, Mortal Kombat, entre muitos outros.

E é isso pessoal. A E3 deste ano serviu para mostrar ao mundo que o cenário dos games realmente mudou muito de 2006 para cá, e hoje são os gamers casuais que movem o mercado.

Se a Nintendo iniciou esta mudança radical há quatro anos, deve ser aplaudida, pois reergueu-se (após um nem tão bem sucedido GameCube) em um mercado que era praticamente monopolizado pela Sony. Agora, cabe às demais empresas correr atrás do prejuízo e buscar suas respectivas fatias deste lucrativo bolo.

Se o PS Move e o Kinect se tornarão um sucesso, só o tempo dirá.

Mas escrevam o que eu digo: o Nintendo 3DS VAI ser um fenômeno, e talvez seja ele o ditador das regras na E3 de 2011, ou 2012. Depois disso, ninguém mais ganha nada, pois o mundo já terá acabado. =]

P.S. Se você perdeu algum detalhe da nossa super cobertura da E3 2010, faça o seguinte: clique aqui ou na tag E3 2010 ali embaixo, e encontre todas as notícias deste evento tremendão reunidas!