Já pensou se, além de todos os superpoderes que as mulheres já têm na vida real, elas fossem capazes de ouvir os pensamentos dos homens? Certamente seria um Mundo em Caos. Pois é justamente essa a premissa deste filme: esta é nossa crítica Mundo em Caos.
CRÍTICA MUNDO EM CAOS
Em um futuro distante, a humanidade foi colonizar outro planeta. Ao chegar lá, no entanto, descobriu que todos os pensamentos passaram a ser transmitidos. Isso acabou sendo chamado de ruído, e as pessoas lutam a vida inteira contra pensar coisas que não querem que as outras saibam. A pegada? Esse problema não afetou as mulheres, que continuam com seus pensamentos privados como sempre foram.
A história começa em uma aldeia onde o Mads Mikkelsen é o prefeito e o Peter Parker é um órfão. Aliás, ele não é o único, pois não existem mulheres nessa aldeia. Segundo o prefeitão, os habitantes nativos do planeta mataram todas as femininas em uma guerra do passado. Que horror, não? Já pensou viver sem mulheres? O mundo seria um poço de competições de arrotos!
ENTER THE GIRL
A-há, mas nosso querido Homem-Aranha não vai ter que viver nesse mundo por muito tempo. Afinal, uma nave cai no planeta e quem sai dela é ninguém menos do que a Rey de Star Wars. Depois de suas aventuras pela galáxia, ela colocou uma peruca amarela e foi cair logo perto da vila do seu Mikkelsen.
Papo vai, papo vem, agora o Tom Holland está fugindo dos seus patrícios com o objetivo de levar a moçoila para uma outra vila, onde ela estará protegida. Essa é a parte “aventura” da coisa toda. E não é ruim, mas também não é nada muito especial ou marcante.
OUVINDO PENSAMENTOS
Uma coisa muito legal no filme é justamente a forma como eles resolveram os “pensamentos públicos”, não apenas no roteiro, mas também no imagético. Sim, a forma mais óbvia era colocar a voz do ator sem ele mexer a boca, mas além disso, fizeram com que aparecesse uma neblina perto da cabeça do personagem quando ele estivesse pensando. Funciona muito bem.
O roteiro também faz um ótimo trabalho, aproveitando essa “ferramenta” como algo que pode ser usado tanto para aumentar a tensão quanto para alívio cômico. Eventualmente, os personagens chegam até a “projetar” imagens. E não dá para não rir com o protagonista pensando como a moça é bonita, e se ela vai beijá-lo, ao mesmo tempo que tenta esconder que está pensando isso.
Essa parte dos pensamentos é de longe o que o filme traz de mais especial, e me fez pensar a bagunça que o mundo seria se tudo que a gente pensasse fosse público. Afinal, a gente reflete sobre diversos assuntos, muitas vezes considerando opiniões, argumentos e ações que são contrários ao que realmente acreditamos. Disso para causar desentendimentos, ou pior, guerras, é um pequeno passo.
Assim, Mundo em Caos é um filme legalzinho, com uma ambientação bacana e que até diverte. É uma aventura bem-humorada e descompromissada, que não vai mudar sua vida, mas certamente vai entretê-lo por quase duas horas.
