Eu imaginei que Dente por Dente fosse fazer parte desses filmes nacionais de qualidade, que têm saído em maior quantidade nos últimos anos. Coisas tipo Bacurau, sabe? Não foi o caso, e você vai descobrir o motivo na nossa crítica Dente por Dente.

CRÍTICA DENTE POR DENTE

Ademar (Juliano Cazarré) é dono de uma empresa de segurança a serviço de uma grande construtora. Ao encontrar seu sócio morto e com uma maleta cheia de dinheiro, ele inicia uma investigação para tentar descobrir o que aconteceu. Obviamente, a coisa é bem mais profunda do que um simples assassinato.

Crítica Dente por Dente, Dente por Dente, DelfosDente por Dente é um filme que se esforça muito para parecer sério e adulto. Porém, as atuações são todas naquele padrão Globo de qualidade. Todo mundo aqui parece estar atuando na novela das sete, manja? Isso faz com que cenas que deveriam ser sérias e tensas acabem arrancando risadas. Não adianta, é impossível fazer um thriller sério sem atores no mínimo competentes.

Curiosamente, Dente por Dente não é um desastre técnico. Eu achei sua direção boa, com planos criativos e uma grande quantidade de cenas bem estilosas. E, claro, podemos ter uma longa discussão em relação a quanto do trabalho dos atores pode ser atribuído a um diretor ruim.

Cinéfilos com certeza conseguem citar muitos cineastas (M. Night ShyamalanKevin Smith vêm à mente) que arrancam boas atuações de seus atores mesmo quando estes são fracos e quando o filme em si é ruim. Assim, a impressão que fiquei é que Júlio Taubkin e Pedro Arantes sabem filmar de um jeito legal, mas carecem da habilidade de fazer atores globais parecerem bons.

A história também não ajuda. É tudo muito lento, muito enrolado. E, pecado máximo, deve ter uma dezena de cenas de sonho. Assim, apesar de ter pouco mais de 80 minutos, a projeção parece muito mais longa. Dente por Dente simplesmente não diverte, e também não tem uma história interessante para contar. Assim, fica difícil recomendar.