Três anos atrás um dos filmes que estava mais ansioso para assistir era a história de uma guerra entre vampiros e lobisomens. Afinal, um mote desses atiça a curiosidade de qualquer nerd que se preze. Para minha grande surpresa, achei Anjos da Noite – Underworld muito, mas muito ruim. Meu dia só foi salvo porque logo depois emendei uma sessão de Madrugada dos Mortos e aí foi só alegria.
Pois agora chega aos cinemas a continuação, Anjos da Noite – A Evolução. Posso dizer que o subtítulo realmente é um reflexo desta nova produção. Ele é muito superior ao primeiro, tanto na qualidade quanto no tamanho da produção. Dado o sucesso da modesta primeira película, A Evolução recebeu um orçamento bem mais generoso, o que é muito benéfico para um filme que necessita de bastante maquiagem e efeitos especiais.
Mas estou me adiantando. Antes, um pouco da história: o filme continua exatamente do ponto onde o primeiro terminou. Por isso, é recomendável reassistir ao filme de 2003 para refrescar a memória, senão é fácil se confundir com os muitos nomes citados e tramas interligadas. Marcus Corvinus, o primeiro vampiro, acorda de seu longo sono decidido a libertar seu irmão William, que por sinal também é o primeiro lobisomem, ou lycan na mitologia da série. Só que William, por ser o primeiro, é muito mais forte que os lycans mostrados anteriormente. Ele não tem o menor controle sobre sua selvageria e pode finalmente fazer a balança de poder pender para o lado dos peludões.
Só quem pode deter o louco plano de Marcus é a vampira Selene (Kate Beckinsale) e seu amante, Michael Corvin (Scott Speedman), o híbrido das duas raças, agora em pleno controle de seus poderes.
Em linhas gerais é isso. A história (com toda a pinta de RPG) realmente é o de menos na produção. O grande destaque fica por conta da excelente maquiagem do vampirão Marcus, dos efeitos caprichados (embora eu não seja muito fã de transformações em CGI de homens em lycans), das inúmeras cenas de ação (lobisomens decapitados detonam) e o som no talo. Ah, e Kate Beckinsale espremida numa roupinha de borracha, é claro. Muito embora eu a ache um tanto magrela, ela fica linda de caninos longos.
Quem gostou de Anjos da Noite – Underworld, com certeza não vai se decepcionar com esta continuação. Àqueles que, como eu, não gostaram do primeiro, A Evolução tem boas chances de agradá-lo desta vez, embora ainda não seja o filmão que tinha potencial para se tornar. A todos os outros, é uma aposta, mas como toda boa aposta, pode ser bem compensadora. E afinal, uma história sobre vampiros contra lobisomens sempre merece uma segunda chance.
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