No meio do jornalismo musical, muitas vezes ficamos sabendo de coisas que não podemos divulgar, até porque não sabemos se é verdade. Um desses boatos recentes é que o Angra ia acabar. Saca só o post que o Felipe Andreoli colocou no seu blog:
“Ah, se apenas vocês soubessem uma pequena fração de tudo o que aconteceu em 2007. É de deixar qualquer um maluco, e infelizmente eu não escapei… Mas agora tudo parece estar voltando ao normal novamente, algo como voltar do país das maravilhas, sabe? Jamais pude eu imaginar que as coisas podem mudar tanto e tão rápido na sua vida, e você às vezes só se dá conta quando é tarde demais. Nesse meio tempo você meio que larga mão de tudo, deixa a onda te levar, e só fica sabendo seu destino quando chega lá. Ok, chega de papo filosófico, e vamos falar do presente e do futuro, quem vive de passado é museu.
Dizem os sábios que depois da tempestade vem a bonança. Não sou homem do tempo, mas acho que a tempestade passou. Sendo mais claro, o Angra passou por um monte de mudanças muito radicais esse ano, e o processo não foi nada fácil. Basicamente nós enxergamos que a banda não iria muito mais longe se continuasse sendo administrada da forma como era. Felizmente tenho excelentes notícias pra vocês, que sem dúvida estão carentes de informação.
A principal mudança é que o Angra está mudando seu empresariamento. Este é um passo fundamental para a longevidade do grupo, pois os descontentamentos com o empresário já levaram a conseqüências terríveis no passado, e a história caminhava para o mesmo rumo novamente. Sinto-me muito feliz de compartilhar esta notícia com todos vocês que sempre apoiaram tanto o Angra e a mim. Os resultados desta reviravolta vão se refletir em toda a estrutura do grupo, desde os detalhes mínimos até os mais cruciais.
Uma vez concretizada a mudança, temos inúmeros projetos que queremos colocar em prática, e esta nova estrutura possibilitará que possamos realizá-los de maneira muito mais profissional, resultando em produtos de maior qualidade. Qualidade esta que também se refletirá, sem dúvida, no trabalho musical da banda, uma vez que claramente os músicos produzem mais e melhor quando estão satisfeitos e têm condições para trabalhar.
No mais é isso, respirem aliviados: o Angra está firme e mais forte do que nunca, e nós com mais vontade de trabalhar, compor, tocar e fazer tudo aquilo que sempre quisemos, por muitos e muitos anos ainda.
Muito obrigado a todos vocês que são parte fundamental desta história!”
Para quem não sabe, o empresário do Angra é o Antônio Pirani, dono da revista Rock Brigade. Na época da primeira cisão da banda, lembro de uma entrevista do Andre Matos à MTV onde ele dizia que o nome Angra era do empresário. Se o nome é dele, significa que a marca é dele, que o dono da banda é ele. E isso que é curioso nessa história: por que ele abriria mão dessa marca? Me parece que seria mais provável que todos os músicos saíssem da banda e formassem, juntos, um novo grupo e que o empresário, por sua vez, chamasse outros cinco para compor o terceiro Angra. Claro que isso não seria uma decisão boa para ninguém, mas enfim… Ainda queria saber o que levou o Pirani a abrir mão do nome da banda.