Análise Pokémon The Crown Tundra, The Crown Tundra, Pokémon Sword, Pokémon Shield, Delfos

Com a chegada de The Crown Tundra, a última DLC do Expansion Pass de Pokémon Sword e Shield, é claro que nós faríamos um review. Então, prepare-se. Aqui vai a análise de Pokémon Shield: The Crown Tundra!

As expectativas são coisas estranhas. Quando a expansão de Pokémon foi anunciada, fiquei bastante empolgado, porque Pokémon Sword e Shield é um dos melhores jogos da franquia. The Isle of Armor me decepcionou, no entanto, era o retorno a um jogo que gostei bastante. Já The Crown Tundra (que é bom deixar claro, é uma expansão bastante superior a The Isle of Armor), talvez tenha me agradado menos ainda, dada a minha falta de empolgação inicial.

Agora, com o fim do pacote de expansão dos jogos, estou até preocupado com os próximos passos da franquia. Para saber os motivos, continue logo abaixo.

The Crown Tundra: conheça o mistério dos Pokémon lendários

Desta vez, seu treinador viaja a The Crown Tundra, um local ao sul da região principal de Sword e Shield. Lá, há tantas lendas sobre Pokémon raros, que um ex-líder de ginásio, Peony, deseja se aventurar e desvendar todos os mistérios da região.

É aí que entra você, o treinador campeão cheio de méritos, que por qualquer razão, ninguém conhece nas DLCs. Seu papel é ajudar Peony a descobrir os Pokémon associados a três mistérios/quests. Você deve encontrá-los e capturá-los.

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Anote aí o que você precisa fazer!

O principal do novo conteúdo de gameplay e história de The Crown Tundra são estas missões. Antes de falar delas, vale mencionar os outros conteúdos e Pokémon que você pode encontrar na gélida região.

The Crown Tundra: quem escondeu todos os lendários no inverno?

The Crown Tundra está cheio de Pokémon lendários. Na verdade, se você considerar ambas as versões (Shield e Sword), estão todos lá! É até engraçado como uma região consegue reunir tanto bicho raro num lugar só. Foram poucas as vezes que a Game Freak foi tão “generosa” com os Pokémon raros que você pode obter.

Logo de início, seu treinador conhece uma caverna onde você pode “alugar” um Pokémon e enfrentar uma série de batalhas, todas de Dynamax, com os Pokémon gigantescos. Ao final, você enfrenta um Pokémon mais parrudo – o primeiro que encontrei foi, simplesmente, o Suicune!

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Esta é a sequência de batalhas com Pokémon gigantes!

Para muita gente, este será o prato principal da DLC, por permitir multiplayer local ou online com até quatro jogadores. Você só encontra a maioria dos lendários antigos neste modo. Há um jeito, inclusive, de liberar as Ultra Beasts, dos anteriores Pokémon Sun e Pokémon Moon.

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Eu falei que consegui capturar um Suicune!

A sacada? Você só pode escolher um Pokémon para alugar e ficar com apenas um dos que capturar a cada campanha na caverna. O fator replay aqui é bem alto. Também acho legal o estímulo a jogar com um Pokémon que você não está acostumado, uma vez que as opções que você pode escolher são sempre aleatórias.

The Crown Tundra: mas o conteúdo principal é bom?

Quando falamos de Pokémon, é lógico que tem um público aficionado que ficará satisfeito só com os novos Pokémon adicionados para capturar e treinar. São 210 ao todo, entre lendários, novas variantes, Pokémon novos e que retornam de jogos anteriores.

Para quem deseja ver conteúdo novo, no entanto, o foco deve ser as três quests com Peony para encontrar os lendários principais da DLC.

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Isso inclui perseguir um Zapdos!

The Crown Tundra é bem similar a The Isle of Armor, no sentido de que é uma enorme Wild Area totalmente aberta desde o início. A nova região é mais interessante, porém: além de um cenário mais variado e com mais “pontos de referência”, ela estimula uma exploração com mais propósito, uma vez que você deve vasculhar a região para encontrar os tais lendários para o Peony.

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Dica: encontre esta árvore. Há trechos de The Crown Tundra não congelados e eles mantém a beleza da Wild Area original.

É até impressionante como uma simples mudança dessas transformou a expansão em algo mais interessante. Este era o tipo de coisa que The Isle of Armor precisava ter para ser mais efetivo.

Aqui, um alerta: o conteúdo de The Crown Tundra ainda é bastante voltado a fetch quests e colecionáveis. Além dos métodos anteriores para capturar lendários, existem três cães raros que você precisa encontrar pelas pegadas de cada um. No total, são 150 pegadas (!) aleatórias pelo mapa com as quais você precisa interagir. Só assim esses Pokémon passam a ser encontráveis na Tundra.

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Só 2%?! Que sacanagem comigo, Game Freak!

The Crown Tundra: o problema desta expansão e de The Isle of Armor

Por este texto, pode até não parecer, mas gostei bastante dos originais Pokémon Sword e Shield. Eles não reinventaram a roda, mas evoluíram muito além das tradições da franquia e os conteúdos extras eram ora inofensivos ora muito legais, como os próprios Pokémon gigantes.

Veja, o problema destas expansões não é só que elas entregam pouco. O real problema é que elas entregam o que, antes, os jogadores não precisavam pagar a mais para obter.

Para ser mais claro: quase todos os Pokémon anteriores possuíam conteúdos extras relacionados a novas caçadas a Pokémon lendários. Pokémon Green, Blue, Red tinham a busca pelo Mewtwo ao final (e até o Mew bem, bem escondido). Para citar o mais recente, em Sun e Moon você podia capturar os guardiões da ilha e as Ultra Beasts, depois de ter finalizado a história principal. Eram mais de sete Pokémon raros, sem uma taxa extra por isso.

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Para encontrar os Pokémon Regis, você precisa encontrar estes templos e desvendar o puzzle para abrir a porta (todos bem simples).

Por fim, mesmo se desconsiderarmos esse fator, falta muito para as DLCs serem obrigatórias. As áreas de The Isle of Armor e The Crown Tundra são muito vazias. Há pouco para interagir e fazer nessas regiões, menos ainda do que no jogo base.

Pokémon flertou um pouquinho com o mundo aberto nesses jogos, mas foi bem tímido. Os cenários precisam construir um mundo mais vivo, que faça acreditar que estamos num mundo de Pokémon.

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Há avanços em comparação a The Isle of Armor, mas ainda é pouco.

Claro, não espero algo no nível de The Legend of Zelda: Breath of the Wild, ou quantidade de sidequests como as de The Witcher III. Mas nem treinadores para desafiar as DLCs têm.

The Crown Tundra: recomendado apenas para os fãs menos exigentes

O meu tempo em The Crown Tundra não foi ruim, mas eu tenho certeza que não vou me lembrar de metade do que joguei em alguns meses, como aconteceu com The Isle of Armor. Ou seja, bem diferente da aventura principal, que tenho memórias positivas mais de um ano depois de ter finalizado.

Falta conteúdo e até uma pegada linear, com um roteiro mais envolvente na história também. Sendo assim, a recomendação é apenas para os fãs mais fanáticos e menos exigentes. Para qualquer um fora dessa descrição, sugiro começar um novo jogo em Sword ou Shield para se divertir com os Pokémon Megazords.