Na minha pimpolhice, tinha um monte de coisas que a gente imaginava como seria legal se se misturassem. Freddy e Jason. Stallone e Schwarzenegger. Bruce Dickinson e Iron Maiden. Michael Kiske, Kai Hansen e Helloween. E, claro, Mario e Sonic. Dê tempo ao tempo, e todos estes encontros aconteceram. E vou dizer, talvez o encontro mais inusitado tenha sido justamente o do porco-espinho com o encanador.

Ainda me lembro quando escrevi a notícia sobre o anúncio do primeiro encontro dos dois. O trailer do Mario & Sonic at the Olympic Games original mostrava os dois protagonistas se encarando numa corrida. Que terminava empatada. E o jogo foi feito pela Sega. Aquilo nunca desceu para mim. Mas o tempo passou. O encontro dos dois nos jogos olímpicos se tornou tradição, e cá estou eu escrevendo uma análise Mario & Sonic at the Olympic Games Tokyo 2020.

ANÁLISE MARIO & SONIC AT THE OLYMPIC GAMES TOKYO 2020

Como os jogos anteriores, Mario & Sonic at the Olympic Games Tokyo 2020 é basicamente um party game, composto de uma seleção de minigames inspirada pelos esportes que fazem parte das Olimpíadas do ano em questão.

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Tema a força do Luigi!

Tem corrida, judô, natação, ginástica. Tem minigame pra caramba aqui, e ainda tem alguns bônus que não são de esportes. Por exemplo, correr atrás do carro do Eggman ou alcançar o barco do Bowser.

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Volta aqui, Bowser!

A principal novidade aqui é que o jogo – e o gameplay – se divide nas duas Olimpíadas sediadas em Tóquio: 2020, é claro, mas também em 1964. E se você já estava vivo em 1964, deve se lembrar que o mundo naquela época era totalmente pixelado, não tinha este visual 3D moderno de hoje. O jogo recria isso cuidadosamente.

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A diferença do Sonic em 16 bit para o Mario em 8 é gritante.

Em 1964, todos os personagens têm o visual antigo. Os da turma do Mario têm a cara de Super Mario Bros., enquanto os de Sonic saíram de Sonic The Hedgehog. E é incrível como o salto de gerações naquela época fazia diferença. Os personagens do Sonic, em seu visual de 16 bit, são muito mais bonitos que os do Mario em 8 bit. A diferença é tão brutal que chego a questionar porque não pegaram a turma do encanador como ela era em Super Mario World, para deixar o visual mais coeso.

STORY MODE

O que eu achei mais bacana é o modo história, que apresenta os minigames calmamente em meio a uma historinha que justifica porque o jogo acontece em 2020 e em 1964. Não espere uma história cinemática totalmente desenvolvida, como a de Mortal Kombat, no entanto. Aqui é tudo contado através de textos e com personagens levemente animados e fixos na tela.

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O modo história permite visitar Tóquio em duas épocas.

Além da história, e da facilidade de ser apresentado aos poucos a cada um dos minigames, a história serve para desbloquear alguns personagens e os minigames bônus. Mas não prie cânico, mesmo antes de rodar a história, quase todo o conteúdo está liberado no quick play.

Neste modo você também tem a possibilidade de visitar pontos turísticos de Tóquio relacionados às Olimpíadas, e ler um pouco sobre eles. Obviamente, não espere o nível de realismo de um Assassin’s Creed. A coisa aqui é bem mais estilizada, mas ainda é bem legalzinho.

OS MINIGAMES

Mas, claro, o prato principal da coisa toda são os minigames. E estes, como em toda coletânea do tipo, são um tanto irregulares. Alguns, como tênis, boxe e equitação, são ótimos. Outros, como a corrida, se limitam a martelar um único botão.

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Todos os minigames de 1964 são controlados normalmente através dos botões. Já os de 2020 costumam apresentar opções. Botões, movimento com um joy-con, ou então com ambos os joy-cons. Em alguns, você pode escolher entre os três, enquanto em outros estão disponíveis apenas um ou dois.

Sempre que possível, eu usava os controles de movimento. Afinal, esta acaba sendo a graça de um joguinho como este: fingir que está correndo no lugar ou brincando de atirar uma flecha.

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Arco e flecha é um dos mais divertidos, aliás.

Porém, devo dizer que, embora seja mais divertido e engraçado jogar com movimento, se você quer simplesmente marcar os melhores recordes, jogar com os botões é sempre muito mais fácil e mais preciso.

Fora do modo história, que é apenas para um jogador, os minigames podem ser jogados em até quatro pessoas, online ou offline. Curtir pessoalmente com uns amigos, aliás, é altamente recomendado, e fatalmente vai gerar gostosas gargalhadas.

DE ACORDO COM A PROPOSTA

Mario & Sonic At the Olympic Games Tokyo 2020 fornece exatamente o que você espera quando compra um jogo como este. É um party game, cuja longevidade e diversão vai depender basicamente de com que frequência você recebe amigos em casa (ou, como a Karen, leva seu Switch para festas no telhado, claro).

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Basicamente, é um daqueles títulos simples e divertidos o suficiente para serem jogados mesmo por pessoas que normalmente não jogam videogame. E, como tal, é bastante satisfatório.