Eu passei os últimos dias imerso no mundo de Agents of Mayhem, jogo de mundo aberto que sai hoje para Xbox One, PS4 e PC. Ainda não estou pronto para bater o martelo num review completo, mas já joguei bastante para dar algumas opiniões para quem está animado para o lançamento.

Agents of Mayhem é um spin-off de Saints Row, mas você nem perceberia isso ao jogá-lo. Por incrível que pareça, ele consegue superar e muito sua matriz, combinando humor, visual cartoon, uma jogabilidade divertida e explosões. Por Odin, quantas explosões!

Agents of Mayhem, Delfos
Qualquer semelhança com o uniforme do Homem de Ferro não é coincidência.

COMANDOS EM AÇÃO

O clima da história e do humor lembra muito os desenhos antigos dos Comandos em Ação. Tem muito daquele clima inocente, mas com o adendo de ter uma pá de palavrões. O personagem Hardtack, por exemplo, parece querer competir com o Samuel L. Jackson na quantidade de motherfuckers.

Ainda assim, tem um clima do bem na coisa toda que muito me agrada. Quando você se teleporta para a base, por exemplo, um dos personagens dá uma lição de vida. Uma delas que me chamou a atenção era mais ou menos assim:

“Trate mulheres com respeito. Trate homens com respeito. Trate os que estiverem no meio termo com respeito. Em resumo, trate todo mundo com respeito.”

Tudo bem que chega a ser engraçado o personagem falar isso e logo em seguida se envolver em um tiroteio, mas acaba sendo a boa e velha ludodissonância narrativa comum nos videogames. O que importa é que a mensagem está com o coração no lugar certo. E a história contada em desenho animado dá um charme todo especial.

Agents of Mayhem, Delfos
Não dá para entender porque mais jogos não usam esta estética.

OVERWATCH

Basicamente, uma boa forma de descrever Agents of Mayhem é como um Overwatch single player. Pois é, o que temos aqui é basicamente um hero shooter em mundo aberto. Tem uma pá de personagens jogáveis, todos eles bastante carismáticos. Cada um deles tem uma arma, uma habilidade especial e até um ult. A coisa parece tão pronta para um jogo multiplayer que chega a ser estranho que não tenha essa opção.

Há as missões de história, onde você monta times de três heróis, e também as missões de cada personagem, que servem como um tutorial para cada um deles, além de uma introdução para suas motivações e história. É bem legal, e tem heróis para todos os gostos.

Agents of Mayhem, Delfos
Literalmente. Todos. Os. Gostos.

Uma coisa que me incomodou é que, quando você destrava um novo herói, ele vem no nível 1. Seus heróis mais antigos podem estar no nível 20, e daí popa um caboclo novo que é praticamente recém-nascido. Isso deixa o jogo bem menos dinâmico do que ele gostaria de ser, especialmente porque o novato fica muito fraco perto dos outros, tornando-o quase inútil no combate.

Outros jogos que usam mecânica de times parecida, como Shiness, resolvem isso colocando os novos heróis em níveis próximos aos mais antigos, e não dá para entender porque não é assim por aqui.

Assim, quando você joga com um novo personagem na missão dele, é comum você se empolgar bastante, mas depois, quando vai usá-lo no mundo aberto ou nas missões de história, ele fica bem pior. Você acaba sendo obrigado a jogar com os anteriores, ou então tem que diminuir a dificuldade.

AGENTS OF MAYHEM (VERSÃO LIGHT)

Eu tenho mais a dizer, mas preciso guardar assunto para a resenha. No momento, devo dizer que fazia muito tempo que um jogo de mundo aberto não me empolgava tanto quanto Agents of Mayhem. Ele é deliciosamente divertido e muito gostoso de jogar. Mantenha-se delfonado para saber mais sobre ele assim que eu terminar a campanha.