Amigo delfonauta, este está sendo um péssimo ano para ser crítico de cinema. Pelas bolas depiladas de Satanás, é um filme ruim atrás do outro. E nós do DELFOS sempre diligentes, indo a todas as cabines e perdendo nosso tempo para que você não precise perder o seu. E o pior é que A Inquilina até tinha potencial.
Hilary Swank é uma moça que aluga um novo apartamento e fica toda toda com o senhorio bonitão (o Comediante de Watchmen). Só que ele é meio psicopata, e até ela perceber, ele já pode ter feito muito estrago.
Diz aí, poderia ser um belo terror claustrofóbico, né? Poderia, mas não é. Se você for assistir sem saber do que se trata, pode achar que está vendo um romance entre a Hilary e o Jeffrey, porque o roteiro demora muito para demonstrar a que veio. E se já estava ruim na parte mela-cueca, fica pior ainda quando tenta dar medo.
Isso porque até consegue ser creepy, mas em momento algum chega a ser assustador. Não dá para se importar com nenhum dos personagens, e a narrativa é lenta e chata demais para causar qualquer emoção que não seja tédio.
Ao final, temos a previsível cena de perseguição e o que já estava ruim fica ainda pior, quando presuntos começam a popar, na melhor escola Jason Voorhees. Tudo culmina na cena do espelho. Amigo delfonauta, talvez valha a pena você assistir ao filme só para ver a cena do espelho. É a coisa mais engraçada sem intenção de ser desde o Ozzy Osbourne.
A Inquilina é um filme chato, com uma narrativa chata e personagens genéricos, além de ser longo demais, mesmo tendo apenas 91 minutos. Não assista.
CURIOSIDADES:
– O diretor de A Inquilina é Antti Jokinen. Talvez você não o conheça de nome, mas ele dirigiu o End of An Era, do Nightwish.
– Este filme também marca o retorno da produtora Hammer, que fez alguns dos grandes clássicos do cinema antigo de terror, vários deles estrelados pelo Christopher Lee. Não por acaso, Christopher tem um papel em A Inquilina. É uma pena que uma produtora com tanta história tenha retornado com um longa tão fraco.