Mudança de formação no Kiss: Peter Criss fora, Eric Singer dentro.

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Decidi escolher essa notícia para inaugurar a seção de notícias do Delfos porque ela é realmente engraçada, desde que você tenha um pouco de humor negro. Um dos diferenciais do Delfos é ser um site 100% opinativo, então é desnecessário dizer que todas as notícias virão recheadas da minha opinião pessoal.

Na nova turnê do Kiss, que vai passar por Japão e Austrália (e Brasil, nada?), o baterista vai ser Eric Singer (que na foto aí ao lado está usando a maquiagem criada por Peter Criss), que gravou o disco Revenge (1992), um dos melhores álbuns do grupo.

Peter Criss (o baterista original) se manifestou a respeito dizendo que não foi consultado se gostaria de permanecer no Kiss e que essa decisão não é justa nem com ele, nem com os fãs. O pior é que Singer vai usar a maquiagem do gato, criada por Peter Criss e aposto que, por causa disso, a maior parte do público nem vai reparar a troca de baterista.

Falando como fã, eu prefiro ver um show do Kiss com o Eric Singer, esse sim um músico de verdade, ao contrário de Peter, que mal consegue segurar o ritmo em músicas simples como Shout It Out Loud.

Devemos lembrar também que, desde a turnê de reunião, em 96, Peter Criss já tinha sido chutado da banda diversas vezes e, em todas elas reclamou da falta de respeito. Isso sem falar de quando acrescentou uma lágrima à sua maquiagem como forma de protesto por receber menos do que os “donos da empresa” Gene Simmons e Paul Stanley. Por que será, então, que ele sempre volta à banda?

Embora Peter Criss tenha sido o baterista original da banda, o Kiss é, há muito tempo, a empresa particular da dupla, uma verdadeira máquina de fazer dinheiro. E nada mais típico do capitalismo (e o Kiss é um dos maiores símbolos desse sistema) do que os donos da empresa fazerem o que quiserem e ganharem mais dinheiro do que os seus funcionários. Sem esquecer, é claro, do comum corte de gastos que substitui funcionários que ganham mais por pessoas muitas vezes melhores e “mais baratas”.

Posteriormente, Gene Simmons se manifestou a respeito com a singela frase: “A maioria das pessoas tem apenas uma chance na vida. Peter teve muitas.”

Mas não fique com pena do “homem-gato”. Tenho certeza que, assim que ele der uma de Tio Patinhas e mergulhar na sua fortuna, vai se sentir bem melhor, pois provavelmente recebia em um único show do Kiss o que a maioria de nós não ganha na vida inteira. E ele nem precisou aprender a tocar para isso.

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