Van Helsing: O Caçador de Monstros

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Hugh Jackman é um personagem truculento e sem nenhuma lembrança de seu passado. Para alguns um assassino, para outros um herói, sua principal motivação é recuperar sua memória enquanto mata uns vilões super fortes. Não, infelizmente não estamos falando de X-Men 3, que ainda demora um tempo para sair. Aqui o babado (meu Deus, estou virando mano) é um outro filme cujo protagonista tem exatamente a mesma premissa do mutante mais popular da Marvel: Van Helsing.

Criado por Bram Stoker no livraço Drácula, Van Helsing passou por uma mutação (desculpem, eu não resisti a essa referência) ao ser transposto para um filme só seu. De um velhinho que sabe matar vampiros, ele passa a ser um super-herói, dotado de armas que nem os X-Men possuem (ok, ok, vou tentar parar com as comparações).

Após a cena introdutória, vemos a primeira cena com o herói, onde ele é mostrado caçando o monstrengo Hyde. Essa cena tem como principal objetivo fazer uma referência ao desenho The London Assignment (que você leu aqui ontem) e isso é feito através de uma única frase soltada pelo herói: “Senti sua falta em Londres”. Só isso? Só. Então se você não assistiu ao desenho, pode assistir o filme sem medo que não vai ficar perdido. O Hyde, aliás, é um destaque. Feito completamente em computação gráfica, sua interação com o cenário ficou perfeita e deixa com vontade de vermos o que vem por aí.

Depois dessa cena, Van Helsing é designado para sua maior missão: caçar Drácula. E nessa missão, ele vai se encontrar com todos os monstros que o roteirista e diretor Stephen Sommers conseguiu lembrar, e dá-lhe lobisomens, vampiros e Frankenstein (no singular mesmo, pois esse só tem um).

O filme segue privilegiando a ação. Sinceramente, achei que fosse ser bem chato, mas as cenas são realmente emocionantes e todas elas são interrompidas antes de ficarem chatas. Por pouco tempo, é verdade, já que o filme segue a fórmula “diálogo-ação-diálogo-ação-repita até passar das duas horas”. Apenas para dar uma comparação para você, caro Delfonauta, é o mesmo tipo de condução de A Múmia (também dirigido por Sommers), então por aí você já pode ter uma noção se Van Helsing se encaixa no seu gosto. A trilha sonora é outro destaque. Músicas belíssimas e pesadas dão o tom tanto para as cenas calmas quanto as de ação. Nesse ponto, o filme é impecável.

Já os efeitos especiais não seguem a mesma linha da ação e da cena com Hyde e são incrivelmente ruins. E olha que o bagulho teve um orçamento de 150 milhões de dólares. Cara, se eu tivesse essa grana… Ahem, voltando à resenha, além do orçamento cabuloso, os efeitos ainda foram feitos pela toda-poderosa Industrial Light And Magic. Com tantas credenciais alguém pode me explicar porque diabos as noivas do Drácula ficam tão artificiais em suas formas vampirescas?

Outro problema é o ator que faz o Drácula, completamente cafona e afetado, jogou fora a chance de interpretar um personagem que deve ser o sonho de 9 entre 10 atores (missão desempenhada muito bem por Gary Oldman em Drácula de Bram Stoker) optando por uma interpretação frufru ao extremo. Deprimente.

Por saber da alta quantidade de ação, eu esperava que Van Helsing fosse chato. Felizmente, estava errado. É um belo pipocão, bem do jeito que eu gosto e dá uma vontade indescritível de jogar videogame. Assim que (e se) alguém do DELFOS colocar as garras em um deles, você logo vai saber o que achamos. Até lá, fique com o filme e com nossas
duas resenha duas resenhas sobre a franquia.

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