Na próxima sexta-feira, dia 16, chega aos consoles da geração atual Burnout Paradise Remastered, relançamento deste que foi o último grande título na queridona série Burnout (depois desse saiu apenas Burnout Crash, que é bastante simplificado).

Burnout Paradise foi lançado em 2008 para PC, PS3 e Xbox 360 e trouxe mudanças consideráveis à série, em especial o mundo aberto, que fez com que o título dividisse opiniões. Pois com o vindouro relançamento, fiquei um tanto nostálgico e resolvi contar aqui como foi minha relação com o jogo.

MUITA EXPECTATIVA

Eu era um fã da série Burnout, com a qual me diverti muito no PS2. Inclusive coloquei Burnout Revenge na minha lista de melhores jogos de PS2, que fizemos lá em 2007. Assim, estava bastante ansioso para seu primeiro (e que se tornaria o único) exemplar lançado na então nova geração.

Quando a demo popou na Xbox Live, baixei-a imediatamente e fiquei esperando o download sentado na frente da TV, só olhando a barrinha se encher. Finalmente pude rodar o jogo… e, pelas lágrimas do olho furado de Odin, como me decepcionei.

Burnout Paradise, Delfos

Sinceramente, não me lembro exatamente o que tornou a demo tão decepcionante, mas lembro de ter desligado meu Xbox 360 com o coração partido. Queria acreditar que a demo não era representativa do jogo final, mas mesmo assim fiquei desanimado o suficiente para não comprar o jogo.

A vontade de jogar continuou, mas nunca se alinhou com a de gastar dinheiro nele. Com o tempo, vi o preço do jogo cair consideravelmente, com sua versão em disco chegando a custar bem menos de 100 reais em lojas de games oficiais. Mesmo assim, nunca a compraria.

Meu Xbox 360 morreu. Eu comprei outro. O outro morreu. Desisti e fui para o PS3. Daí, em 2011, a PSN foi hackeada e ficou fora do ar por mais de um mês. Pois é, embora tenha muitos jogos legais, a geração passada foi bem sofrida para os gamers.

APAGÃO DA PSN

Burnout Paradise, Delfos, Blackout da PSN

Diante do absurdo das senhas vazadas e todos os outros problemas que rolaram na PSN em 2011, a Sony precisava fazer um sério controle de danos. Assim, ela distribuiu alguns jogos de graça para todos que tinham conta antes do apagão, e liberou acesso de um mês à Playstation Plus, que na época ainda era um serviço novo e não incluía a Instant Game Collection.

Eu tinha/tenho contas em várias regiões da PSN. Minha principal é estadunidense, mas tenho também contas asiáticas e europeias. Isso foi legal para mim na época, pois os jogos distribuídos em cada região eram diferentes, e eu pude pegar vários deles, além de benefícios diferentes com a PS Plus de cada conta. Se não me engano, era a europeia que incluía o download completo de Burnout Paradise.

CONTAS E PAÍSES

Na época eu não era um assinante da Plus e nem pretendia ser. Desta forma, poderia usufruir de Burnout Paradise apenas durante aquele mês gratuito. Para continuar jogando depois disso, teria que assinar o serviço europeu, o que obviamente não era uma opção.

Parênteses: Eventualmente, acabei assinando a Plus estadunidense na minha conta principal, o que é terrível pois tenho que pagar em dólar e a Sony não permite que eu migre minha conta para a região brasileira. Por que minha conta principal é gringa, você pergunta? Porque na época que a criei não existia o serviço no Brasil, assim a única forma de comprar jogos e jogar online era através de uma conta importada. Este também foi um problema na Xbox Live, mas a Microsoft permite a mudança de região, então hoje, minha conta que nasceu estadunidense se naturalizou brasileira. Fecha parênteses.

Assim, sabendo que só teria um mês para jogar Burnout Paradise, eu realmente me internei nele.

BURNOUT PARADISE

Finalmente tinha a oportunidade de ver qual era a do jogo, com tempo suficiente para jogá-lo do início ao fim e mais um pouco. E sabe de uma coisa? Apesar das muitas idiossincrasias do seu gamedesign (que vou elaborar em um texto que sairá em breve), eu me diverti muito com ele. Não, eu não diria que ele é melhor do que Burnout Revenge, que é mais focado, mais intenso e mais divertido. Mas ainda é um excelente jogo.

Burnout Paradise, Delfos

Como acabei gostando muito dele, passei muito tempo jogando. Eventualmente, resolvi almejar platiná-lo. Mas estava correndo contra o relógio, já que cada dia que se passava era um dia a menos que teria para alcançar meu objetivo.

Obviamente, uma platina desse porte não vem fácil, e eu apelei para alguns guias de troféus online. Nestes guias, reparei que os troféus eram bem diferentes no PS3 e no Xbox 360. Os do Xbox 360 focavam bem mais em fazer 100% no jogo. Lá, você precisava, por exemplo, destruir todos os outdoors e achar todos os atalhos, enquanto no PS3 bastava encontrar uma boa quantidade deles. Este tipo de troféu “mamãe, eu tenho TOC” costuma ser o que me impede de platinar um jogo, então desnecessário dizer que eu sequer teria tentado platiná-lo no Xbox.

Burnout Paradise, Delfos

Eventualmente, cheguei bem próximo do meu objetivo. Faltava apenas um troféu, que era o de encontrar todos os eventos disponíveis. Burnout Paradise tem, literalmente, um evento a cada esquina, então eu tive que abrir o mapa e analisá-lo cuidadosamente, para ver aonde faltava. Porém, parecia que eu tinha encontrado tudo, e nada do troféu popar.

Abri um mapa com todos os eventos marcados e comparei com o meu. Finalmente encontrei o último, um maldito evento que estava em uma rua elevada. Dirigi até lá e “plim”.

MINHA PLATINA POPOU

Pois é, Burnout Paradise é uma das platinas que meu perfil da PSN exibe orgulhosamente. Se quiser dar uma stalkeada no meu perfil e ver o que mais platinei, procure por “Delfiano” depois de clicar neste link.

Eu ainda tinha uns dias com o jogo, mas depois disso eu o considerei completo e parei de jogar. Nos meses e anos seguintes, até me deu vontade de jogar de novo, mas eu não ia comprar um jogo que já joguei até platinar, né?

Felizmente, Burnout Paradise Remastered chega esta semana e, adivinha só, eu já o estou jogando. Inclusive, as imagens desta matéria foram capturadas neste final de semana, já na versão nova. Mantenha-se delfonado, em breve vou falar por aqui especificamente da versão remasterizada, mas enquanto isso, diz aí: você tem alguma historinha bacana com a série Burnout? Conta pra mim nos comentários!