U.D.O. – Mastercutor

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Udo “Bolinha de Queijo” Dirkschneider está de volta com um novo álbum. E o que esperar do carinha que colocou a voz em alguns dos maiores clássicos do Metal, como Restless and Wild, Metal Heart e Balls to the Wall. Metal Tradicional e divertido, certo? Bom, nem tanto.

O disco até começa muito bem, com uma introdução bem-humorada que remete imediatamente à Fast As A Shark. A primeira música já é a faixa-título, Mastercutor, com belas melodias de guitarras cantarolantes, riffs extremamente bangueáveis e a tradicional voz de Pato Donald que a gente tanto gosta. É exatamente isso que a gente queria, né? Hell, yeah, bitch!

A segunda faixa, The Wrong Side of Midnight, mantém essas mesmas características e dá a entender que vem coisa boa por aí. A seguir, com The Instigator, a coisa já fica um pouco mais morna. E não ajuda nada que a quarta música, One Lone Voice, seja uma balada. Ela até é bonitinha e tal, mas toda vez que eu tossia enquanto ela tocava, ouvia a palavra genérica. Por que será?

We Do – For You, com seu ótimo riff, é uma última esperança antes de o adjetivo do parágrafo anterior se tornar cada vez mais audível em minhas tosses até finalmente impregnar completamente o CD. Vendetta, The Devil Walks Alone e as demais faixas não conseguem atender às expectativas e Mastercutor, como um todo, fica abaixo do esperado.

Crash Bang Crash, a última música, é a melhor. Com um andamento acelerado, um refrão pegajoso e a alegria típica do Hard Rock – ou de faixas mais comerciais do Accept, como I’m A Rebel – realmente se destaca em meio à mesmice que Mastercutor apresenta do meio para o fim. E é realmente uma pena, pois ela é tão legal que eu dificilmente fico com vontade de sair dela (e de ouvir o restante do álbum) toda vez que o coloco no meu aparelho de som.

Não, amiguinho, Mastercutor não é ruim, de forma alguma. Nenhuma das músicas é chata, mas tirando a Crash Bang Crash, nenhuma outra também é especial e, por isso, o álbum está muito longe de se destacar em meio a tantos bons lançamentos roqueiros. Este álbum é praticamente uma versão fonográfica dos populares filmes nada. O que me deixa mais decepcionado é ver que a grande bolinha de queijo metálica tem se contentado com a mediocridade, não apenas em suas entrevistas, mas também em seus álbuns.