Se Beber, Não Case

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O amigo delfonauta provavelmente já ouviu falar desse filme. Ele vem de uma longa carreira de sucesso internacional, sendo aclamado por onde passa como uma das melhores comédias dos últimos anos. E, de fato, trata-se de um longa divertido e engraçado, embora perca pontos por ser um tanto derivativo.

Aqui conhecemos uma turminha do barulho composta por quatro miguxos. Sabe, um deles vai casar em breve. Assim, eles vão até Las Vegas com a intenção de fazer uma despedida de solteiro da pesada. E conseguem. No dia seguinte, eles acordam com uma ressaca cabulosa, sem memórias da noite anterior e dividindo o quarto com um nenê e um tigre (!). Mas fica pior, pois logo percebem que o noivo sumiu. A partir daí, eles vão embarcar em uma louca aventura para tentar entender como chegaram a esse ponto e, se possível, recuperar o amigo perdido a tempo para seu casamento.

Hum… deixeu ver… acho que já vi esse filme antes… Mas ao invés de quatro amigos, eram dois. Um deles era o Ashton Kutcher e o outro era o Stifler. Cacildis! Isso é um remake menos doido de Cara, Cadê Meu Carro?! E não, não estou brincando. É impossível assistir isso aqui sem lembrar do seu precursor. Aliás, ele poderia se chamar Cara, Cadê o Noivo?. Claro, aqui não temos invasões alienígenas, mas temos o Mike Tyson, dando quase o mesmo efeito. Os caras não estão procurando pelo carro, mas por um amigo sumido. E se antes tínhamos Jennifer Garner, agora temos a muitíssimo mais desejável Heather Graham.

Mulheres e ficção científica à parte, o fato é que as altas confusões nas quais o trio vai se meter realmente são do barulho e arrancam boas risadas. Porém, tem um arzinho considerável de filme nada e não me empolgou em nenhum momento, graças a tudo ser tão derivativo. E fica ainda mais derivativo graças à velha tática de começar com uma cena que deveria estar perto do final, só para mostrar como as confusões serão do barulho. E eu odeio essas não-linearidades gratuitas.

Seja como for, temos aqui um longa divertido e que vale o ingresso. Só não espere uma completa reformulação da comédia na sétima arte. Mas veja pelo lado bom: não tem lição de amizade por aqui, o que já dá um grau de originalidade bem grande em comparação ao grosso da produção hollywoodiana.

Curiosidade:

– Depois da cabine, deram um pacotinho para os jornalistas presentes cheio de remédios para o estômago e coisas para diminuir o efeito de uma bebedeira. Tá, eu nunca vou usar isso, mas foi uma brincadeirinha simpática, né?