Rock Dog: No Faro do Sucesso é mais uma animação a chegar aos nossos cinemas. E, a julgar pelo título, poderia vir coisa legal por aí. Afinal, gostamos de animações e também de rock n’ roll, correto? Vou presumir que você respondeu com um sonoro “sim”!
Infelizmente, este desenho não cumpre quase nada do que promete e se trata de uma animação bastante genérica e pouco inspirada, que chupa muita coisa de Kung Fu Panda, que por si só também já não é exatamente uma das melhores franquias animadas que existem.
Bodi é um mastim tibetano que mora numa cidadezinha nas montanhas. Seu pai quer que ele seja seu sucessor na defesa do local contra os lobos, expulsos de lá tempos atrás, mas a paixão do jovem é mesmo pela música. Especialmente quando ele descobre o poder do rock n’ roll.
Ele pira o cabeção na música do capeta e desce para a cidade grande atrás de seu novo ídolo, o famoso roqueiro Angus Scattergood. Claro, muitas confusões se sucederão e Bodi e seus novos amigos irão encarar loucas aventuras do barulho em busca de um final megafeliz.
Como disse, o filme é bastante genérico e pouco inspirado. Desde o visual, com um design de personagens sem muito capricho, mais para uma animação de segunda linha, passando pela condução da história. A trama segue de maneira corrida, atropelada, com resoluções apressadas e clichês.
Também é de se destacar negativamente que uma história que supostamente tem na música um elemento importante não faça proveito disso, seja na própria história, seja na trilha sonora. Ou eles não tinham grana para licenciar canções famosas do rock (embora até role um Foo Fighters e um Radiohead) ou simplesmente não deram a devida importância a este departamento, o qual certamente ajudaria a qualidade geral se fosse mais bem trabalhado.
Mesmo extremamente previsível e corrido, ainda assim não chega a ser ruim. Há outros exemplares muito piores por aí. E ao menos passa a mensagem de que música é algo legal e importante, o que é um bom ensinamento para a criançada. Então, no saldo geral, Rock Dog acaba caindo no âmbito de um filme nada. Pode divertir a molecadinha menos exigente, mas não possui nenhum apelo para os adultos acompanhantes.