Dentre o gênero dos thrillers e suspenses, uma trama muito comum é o do pessoal normal e incauto que encontra por acaso uma mala cheia de dinheiro. Mas o que era para ser uma grande sorte nunca demora a se tornar muito mais um problema que uma bênção.
Há grandes filmes com esse enredo, como Cova Rasa de Danny Boyle e Um Plano Simples de Sam Raimi, só para citar dois exemplos. E também há uma infinidade de outros longas menos impactantes com a mesma história. Risco Imediato se encaixa nesta segunda categoria.
James Franco e Kate Hudson são um casal estadunidense vivendo na pindaíba em Londres. Quando o sujeito para quem eles sublocavam o porão de sua casa apresunta, eles encontram uma bolsa cheia de bufunfa escondida entre as coisas do falecido.
Seria a solução de seus problemas caída do céu, não fosse o fato de que o presunto era um coisa ruim e roubou a grana de gente pior ainda que, como você pode imaginar, irá atrás do que lhe pertence. E ainda há o policial que investiga a morte e suspeita que o casal está escondendo alguma coisa.
Não há muito o que dizer, para falar a verdade. O filme é bem genérico e passa a sensação de que todo mundo, diretor e atores, rodou esse negócio no piloto automático. Não é muito empolgante, o roteiro é batido e os dois exemplos que eu dei no primeiro parágrafo da resenha são infinitamente melhores e mais recomendáveis.
Ainda assim, ele possui uma duração e violência na medida certa para não torná-lo chato e colocá-lo no panteão dos filmes nada. Não empolga, mas também não entedia. Não é bom, mas também está longe de ser uma porcaria. Você já sabe como é o esquema. Seu clímax, passado numa casa velha em reforma, lembra muito uma versão séria e adulta de Esqueceram de Mim 2, o que é até interessante e rende o melhor momento da película.
Totalmente esquecível, Risco Imediato não é programa para o cinema. Volto a bater na mesma tecla, melhor mesmo ir atrás daqueles dois citados lá no começo. Mas se estiver passando na TV num dia em que não haja nada melhor em outro canal, até que serve.
