Realmente é uma tarefa difícil escolher só cinco (ou dez, como tivemos a opção) jogos entre todos os que joguei nos meus muitos anos de gamer. Foram muitas locações, muitas trocas, muitos ‘pai-pelo-amor-de-deus-compre-esse-jogo-pra-mim-prometo-que-é-o-último’… Mas afinal, não é para eu falar das minhas memórias de jogador, e sim dos meus jogos favoritos mesmo. Afinal, eu não teria a pretensão de escolher cinco jogos e dizer que são os melhores que existem. Os cinco jogos abaixo, delfonauta, são os jogos que mais marcaram minha vida entre inúmeros outros, e por isso ganharam a honra de constar aqui, em mais um Top 5 do DELFOS.
Menções Honrosas: Street Fighter 2 Turbo, Super Castlevania IV, Samurai Shodown II, Dragon Warrior IV, Akumajou Dracula X Chi no Rondo, Fatal Fury Real Bout Special, Fatal Fury Special, The King Of Fighters ‘96, Castlevania, The Legend Of Zelda: A Link To The Past, Super Mario Bros., Super Mario World, Mega Man 3, Actraiser, Mega Man X, The Legend Of Zelda: Link’s Awakening, Star Fox, Super Mario 64, Dragon Quest VIII, Double Dragon, Double Dragon Advance, Rock n’ Roll Racing e muitos, muitos outros!
5 – Chrono Trigger
Plataformas: Super Nintendo
Editora/Desenvolvedora: Squaresoft
Ano: 1995
Como é: Um RPG bem tradicional, com boas músicas, ótimos gráficos e, principalmente, cheio de personagens carismáticos. Ah, e sem batalhas aleatórias! Para maiores detalhes, o delfonauta pode ler o próximo parágrafo:
Por que está aqui: Yuji Horii, diretor de Dragon Quest! Hironobu Sakaguchi, diretor de Final Fantasy! Akira Toriyama, desenhista de Dragon Ball! Yasunori Mitsuda, compositor de Xenogears! Essa combinação tinha que resultar em algo bom, né? E realmente resultou: todo mundo que jogou concorda que Chrono Trigger é, no mínimo, inesquecível.
A história é clichê, já que envolve a veeeelha situação de ‘garoto acostumado à vida cotidiana faz algo formidável e acaba tendo que salvar o mundo’, mas os personagens e as situações são tão memoráveis que não dá para não se envolver.
Um bom RPG é aquele onde o sistema de jogo é simples e intuitivo, e onde você cria algum tipo de afinidade com os personagens. Chrono Trigger faz isso bem demais e, ei, eu admito que fico com nó na garganta no final do jogo, pois tenho a sensação de que todos aqueles personagens são meus amigos e que vou me despedir deles para sempre.
4 – Contra
Plataformas: NES
Editora/Desenvolvedora: Konami
Ano: 1988
Como é: Se vir alguma coisa se mexendo, atire. Se for uma coisa grande, atire no ponto vermelho brilhante. Se vir um tiro vindo na sua direção, desvie. Se tomar ‘Game Over’, seja mais macho da próxima vez. Ah, e códigos de 30 vidas são para frouxos.
Por que está aqui: Porque é um jogaço e porque não perdeu nem uma fração da diversão, mesmo quase 25 anos depois do lançamento (cacete, eu nunca tinha parado para pensar nisso – tô ficando velho). Engraçado que eu me lembro que esse foi o primeiro jogo de NES que vi rodando na vida… Enfim, Contra é um jogo divertidíssimo, e eu não consegui enjoar dele mesmo depois de tê-lo terminado umas 8541871 vezes. Sempre que tenho vinte minutos sobrando na frente da TV, eu o pego para terminar. Já terminei até sem perder vida, e realmente não entendo o porquê de pessoas (inclusive o Corrales) falarem que é um jogo difícil. Pô, é só desviar dos tiros e não parar de atirar! Sempre que morro, sei que é minha culpa, e não do level design do jogo.
3 – Super Metroid
Plataformas: Super NES
Editora/Desenvolvedora: Nintendo
Ano: 1994
Como é: A série, que começou no NES e teve sua segunda parte no Game Boy, conta a história de uma caçadora de recompensas espacial atrás das criaturas chamadas de “Metroids”. Nessa terceira parte, ela está atrás da última larva deles, que foi roubada por uns piratas espaciais malvados. Isso tudo não é mais do que uma desculpa para seqüências de mapas extremamente bem desenhados, cheios de passagens secretas, armas bacanas, gráficos com extrema atenção aos detalhes e músicas atmosféricas. O jogo segue aquele padrão de não dar acesso a todas as áreas, então há muita exploração. Recomendadíssimo!
Por que está aqui: Nesta lista existem dois jogos que considero perfeitos. Um é este, e o outro é o primeiro lugar da lista. O que é que faz um jogo perfeito? Bem, basicamente é ser um conjunto de coisas tão bem amarradas que simplesmente não dê para ver nada de errado com ele. Super Metroid é exatamente isso: uma coisa tão bem feita em tantos níveis diferentes que não dá para não ficar impressionado em como alguém pensou em tantas coisas.
2 – Castlevania III: Dracula’s Curse
Plataformas: NES
Editora/Desenvolvedora: Konami
Ano: 1991
Como é: Um Castlevania bem clássico. Aos novatos, já aviso: Castlevania clássico não é igual Metroid – é um jogo de plataforma difícil pra burro, com os controles duros (mudar de direção no meio de um pulo é coisa para maricas – homens true não mudam de ideia no meio do caminho) e, é claro, com as melhores trilhas sonoras de games. Eu admito que gravei as músicas em fita K7, segurando um gravador perto do alto-falante da TV. Dá até para ouvir minha irmã reclamando para eu devolver as pilhas da boneca dela (que peguei pro gravador).
Por que está aqui: Porque é um dos meus jogos favoritos de todos os tempos, e quem está fazendo essa relação sou eu. O quê, Corrales, é para eu ser menos sincero? Não, falando sério agora, Castlevania é a minha série favorita, e acho que Castlevania III é o exemplar mais perfeito dela. Aluguei este negócio inúmeras vezes antes de conseguir comprá-lo, e até hoje vejo bem o que é que me chamou tanto a atenção nele: o jogo tem o clima e o feeling perfeitos.
1 – Super Mario Bros. 3
Plataformas: NES
Editora/Desenvolvedora: Nintendo
Ano: 1988
Como é: Entre numa fase, pule em cima de inimigos, pegue cogumelos para crescer, flores para atirar bolas de fogo, folhas para voar… Ei, eu nunca tinha reparado como esse jogo é lisérgico. Meu Deus, com que tipo de valores minha geração cresceu?
Por que está aqui? Porque é o jogo de plataforma perfeito, para dizer pouco. Como falei, tem dois jogos que eu considero como perfeitos nesta lista, e este é o segundo. Eu jogo Super Mario Bros. 3 desde 1991, e ainda consigo me lembrar da primeira vez que isso aconteceu: eram 7h da manhã de um sábado, e eu não consegui nem dormir direito de ansiedade, já que tinha comprado o jogo numa viagem ao Rio de Janeiro na sexta feira, com meus pais, e eles não queriam me deixar jogar por a gente ter chegado muito tarde. Eu poderia falar horas e horas sobre a devoção que tenho a esse jogo, mas acho que isso teria pouco propósito neste texto.
Shigeru Miyamoto é realmente um gênio do design, e isso é visível em cada uma das muitas fases do game. Nunca houve estágios tão legais em um jogo de plataforma, e eu aposto minha alma que nunca mais haverá. E por isso eu jogarei Super Mario Bros. 3 até minhas mãos não conseguirem mais responder rápido o suficiente para eu conseguir passar da nave super rápida do Mundo 8.
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