Os melhores filmes de 2016

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2017 acaba de começar e com ele chega também o especial delfiano para fazer o balanço do ano que acaba de ficar para trás, neste caso, 2016. Como manda a tradição, abrimos os trabalhos com o Top 5 dos melhores filmes do ano passado. No geral, foi um bom ano em termos cinematográficos, com bons filmes, mas poucos realmente excelentes, o que acabou tornando esta compilação algo relativamente simples. E assim como em 2015, com a predominância de grandes produções hollywoodianas. Fazer o quê, foram estes que mais permaneceram na memória.

Como sempre, vale relembrar os critérios de seleção: os longas precisam ter estreado em nossos cinemas ou ter sido lançados em nosso mercado de home video no ano em questão, não importando que eles tenham sido produzidos em outros anos. Foi exibido aqui em 2016, está valendo. Agora, passemos à lista, começando com o mais decepcionante do ano:

D&D – Decepção Delfiana: BATMAN VS SUPERMAN: A ORIGEM DA JUSTIÇA (Batman v Superman: Dawn of Justice – EUA – 2016)

Teve quem gostou (eu mesmo dei três Alfredos) e outros tantos odiaram. Seja qual for sua opinião, contudo, o fato é que este primeiro encontro entre dois dos maiores super-heróis do mundo em celulóide não está à altura que a ocasião pedia. Não, eu não o acho uma porcaria (Esquadrão Suicida foi pior), mas ficou muito abaixo do megaevento que poderia e deveria ter sido. Culpa de Zack Snyder e seus vícios estéticos e da vontade de ser mais adulto, sisudo e cheio de gravidade que as produções da concorrente Casa das Ideias. Acabaram tirando toda a diversão deste primeiro encontro entre o Morcegão e o Homem de Aço. Um começo pouco animador para o universo cinematográfico da DC, que terá trabalho para colocá-lo de volta nos prumos nas produções posteriores.

Menção Horrorosa – o pior do ano: TÔ RYCA (Brasil – 2016)

Este aqui resume bem tudo o que as comédias populares nacionais têm de ruim. A eterna repetição de enredos e piadas, por mais gastos que já estejam. Sempre jogar no seguro, sempre subestimar o espectador. Sempre apresentar o mínimo possível de qualidade, sempre privilegiar uma estética cafona a algo mais desenvolvido, sempre preferir os berros à sutileza. Este definitivamente não é o tipo de humor com o qual fui criado e nem é o tipo de comédia que eu gostaria que representasse meu país. Sério mesmo que não dá para fazer nada mais inteligente e que seja capaz de agradar às massas? Eu acho que dá, é só parar de preguiça e ser um pouco (um tiquinho só) mais ousado.

5 – A GRANDE APOSTA (The Big Short – EUA – 2015)

O ano começou muito bem com a estreia desse drama que consegue abordar um tema espinhoso e complicado como a crise imobiliária que derrubou a economia dos EUA (e do mundo, por consequência) de uma forma dinâmica e absurdamente divertida. Só a forma encontrada para explicar alguns termos econômicos para o espectador leigo já merece uma salva de palmas por ser ao mesmo tempo hilária e didática sem transformar a narrativa numa palestra de “economês”. Uma aula de como transformar qualquer assunto em entretenimento de primeira.

4 – DEADPOOL (idem – EUA – 2016)

A primeira aventura cinematográfica do mercenário falastrão é a comédia do ano. Fora que deu bem-vindos novos ares aos longas de super-heróis como um filme de censura maior, e por isso mesmo mais boca-suja e violento (além de igualmente lucrativo). Ryan Reynolds obtém sua redenção após X-Men Origens: Wolverine depois de anos tentando emplacar a visão correta do personagem na telona e conseguindo passar todo o humor politicamente incorreto de Wade Wilson num longa povoado de piadas e referências nerds de trazer o cinema abaixo. Se o segundo for tão bom quanto este, posso até pensar em perdoá-lo por Lanterna Verde.

3 – STAR TREK: SEM FRONTEIRAS (Star Trek Beyond – EUA – 2016)

Impressionante como a qualidade da franquia se mantém alta pós reboot de J.J. Abrams. Definitivamente, a maldição dos filmes ímpares acabou de vez. Justin Lin assume a direção de Sem Fronteiras e traz seu estilo próprio com inusitadas escolhas de ângulos. O roteiro assinado por Simon Pegg, fã de carteirinha, também traz de volta um pouco mais do elemento explorador da série que estava em falta nos novos filmes, mas sem deixar de lado as excelentes sequências de ação que vêm desde Star Trek. No ano em que a marca de Jornada nas Estrelas comemorou 50 anos, este filme foi um excelente presente de aniversário.

2 – CAPITÃO AMÉRICA: GUERRA CIVIL (Captain America: Civil War – EUA – 2016)

Talvez o momento que todo fã de quadrinhos de super-heróis esperou para ver ansiosamente: porrada! O escopo é menor do que a versão das HQs, com bem menos personagens, mas o feito não deixa de ser menor. Não só o terceiro longa do Capitão América ajuda a transformar a trinca do bandeiroso na melhor série de filmes solo da Marvel, como mais uma vez avança a grande história que a Casa das Ideias está contando nas telonas, desenvolve mais de seus personagens, além de apresentar outros como o Pantera Negra e traz o Homem-Aranha de volta para casa, de onde ele nunca deveria ter saído. Só os cerca de 20 minutos de tela dele em Guerra Civil são melhores que seus cinco filmes solo da Sony juntos. Guerra Civil foi o melhor filme de HQs do ano, sem dúvida, além do melhor filme de herói contra herói. Toma essa, Batman vs Superman!

1 – A CHEGADA (Arrival – EUA – 2016)

Ficção Científica de primeira, contada sob uma ótica realista e adulta, sem grandes pirotecnias visuais, preferindo centrar fogo na história e em seu desenvolvimento. Com A Chegada, o cineasta canadense Denis Villeneuve (que já havia feito bons filmes anteriores) torna-se de vez um nome a ser acompanhado com interesse, principalmente porque em sua próxima produção ele continuará nos domínios do sci fi com a continuação de Blade Runner, nada menos que um dos filmes mais cultuados de todos os tempos. Baseado no que ele entregou neste aqui, que ganhou com louvor a primeira posição desta lista, diria que há motivos para ficar esperançoso.

Bem, delfonauta, esta foi a minha lista e agora queremos saber qual é a sua. Deixe sua seleção dos melhores do ano (bem como o pior e também aquele que mais o decepcionou) aqui no nosso espaço de comentários ou através do Facebook. E não se esqueça que o especial de começo de ano delfiano continua nas próximas semanas com mais destaques de 2016 em outras áreas. Não deixe de acompanhar!

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