Os Agentes do Destino

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Expectativas baixíssimas muitas vezes são amigas de um filme. Veja só, a julgar pelo pôster e pelo título nacional, eu esperava que Os Agentes do Destino fosse um filminho de ação dolorosamente genérico e sem graça, do tipo que me surpreenderia se qualquer pessoa que eu conheço pagasse para vê-lo. Por Tutatis, como eu estava errado. Temos aqui um filme conspiratório com traços de ficção científica e misticismo que pode ser muito bem definido por uma única palavra: interessante.

Surpreendentemente, Os Agentes do Destino não são os protagonistas Matt Damon e Emily Blunt, mas um time de homens misteriosos, a serviço de um tal “presidente”, cuja missão é manter cada um dos seres humanos dentro do “plano”. Algo dá errado, e o personagem de Matt fica sabendo da existência deles. O problema é que ele está apaixonado por alguém que não deveria ter visto mais de uma vez (a Emily Blunt, claro) e está disposto a desafiar os agentes para ir atrás dela.

A proposta gera muito material para excelentes diálogos e discussões sobre religião, livre arbítrio ou mesmo a história da humanidade e, em parte, cumpre essa promessa, embora em nenhum momento fique tão verborrágico e filosófico quanto um Matrix, o que é uma pena.

O melhor momento é o primeiro diálogo entre o agente Thompson e o protagonista, justamente sobre livre arbítrio, mas não vou me estender no assunto para não estragar a conversa para você.

É sempre bom quando um filme surpreende positivamente, e esse é o caso de Os Agentes do Destino. Apesar do título em português pra lá de genérico, é um filme criativo e divertido, com um tema bastante interessante e suficientemente bem desenvolvido, embora pudesse ter rendido mais.