O Livro das Revelações

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Eu odeio o fato de existirem dois cinemas em São Paulo com nomes virtualmente iguais. Para um cara confuso, como eu, acaba se tornando relativamente comum eu ir até um quando deveria ir ao outro. Pelo menos a distância entre eles é curta, menos de um km, o que possibilita que eu faça o percurso correndo quando isso acontece.

Refiro-me, é claro, ao Unibanco Arteplex e ao Espaço Unibanco, os dois cinemas onde a maior parte das sessões de imprensa paulistanas acontecem. No caso de hoje, eu fui até o Arteplex quando deveria ter ido ao Espaço. E quando me toquei do erro, lá fui eu, correndo pela Augusta rumo ao local correto, chegando ofegante. Mas pelo menos bati meu recorde: fui de um a outro em menos de cinco minutos! *-*

Mas vamos ao filme. Em O Livro das Revelações, acompanhamos a triste história de um mancebo que é raptado por três moçoilas e submetido a abuso sexual. Libertado alguns dias depois, o lucky bastard se torna um homem vazio e obcecado, que fica procurando pelas criminosas em todo lugar que vai.

Sim, eu sei o que você está pensando e isso também passou pela minha cabeça quando li essa sinopse. Claro que nem toda atividade sexual é legal para um homem heterossexual e as mulheres em questão submetem o fulano a coisas que a maioria de nós prefere nunca fazer.

Tirando a curiosidade natural que esse tipo de história gera, não sobra muita coisa. Temos algumas cenas um tanto explícitas (inclusive beirando o pornô), várias cenas com aquele jeitão onírico/nonsense do David Lynch (o que, para mim, é negativo) e pouco além disso. No geral, é um filme chato e arrastado, exatamente o oposto do que alguém com a adrenalina alta por ter subido a rua Augusta correndo gostaria de ver. E, muito provavelmente, não vai ter nada aqui que vai lhe agradar muito também.

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