New Super Mario Bros.

0

Até que enfim faço minha estréia na única sessão do DELFOS onde nunca tinha me aventurado antes, a de games. Isso porque estava totalmente desatualizado do que rolava nesse universo, parado no tempo mesmo, por questões que, bem, talvez algum dia eu conte em algum outro texto.

O que importa é que recentemente adquiri um Nintendo DS (para mim, videogames portáteis são uma das melhores invenções do universo) e, como primeiro jogo para inaugurar a maquininha, claro, escolhi este New Super Mario Bros., exclusivo do portátil.

Logo que comecei a jogar, me senti de volta pelo menos uns 15 anos no tempo. Isso porque o último game do encanador bigodudo que havia jogado fora Super Mario World 2, lá nos áureos tempos do Super Nintendo. E devo dizer, mesmo após todos esses anos, o Mario continua um tremendão. Fazia anos que não me divertia assim com um jogo. Então, sem mais delongas, vamos a ele.

O Game

A história é aquela coisa de sempre. Um belo dia, Mario e a Princesa estão dando um rolê e a minazinha é seqüestrada pelo filho do Bowser (ou Koopa se preferir). Sim, deve ser a milésima vez que essa mulher é raptada, o que só comprova a incompetência do encanador como guarda-costas. Mas enfim, lá vai o Mario percorrer oito mundos ao seu resgate.

Para quem conhece qualquer um dos jogos do Mario estilo plataforma (porque agora ele também dirige kart, joga futebol, assobia e chupa cana), já sabe bem o que o espera. Cenários coloridos, fases de água (outra tradição), inimigos fofinhos (todos eles velhos conhecidos de jogos anteriores) e a clássica trilha sonora (embora o console tenha o volume muito baixo, talvez seu maior defeito).

O que me impressionou mesmo foram os gráficos. A mistura de personagens poligonais com cenários em 2-D ficou bem bacana e, honestamente, eu não sabia que o DS tinha todo esse poder. Fora isso, é aquele colorido básico, que só a Nintendo sabe fazer.

No mais, é um jogo bem simples. Não há o Yoshi, e sinceramente não senti a menor falta, mas há alguns itens novos como um cogumelo pequeno que te deixa minúsculo, apto para entrar em passagens e canos pequenos, mas de resto o deixa totalmente vulnerável. E o melhor de todos, o cogumelão, que o faz crescer e ficar do tamanho da tela. É realmente sensacional, e o efeito é similar ao da estrelinha da invencibilidade, com a diferença que além dos inimigos, você também destrói partes do cenário, como blocos e canos. Pena que há poucos cogumelões espalhados pelos mundos.

A tela de toque, o grande diferencial do Wii, quase não é utilizada. Só serve para você ver onde seu personagem se encontra em cada fase e para selecionar o item em estoque. E é meio chato, de repente, no meio da ação, ter de puxar a caneta para selecionar o bagulho, mas vá lá.

Uma coisa que eu não achei tão legal é que só dá para salvar o jogo após passar por uma torre ou um castelo (há um de cada por mundo). Não que seja um grande inconveniente, pois o jogo é bem facinho e rápido, incluindo os chefes (e se você chegar neles como Fire Mario, é mais boiada ainda), mas se você cansou e ainda não chegou num dos dois, ou desliga e perde seu progresso ou joga a contragosto até poder salvar. Depois que você passa do último chefe, passa a poder salvar quando quiser, mas por que não ser assim desde o início?

Por esses pequenos defeitos e pelo nível exagerado de facilidade, que não oferece muitos desafios (apenas algumas fases e uns dois chefes demandam algumas vidas), não levou o Selo Delfiano Supremo. Mas calma aí, que ainda não falei sobre…

Os Minigames

Outra atração à parte, há uma seleção variada de minigames que chegam a ser mais divertidos que o próprio jogo e garantem muita vida útil para New Super Mario após você resgatar a maldita Princesa.

Ah, e esses sim realmente usam todo o potencial da tela de toque do console. São joguinhos de ação, carteado e puzzles. Os meus favoritos são o de acertar as marmotas que saem das tocas (tocando nelas com a caneta), que o Corrales e eu batizamos de Whack-a-newbie em homenagem ao Scrubs, o dos Marios (isso mesmo, são três deles) que têm de matar uns bichinhos voadores (os Shy Guys) pulando em cima deles e os de salvar os Marios que se jogam de um andaime traçando redes para que eles quiquem para o outro lado.

Há ainda um que testa os pulmões do jogador. Você tem de literalmente soprar um Yoshi com balões amarrados nele da tela de baixo para o topo da tela de cima. E isso você faz dando sopros no microfone embutido no console. Acredite, assistir alguém jogar isso é hilário.

Jogando em dupla, há mais opções de minigames e alguns outros ficam ligeiramente diferentes. E é ainda bem mais divertido. Só esses joguinhos garantem horas de diversão que já me fizeram perder muita hora para outros compromissos.

Combinado com o prato principal, chamado de Mario Game, é sem dúvida o grande responsável por restaurar meu interesse pelos videogames. E se você é um saudosista, daqueles que preferem cenários aonde você só vai para os lados e dá para se terminar um jogo em um dia, essa é a pedida. E no mais, até hoje eu nunca tive a infelicidade de jogar um game ruim do Mario, o encanador mais tremendão do mundo. Então, está mais que recomendado.

Galeria

Galeria

REVER GERAL
Nota
Artigo anteriorZumbis chegam a São Paulo
Próximo artigoMarvel pode acabar com o universo Ultimate? O.o
Alfredo De la Mancha
Alfredo é um dragão nerd que sonha em mostrar para todos que dragões vermelhos também podem ser gente boa. Tentou entrar no DELFOS como colunista, mas quando tinha um de seus textos rejeitados, soltava fogo no escritório inteiro, causando grandes prejuízos. Resolveu, então, aproveitar sua aparência fofinha para se tornar o mascote oficial do site.
new-super-mario-brosAno: 2006<br> Gênero: Plataforma<br> Plataforma: DS<br> Fabricante: Nintendo<br> Versao: Começa com D e termina com S.<br> Distribuidor: Nintendo<br>