Não sei por que, mas o título original de Namorados Para Sempre (Blue Valentine) me parece nome de música do New Order. Por que estou dizendo isso? Ora, por nada, só para tirar a introdução do caminho e poder pular para o já tradicional segundo parágrafo, também conhecido como sinopse.
Dean e Cindy são um casal em crise que tenta, numa escapada de fim de semana sem a presença da filha pequena, reparar o casamento desgastado e reacender a chama da paixão (tá, isso ficou brega). Enquanto isso, acompanhamos em manjados flashbacks como eles se conheceram e a época áurea de seu relacionamento.
Vou usar uma palavra para definir não só a sinopse do parágrafo acima, como o filme inteiro: genérico. Sim, amiguinho, temos aqui um caso claro e clássico de filme nada, um dos exemplos mais perfeitos a surgirem ultimamente. Eu até assisti numa boa, mas já enquanto escrevia essas linhas, o filme já deixava rapidamente a minha cabeça.
Esse é o tipo de história pelo qual particularmente não tenho muito apreço. Pô, não explode nada e não há um mísero zumbi. Então, para capturar minha atenção, esse tipo de filme, mesmo com uma história batida, precisa de algo a mais, seja criatividade ou uma forma diferente de se conduzir a narrativa. Pense em (500) Dias com Ela: a mesma trama, mas com uma excelente condução dela, o que o alça ao patamar de um grande filme.
Este aqui é igualzinho a tantos outros já feitos antes ou que ainda serão feitos. Tem também um jeitão de novela, mais um fator que não o ajuda em nada. Claro, tecnicamente ele é bem realizado e a dupla de protagonistas entrega ótimas atuações, mas só isso é muito pouco.
Se você gosta desse tipo de história e ainda não se cansou de assistir filmes nada, pode ser que valha a pena investir neste aqui. Se não é seu caso, melhor deixar pra lá. Deve ter coisas menos genéricas no cinema.
CURIOSIDADE:
– Veja só, assim que fechei o texto, descobri que o título do filme é uma homenagem ao nome de um disco do tremendão Tom Waits. Cheguei perto, vai…