Juntos Pelo Acaso

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O que dizer de uma mulher que faz a linda Katherine Heigl parecer alguém que você encontra nos ônibus de São Paulo? Essa é Christina Hendricks, que já era linda antes. Ruiva, então, ficou sensacional. Tão sensacional que eu tive que almoçar bacon hoje.

E agora que passamos do sempre mais difícil primeiro parágrafo, podemos ir para a sinopse e, consequentemente, de agora em diante o resto da resenha sai mais fácil.

A Katherine Heigl e o Josh Duhamel são os melhores amigos de um casal que acabou de ter um nenê. O problema? Eles se odeiam – e os primeiros minutos do filme vão fazer você odiar o cara também. Só que seus amigos gostam deles, e por isso eles são os padrinhos da pequerrucha recém-nascida. O problema é que seus amigos vão morrer, deixando a responsabilidade de cuidar da pequena Sophie para o casal que não é casal. Adivinha só: altas confusões.

Você já sabe o resto do filme, não sabe? Ainda que o título nacional não eliminasse qualquer dúvida, acredito que é tão spoiler dizer nessa resenha que eles ficam juntos quanto dizer numa resenha de filme de terror que o vilão morre no final. Você sabe disso desde antes de olhar o pôster.

Se a história não traz novidade alguma, resta a nós apenas relaxar na cadeira e rir com as patetadas com as quais com certeza todo mundo que já teve filhos vai se identificar. Felizmente, tem muitas cenas engraçadas aqui, que vão fazer rir especialmente quem já cuidou de um nenê (e possivelmente aprontou as mesmas patetadas). Nem preciso dizer que, exatamente por causa disso, trata-se de um filminho fofo ao extremo.

Além da história óbvia, outro problema é o fraco desenvolvimento de personagens. Como falei poucos parágrafos atrás, o personagem de Josh é extremamente odiável nos primeiros minutos, mas depois o roteiro começa a tratá-lo apenas como um sujeito brincalhão e imaturo. Não era necessário ter exagerado tanto no início para passar essa ideia. Às vezes sutileza é o melhor caminho, como já nos ensinou a divulgação de Dead Snow.

De qualquer forma, é um filme leve e divertido, que deve agradar especialmente pessoas que tiveram filhos quando muito jovens e tiveram que aprender na marra a cuidar deles.

CURIOSIDADES:

– Diz aí: o pôster não seria bem mais engraçado se não tivesse a cabeçorra do nenê? Como se estivéssemos vendo através da visão do pimpolho, manja? Pena que tudo precisa ser tão mastigadinho na cultura pop.