In Flames – Whoracle Deluxe Edition/Colony Deluxe Edition

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Até hoje, algumas pessoas como o meu colega de DELFOS, Bruno, comparam o In Flames ao Children of Bodom, banda que também pode ser classificada como representante do tal Death Metal Melódico. Eu devo admitir que nunca concordei com tal afirmação. Enquanto o Children of Bodom é uma banda extremamente técnica, que combina vocais urrados com solos virtuosos repletos de influências clássicas dignas dos mais masturbatórios representantes do Heavy Melódico, o In Flames segue um caminho mais simples (o que não significa pior, de forma alguma), com guitarras tendendo mais a melodias à Iron Maiden do que à rapidez de um Stratovarius.

Eu me lembro bem quando o In Flames surgiu. Aqui no Brasil, eles só começaram a aparecer com o álbum Whoracle (que na verdade é o terceiro CD completo deles), nos idos de 1997. Com um estrondoso apoio da grande mídia metálica, que os considerava os criadores de um novo estilo de Metal, o Death Metal Melódico, eles cresceram muito e muito rápido e seu próximo CD, Colony estava fadado a se tornar um clássico do estilo.

Como sempre acontece com clássicos, os dois CDs estavam destinados a serem relançados cedo ou tarde em uma versão caça-níquel, intitulada Deluxe Edition, que é a que está sendo analisada aqui. Não vou me estender falando da qualidade dos álbuns em si. Já está bem claro que se tratam dos grandes trabalhos do In Flames e seus destaques são tantos que é difícil enumerar. Whoracle conta com clássicos como Jotun, Gyroscope e a bonita instrumental Dialogue With the Stars. Colony conta com a bela “quase balada” (para os padrões da banda) Ordinary Story, com a pesada Scorn, a melódica Embody the Invisible e com a crítica Zombie Inc. (todos juntos agora: Miolos!).

O que conta aqui é o que esses CDs têm de diferente em relação à versão anterior. Bom, Whoracle tem uma faixa extra, Clad In Shadows ’99. Música legal, mas obviamente não é a melhor do disco. Além disso, traz uma seção multimídia. Nessa seção, temos o videoclipe de Jotun, uma galeria de fotos, letras (que já vêm no encarte, ou seja, é completamente inútil), skins para Winamp, Wallpapers e Screensavers. Infelizmente, não consegui acessar essa seção multimídia, então não posso falar dela, mas a única coisa que me interessaria dessa lista é o videoclipe, já que o resto são coisas que devem interessar apenas para os fanáticos pela banda.

O material adicional de Colony não é muito diferente. Conta com a faixa bônus instrumental Man Made God, que tem uma levada bem típica da banda e uma seção multimídia que também não consegui acessar, mas que conta exatamente com a mesma lista de material da outra (claro que devem ser fotos e skins diferentes, seguindo o tema e visual deste álbum). A diferença é o videoclipe, que dessa vez é o de Ordinary Story.

No final das contas, vale a pena? Apenas para os que não têm a versão original dos discos. Se você já tem, compre só se for um colecionador que quer ter todas as músicas possíveis em CD original. Para os que compraram na época do lançamento e são fãs, mas não a ponto de pagar um preço de um CD completo por uma única música, fique com o seu.

PS: A nota dessa matéria se refere ao material adicional. Se eu fosse dar uma nota para os discos em si, levariam 5 com louvor.

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