Rebel Galaxy Outlaw é a prequência de Rebel Galaxy. Após um ano sendo vendido com exclusividade na Epic Games Store, ele chega agora ao Steam, ao PS4, Xbox One e Switch. E isso significa que é hora de falarmos dele.
REBEL GALAXY OUTLAW
Rebel Galaxy Outlaw é um jogo de navinhas no espaço, com gameplay bem variado e dando bastante liberdade ao jogador. Seu núcleo envolve viajar pelo espaço e combate de naves, mas ele também tem muitas atividades secundárias.
Cada estação espacial tem um menu enorme. Você pode customizar sua nave, pegar missões, comprar e vender produtos, e até visitar o bar. No bar, é possível bater papo com o barman, jogar fliperamas, sinuca, poker de dados, entre outros. Dá até para entrar em sindicatos que trazem benefícios para atividades específicas.
Você pode pegar até quatro sidemissions por vez, que são a principal forma de ganhar dinheiro. Você precisa de dinheiro para continuar a história, e este é o ponto que me fez desistir de Rebel Galaxy Outlaw.
TRABALHAR PARA AVANÇAR
Em vários pontos da história, você precisa comprar upgrades para poder fazer a próxima missão. Como a história não rende bufunfa, é preciso fazer as sidemissions. Isso não seria tanto um problema se elas fossem envolventes e elaboradas, como as de The Witcher 3. Não são.
Elas são, literalmente, trabalhos. Envolvem levar carga de um lugar para outro ou destruir vinte minúsculas minas. As que envolvem combate parecem mais interessantes, mas no início do jogo sempre que entrava em uma delas, ele me avisava que eu não tinha chance de ganhar. Detalhe, ele me avisava disso quando o combate começava e não dava mais para fugir, não quando você escolhia aceitar a missão.
Assim, avançar a história exige uma paciência e tolerância a repetição que eu simplesmente não tenho. Cada missão secundária rende 1000/2000 dinheiros, e um upgrade custa por volta de 20 mil. Simplesmente não dá para mim.
COMBATE
O combate é bem o tradicional de jogos de navinha em 3D. Você fica preso em uma área com determinada quantidade de inimigos. Daí você deve travar a mira e segurar o botão de perseguição enquanto atira. Não é nada demais, mas quando você tem chance de ganhar, até diverte. Eu provavelmente jogaria a história até o fim se ele me permitisse fazer isso sem precisar do grinding para avançar.
Uma coisa legal é que, por ser um jogo de mundo aberto, ele traz uma bela trilha sonora licenciada. Segundo a assessoria de imprensa, são 24 horas de música, o que é coisa pra caramba. E é uma trilha bacana, um rock sujo que combina bastante com o jeitão “Borderlands espacial” do game.
Bastante decepcionante, por outro lado, é o design da sua nave inicial. A bichinha parece um ônibus. Eu entendo que a ideia é que ela pareça ser uma porcaria para incentivar comprar as outras, mas não é legal jogar com uma porcaria, especialmente se outras naves exigem um grinding tão absurdo (elas custam por volta de 300 mil dinheiros) ALÉM do mínimo necessário que você precisa fazer para progredir.
JOGO DE SERVIÇO
Todo esse grinding faz com que Rebel Galaxy Outlaw fique com gosto de jogo de serviço. Ele não traz microtransações, mas a exigência por fazer atividades repetitivas para progredir na história ou simplesmente conseguir uma nave decente desanima deveras.
É uma pena que Rebel Galaxy Outlaw tenha caído nessa armadilha do grinding infinito, pois eu diria que existe espaço e demanda para um jogo como esse, desde que ele fosse mais GTA 5 e menos GTA Online. Infelizmente, não é o caso. E, se ele me fez desistir em poucas horas, eu definitivamente não posso recomendá-lo para você.