Get Over Here é um party game produzido pela Reload Game Studio, desenvolvedora paulista. O jogo foi lançado em 2016, somente para PCs, e agora está chegando ao PS4 pelas mãos da QUByte Interactive, que fez o port para o console (a mesma empresa responsável pelo beat em’ up 99 Vidas).

É um jogo de luta em arena bastante simples, chegando a lembrar aqueles joguinhos feitos em Flash. Você poderá escolher um entre 12 personagens para jogar em qualquer uma das sete arenas disponíveis. As regras variam (aleatoriamente ou segundo suas escolhas) entre cada partida, seguindo critérios como limitação de tempo, número de vidas, ausência de itens, etc.

Personagens
Esses são os caboclos jogáveis.

O jogo é bem-humorado, colorido e fácil de jogar, mas enjoa rápido – em questão de minutos. Colabora para isso o fato de que, tirando o visual, um par de animações e algumas frases de efeito, todos os personagens são iguais entre si no aspecto da jogabilidade.

Uma vez que a batalha comece, você terá à sua disposição os seguintes movimentos: um botão para dash, um para realizar provocações, um para atacar e outros dois que servem para lançar uma corrente no inimigo e diminuir a distância entre vocês. Neste caso, um dos botões funciona para puxar seu personagem até o inimigo, e outro para puxar o inimigo até seu personagem (get over here, sacou?). Funciona mais ou menos como o Scorpion do Mortal Kombat, mas sem aquela sanguinoleira toda.

Vem pra cá, vai pra lá
O game tem essa carinha.

Infelizmente, os controles não são muito precisos. Quando eu tentava lançar a corrente em algum inimigo que estivesse à direita ou à esquerda, acima ou abaixo, até rolava. Mas o jogo parece não ler muito bem os comandos em diagonal, de forma que se torna um pouco frustrante ficar lutando contra o joystick apenas para conseguir lançar a corrente na direção certa.

O game permite que você jogue em competitivo ou coop com até quatro jogadores locais, e na tela inicial existe inclusive um incentivo para que você chame os brodinhos e os desafie para uma partida.

Hehe.
Eu ri.

Há também a possibilidade de jogar sozinho, e nesse caso a inteligência artificial controla os outros três players (até que é difícil jogar contra a máquina!). As opções disponíveis no menu inicial são Torneio e Jogo Rápido.

Jogando no Torneio, com as regras de cada partida sendo escolhidas de forma aleatória, passei por diversas rodadas que acabaram antes mesmo que eu entendesse o que estava acontecendo. Sabe-se lá por qual escolha randômica feita pelo jogo, passei por três ou quatro partidas em sequência que terminaram em (sem mentira) um minuto ou menos. Em uma delas, inclusive, as mortes eram permanentes, e tive que ficar esperando enquanto assistia ao videogame jogando contra si mesmo. Pelo menos foi rapidinho.

Get Over Here não fez muito minha cabeça e não é um jogo que pretendo revisitar, mas é sempre bacana ver um título nacional circulando por aí. E não deixe que minhas impressões te afastem do jogo. Ele pode, sim, ser divertido, desde que você não crie grandes expectativas.